Causou certa perplexidade a notícia de que o futuro governador eleito do Rio de Janeiro, ao ser entrevistado pela imprensa afirmou a necessidade de usar “sniper” para eliminar os bandidos armados com armas pesadas e também  metralhadoras, principalmente nas favelas, invocando o principio da “exclusão de ilicitude”- Em outras palavras, traduzindo, ao público leigo, que “sniper” são atiradores de elite  em ação de uma “guerra intestina”. Há anos vem sofrendo a ex- Capital federal, e, por outro, a “exclusão de ilicitude” como a não instauração de procedimento administrativo “in casu” – inquérito policial e  “in fine” poderia virar ação criminal contra o atirador envolvido na ação como forma de não existir alguma punição ao autor dos disparos. Seja lá qual for as consequências...
Lembro quando estudante ainda no ginasial, conheci nas lições de inglês,(literatura-histórica e verdade), um fato que ocorreu na guerra intestina na Irlanda contra a dominação inglesa, em que  um “sniper” no telhado de um casarão, em Dublin, numa noite escura... O atirador de elite notou que alguém se aproximava.   Este não titubeou e atirou contra essa pessoa. Só de manhã, por curiosidade, foi ver quem era o suposto invasor e descobriu que era seu irmão-solidário à causa da libertação irlandense -- –sem querer o matara... Coisas da revolta e da guerra, que se perpetuou há anos, na Irlanda-hoje ainda dividida .
O exemplo citado acima, a rigor nada se equipara ao que o Rio de Janeiro há anos vive, onde morrem bandidos, gente inocentes e também policiais.
Mesmo com a chamada intervenção militar pelas Forças Armadas –determinada pelo presidente Temer- ante o clamor da população, até o momento a tal pacificação ainda “faz águas” e nota-se que o problema da criminalidade no Rio de Janeiro é por demais complexa. Eis que a população anda cativa e sem defesa. Os armamentos continuam a causar espanto pelo poderio bélico de facções criminosas com extrema ousadia e perplexidade do poder financeiro onde se instalou a bandidagem, com muito dinheiro, importando armas pesadas, inclusive antiaéreas, formando a malta com um poderio jamais visto no País.O tráfico rende muito...
Respeitosamente, a Polícia do Rio de Janeiro, quer civil quer militar, conforme se observou na pós ocupação federal, tem uma ala podre enorme.  O general comandante da operação intervencionista, ao tomar  ciência da grave situação,aí foram vários policiais expulsos dos quadros, eis, que participavam em conluio com os traficantes poderosos. Sabe-se:  o tráfico rende muito e corrompe tal qual o câncer, pessoas que deveriam combater o crime. Coisa de outro mundo...Em paralelo criou-se milícias...
Por outro, não é só nas favelas que se encontram os inimigos do Rio de Janeiro e sua população, mas também os marginais urbanos da Capital e do Interior fomentando tráfico e no uso das substâncias transacionadas. Assim, por outro não há “santos” em Copacabana, nem no Leblon, e condomínios de luxo,  pois, alguns ou muitos fazem também parte de uma grave criminalidade . A “elite”  também fomenta  a violência e o crime organizado,via indireta. Quer se dizer aqui que as favelas há mesmo gente de bem e crianças a serem protegidas dos próprios marginais. Estes,por outro dão “emprego” e dinheiro aos menores e desvalidos pelo Estado,há anos, sem que nada pode se fazer no sentido contrário. Por outro, é de conhecimento mundial que o Rio de Janeiro encontra-se em processo de falência por seus maus políticos, “in casu”,o abominável ex-governador Cesar Maia que se encontra preso em suposta “segurança máxima”.  Também os sucessores do indigitado tem comprometimento com a nefasta e insuportável realidade criminosa.   
Em suma: O Rio de Janeiro está doente e a fase é catastrófica é real, onde o crime e tudo mais compensam.
Sobre a “exclusão de ilicitude” seria um paliativo ao que se instalou no Rio de Janeiro, eis que, por mais boa vontade que representa o futuro governador eleito (ilibado) não seria a salvação definitiva da grande cidade e do Estado.
É triste dizer...mas tá tudo dominado no jargão da malta!!
Para justificar a chamada “exclusão de ilicitude” a semelhança do que teria ocorrido no Haiti, pelo contingente da ONU –no qual o Brasil participou, na verdade não há como se comparar com o cenário carioca. Explico: uma única favela do Rio tem mais de 1 milhão de habitantes, tal qual a cidade de Campinas, no Estado de São Paulo. Impossível realizar uma operação de guerra dentro de tal cenário, lembrando que há outras comunidades com imensa densidade humana no Rio de Janeiro. Lembro aqui que no governo passado de Carlos Lacerda – este quis atenuar a crescente demografia de favelas. inaugurando casas a baixo custo aos favelados e, numa das inaugurações foi recebido nos conjuntos habitacionais nos subúrbios com pedradas pela massa. Dá para acreditar?? Dessas casas foram arrancadas torneiras, vasos sanitários e inclusive depredações várias, e, o que rendia algum valor era vendido nos ferros-velhos. Acredite quem quiser. O que não tinha remédio...remediado está.    
SMJ o que tem ocorrido é a incapacidade dos poderes em controlar a criminalidade- onde um serviço de inteligência é pífio diante da problemática – aparentemente insolúvel. Mais ainda, sem recursos financeiros para essa enorme empreitada.