Cristofobia, islamofobia e outros termos falhos.

A sociedade ocidental passou e ainda passa por um processo de aumento considerável do engajamento dos cidadãos no combate aos preconceitos. A história recente é marcada pela luta por igualdade e direitos civis das mulheres, negros, LGBTs e outros grupos prejudicados por atos e práticas de opressão. Recentemente, no entanto, tem-se discutido cada vez mais a respeito de conceitos como: religiofobia, cristofobia e islamofobia, por muitos considerados categorias legítimas de discriminação.

Religiofobia é definida como aversão, ódio ou medo da Igreja ou de coisas ou pessoas relacionadas à religião; enquanto a islamofobia é ao islamismo ou aos muçulmanos e a cristofobia: ao cristianismo ou aos cristãos. O que estes três termos têm em comum? Nenhum deles distingue o repúdio à religião do repúdio aos seus praticantes.

O islamismo, o cristianismo e qualquer outra religião nada mais são do que um conjunto de ideias, estando, portanto, passíveis de serem criticadas e ridicularizadas por qualquer indivíduo, sem represálias e sem exceções. Já os muçulmanos, cristãos e outros grupos religiosos são pessoas, que devem ser respeitadas e o preconceito a elas é inadmissível, mas isso não significa proibir ninguém de questionar as crenças e valores das mesmas.

Muitas pessoas utilizam estes vocábulos sem mesmo perceber o perigo contido neles. Considerar qualquer espécie de crítica a determinadas ideologias como intolerância, abre espaço para repressões injustas e censuras que só favorecerão oportunistas políticos. O mesmo problema é encontrado ao utilizar palavras como: “direitofobia”, “esquerdofobia”, “comunistofobia”, “capitalismofobia”, entre outras.

Sem Extremismos
Enviado por Sem Extremismos em 31/03/2017
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