Turma GENEP 65 - De Pitangui a aqui

E foi o Bécaud que cantou a pedra: nossa turma de ginásio está fazendo cinquenta anos de formatura neste dezembro que é o retão de chegada de um novo ano. Se a memória não me falha, e os registros fotográficos estão circulando aí para tirar dúvidas, éramos vinte de dois os sobreviventes daquele quadriênio de muita luta - sem ao menos se descascar a fruta. Mas o quanto representavam para aqueles bravos guapos que o Rubicão ginasial cruzavam. No diapasão vasto e completo do alfabeto, íamos de A a W, do Antônio Eustáquio Bila, ao William, el Bolas, Santiago. E pela amostragem se vê que apelidos então como hoje não só identificavam, mas abundavam.

E além de nosotros, muy machos - até então - havia a mais doce companhia, a das musas, também formandas, que nos superavam em quase tudo. A rigor, só perdiam mesmo no assobiar, jogar pedras e mijar na parede. E uma eventual celebração desse cinquentenário - quee cobriu tempos de Delmário ao respeitável Senador Romário - teria, para maior e completa alegria, de contar com a presença delas, hoje quanto outrora, sempre belas - e sem as nossas seqüelas - que são dos cabelos caídos, dos ventres expandidos, e outros truques e traques mais bandidos...

Nessa trajetória de cinco décadas, vieram também com os acúmulos, até ida aos túmulos, mas é bom que se diga e se repita, a bem da verdade, a meta - indileta - de nós todos é mesmo a eternidade. E dita essa, é bom esclarecer que ninguem tem assim tanta pressa.

E então, moços, dos que mais recentemente revi e abracei, Caxineta, Fifi, Eládio, Lúcio, William, Antônio Teixeira, Matias, Marco, fazemos a festa, ou deixamos passar mais esta?

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 11/12/2015
Reeditado em 10/08/2020
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