APROANDO e APRONIANDO I

Navio é uma construção de grande porte, formando um casco, feita em materiais apropriados com objetivo de flutuar e transportar por via aquática pessoas e cargas. Sobre este casco é feito um pavimento denominado convés principal ou deck, sendo ele contínuo da proa, parte anterior, até á popa, parte posterior, da embarcação. A partir deste nível começa uma construção denominada superestrutura, local onde ficam as acomodações do pessoal de bordo, enquanto no interior do casco é reservado para as cargas em granel.

Tanto a proa quanto a popa devem ter uma forma adequada, facilitando a passagem da água pelo deslocamento da embarcação, tornando mais eficiente a navegação. A proa fazendo um corte na água e a popa adequando o comportamento do fluxo determinado pelo hélice e pelo leme.

Aproando, apontando a proa, no rumo certo do seu navio, Aproniano Cesar Fagundes, um Canguleiro (CC) que cresceu vendo os navios entrarem, saírem e fazerem manobras no porto de Natal, subindo à bordo e visitando diversas embarcações que atracaram e abicaram. Guardou na sua memória e em recortes de jornais toda história portuária natalense, antes mesmo de ser considerado um porto. Fagundes mostrou aos Xarias (CC) os rumos que a navegação deve tomar, através de uma exposição pela passagem dos 80 anos do Porto de Natal.

O material que foi exposto na Capitania das Artes (out/2012) faz parte de uma coleção particular que se tornou acervo do Museu do Porto fundado por Aproniano. As batalhas do século passado entre Canguleiros e Xarias terminaram e um Canguleiro subiu e chegou na Cidade Alta. Agora os Xarias vão ter que descer para as Rocas e para a Ribeira sem deixar de escutar o que Cesar tem a dizer.

Um futuro se constrói a partir da história. Aproniano é a história viva do porto, uma testemunha ocular. Deve ser consultado, fornecendo detalhes e observações até que possa dar uma ordem de comando, uma expressão de ordem que se dá ao homem do leme, depois de alguns comandos de manobras, para que conserve o barco no rumo que está. “ E Nada Mais ! ! ! ”

RC - Roberto Cardoso Cientista Social RM & KRM

Roberto Cardoso (Maracajá)
Enviado por Roberto Cardoso (Maracajá) em 25/07/2015
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