Automóvel virou brinquedo

Há um novo tipo de proprietário de veículo que utiliza despoticamente seus autos como se eles fossem simplesmente um “brinquedo”, um “brinquedinho” já nem mesmo o concebe como um “adjetivo” como então o automóvel era entendido lá nos seus primórdios, e também não é um objeto de “desejo”, pois este tipo auto seria um valioso supercarro, um carrão, mas para poucos. Estes novos proprietários aproveitam seus autos brinquedinhos para dar vasão às suas aventuras de mau gosto; alguns os transformam em potentes carros de som, um som delinquente, poluidor do ambiente enquanto importunam e massacram a audição das pessoas; outros turbinam seus autos para uma versão criminosa de pegas nas vias públicas como emulação para o deleite de uma plateia ávida de emoções de risco e com grave risco para a incolumidade pública, enquanto muitos, porém menos afoitos à violência motorizada alteram as características originais de seus autos, incrementando-os, descaracterizando seus modelos, assim alterando o conceito de segurança veicular para o tráfego no cotidiano das vias construídas para os tipos de veículos programados pelas montadoras em razão das características de construção viária e nos termos das disposições legais de fabricação automotiva. Enquanto isso, muita infração impune e muito perigo em potencial para os usuários das vias públicas; e o poder público, este sempre corre atrás, nunca chega na frente.