As crianças de hoje.

As crianças de hoje.

As crianças de hoje não sabem o que é se sujar na lama correndo atrás de uma bola. Nunca ralaram os joelhos caindo de um carrinho de rolimã.

Não passeiam com o cachorro no fim da tarde. Nunca viraram um pião, nem sabem as regras de um bom joguinho de bolinha de gude.

Pobres crianças tecnológicas que nem sabem como manejar o bom e velho estilingue.

Não usam a imaginação numa brincadeira caseira com brinquedos feitos a mão.

Perderam a capacidade de empinar uma colorida pipa e nem conseguem brincar com simples bolinhas de sabão.

Desdenham os brinquedos como carrinhos e bonecas e, cada vez mais estão “ligados” nos games violentos cujos aplicativos sobram nos tlabetes e celulares.

Pobres crianças de um mundo sem fantasias, cujas histórias inocentes deixaram de ouvir para viver cada vez mais uma triste realidade de adultos.

As crianças de hoje não sabem o que subir numa árvore e sentir o vento desarrumar seus cabelos, são muito certinhas aos olhos dos pais, que se conformam em vê-los quietinhos digitando num celular ou outro aparato tecnológico.

Lamentamos que os pequenos não consigam ler uma frase completa de um texto sem tropeçar nos pontos e vírgulas, mas compreende-se tal falha, pois não estão acostumadas a ler.

Não se interessam pelas pequenas histórias e nem mesmo os coloridos dos gibis as atraem como ocorria no passado.

Pobres crianças que estão cada vez mais frequentando os consultórios de endócrinologistas para suavizarem seus estados de mórbida obesidade.

Alimentam se mal, dormem demais fora dos horários regulares e se alimentam de guloseimas glicêmicas e pouco nutritivas.

Pobres crianças que perderam a essência da infância inocente e, cada vez mais se embrenham numa precoce vida adulta sem realmente viver os mágicos e irreversíveis tempos de criança.

Guilhermino
Enviado por Guilhermino em 06/07/2017
Código do texto: T6047614
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