MIDIOCRACIA: GOVERNO À BASE DE GOLPE

Uma pessoa, provavelmente menor de idade, foi vista pulando a catraca em uma estação do Move de Belo Horizonte. Ou seja: cometeu uma infração. O que resultou disso foi só indignação por parte de quem procedeu como se deve, atravessando a roleta após apresentar o cartão para pagar a passagem, e, sem desejar, presenciou a cena. Solução para o ato que gerou revolta há: penalizar o infrator ou o responsável por ele, conforme a Lei manda. Câmeras filmaram o ato, elas estão no lugar que estão é para isso, portanto, meio de identificar postumamente o criminoso, que deve ser recorrente, há. O ideal seria autuar no ato, porém, seria necessário que a polícia estivesse presente e com boa vontade para trabalhar.

A razão da ausência da polícia é fácil supor que seja puramente política. Permitir que essas e outras transgressões que ocorrem nas estações do Move ocorram e com isso desestabilizar o sistema de transporte ou a administração pública que estiver no controle. Quem sabe com a intenção de ajudar empresários a tomar o controle e explorar gananciosamente o transporte. Começa pelo BRT, estende-se ao metrô e põe o povo para pagar royaltie para usar o transporte que deveria ser público que nem paga para ir ao estádio. Até a diversão andam mercantilizando selvagemente.

Outro objetivo que a omissão da polícia no caso mencionado que pode ser entendida: Desgastar psicologicamente a população por causa de excesso de indignação e manipular a opinião e o comportamento dela. Usar a facilidade de implantação de ideias com que o estado de nervos é capaz de predispor uma pessoa.

A PM pode sempre usar os álibis que usa, de dizer que não é equipada, que não tem contingente o bastante para operar ou que tem que cuidar de operações prioritárias e que a demanda de seus serviços é demasiadamente grande, que nada acontece para ela. Espanta é saber que ela estar onde ela é devidamente exigida, cuidando da ordem que sustenta o Sistema – que a sustenta – e que previne contra crimes, nunca seja prioridade.

Na falta da boa vontade da Justiça, que poderia se valer das filmagens para identificar, localizar e punir infratores em vez de os vídeos irem parar na TV para esta fazer números de circo para chamar audiência e receita para si ou para ela usar como campanha de marketing de opinião contra administradores e sistemas públicos, e já que a polícia não age para justificar sua existência e os salários que recebe, resta à população seguir os exemplos dados pelos infratores. Quando a evasão de renda for sentida nos cofres públicos e ou privados em questão, se verá soluções e empenhos em empregá-las. Entre essas, até mesmo a redução da maioridade penal deixará de ser assunto para esconder tramas políticas e virará lei a ser aplicada àqueles que se amparam no fato de ser menor de idade e causam prejuízos grandes para maiores e outros menores de idade, que só querem um pouco de ordem, o não abandono das ainda funções do Estado e a extinção dessa mídia golpista horrorosa que temos que encarar, mesmo se não quisermos, todos os dias em nossas vidas, para onde quer quer olhemos e mesmo se taparmos os ouvidos.

O que pega nessa atitude anárquica da população é o medo de os agentes da Lei, de uma hora para a outra, resolverem atuar. Dependendo de quem for pego, pode ser que a liberdade para corromper que reside em quem marginaliza ou é cobra criada em anarquisar não esteja presente. O infeliz, então, terá que se explicar para a Justiça. E, por conseguinte, pode ser que este não encontre quem faça valer seus argumentos complacentes com a desordem vigorada. E, certamente, sem jabá ou sem influentes ele não encontrará condenscendência da mídia para aliviar-lhe o fato. Nem mesmo da população ele encontrará, pois esta estará eufórica com a conquista e a mídia aproveitará a situação para ser lembrada como o agente proporcionador da euforia. Vai logo querer mostrar serviço usando o primeiro que encontrar para pagar de bode expiatório. E eles sabem desse medo. E é aí que eles se fortalecem e se tornam mais teimosos, dificultando o surgimento e a aplicação das soluções.

Governo pela desordem, governo pelo medo, governo pela incerteza é que são o modo de governar que sustenta o capitalismo.