UMA OPORTUNA ANÁLISE DA HISTORIADORA VIRGINIA FONTES

A conhecidíssima historiadora, professora e pesquisadora Virginia Fontes fez uma análise perfeita hoje página do youtube com o seguinte título: Pobretologia e falsificação da ira popular.

Segundo Virginia Fontes o termo pobretologia derivou do banco mundial que tinha como diretor Robert Mcnamara tendo sob sua direção entre 1969 e 1982. Dando continuidade, a historiadora e professora diz que Robert Mcnamara inventou uma política que denominava internacionalmente assalto a pobreza. Ai a historiadora e professora Virginia Fontes: quem foi Robert Mcnamara? Segundo a professora, antes de ser dirigente do banco mundial ele foi secretario de defesa dos governos norte-americanos entre 1961 e 1968. Ela lê uma citação de uma entrevista de Robert Mcnamara realizada bem depois que ele já havia saído tanto da defesa dos EUA,quanto do banco mundial.A seguinte citação foi essa: "lançamos sobre essa zona minúscula, ela faz uma intervenção, ele está falando do Vietnã, continua a citação, em um período de cinco anos entre três e cinco vezes a tonelagem utilizados pelos aliados os teatros bélicos na segunda guerra mundial. Matamos três milhões e duzentos mil vietnamitas sem contar os soldados do Vietnã do Sul".

A historiadora e professora Virgina Fontes vai explicar, se perguntando, em que consiste a esse assalto a pobreza? Continua, em primeiro lugar é um estímulo a guerra fria, pretendia exatamente reafirmar a conexão de segurança dos capitais onde se considerava que a pobreza era uma ameaça a segurança do capitalismo justamente por estar aberto a revoltas e se trata em primeiro lugar de neutralizar as lutas e reivindicações populares através da intensificação endividamento tanto para os Estados, depois o endividamento de populações pobres através de microcréditos que vem desde o desdobramento posterior da pobretologia .

Segue a professora, no meio do caminho ou na formação dessas políticas, nós vamos encontrar a revolução verde que pretende exatamente combater a revolução vermelha nos meios camponeses e que nos legam a tragédia dos transgênicos e dos agrotóxicos que são casados com ele, e hoje envenenam nossa comida e nossa água. Intensificou a defesa do liberalismo econômico através de uma argumentação falaciosa de que era o protecionismo e a existência de direitos que dificultava os empregos.

Para a professora Virginia Fontes talvez não seja um discurso recente, mas já estava elaborado desde o assalto a pobreza do banco mundial. Sugerindo que o fim dos direitos garantiriam empregos. Ela diz, seria pra rir se não fosse trágico.

Dando continuidade a sua análise, o banco mundial fez artimanhas para apagar as razões da produção da desigualdade nas sociedade capitalista em boa parcela da população em culpar pela pobreza pelas suas condições precárias ou a culpabilização da pobreza. Em seguida ela arremata. E por fim, eu não vou fazer uma lista exaustiva, mas estou traçando os traços fundamentais. Como a tendência da organização e elaboração das políticas sociais para o terreno das condições de urgência,das emergências , então a ideia é: a fome é agora temos que resolver de qualquer jeito com a receita que temos, não vamos pensar que produz a fome, não vamos pensar quem lucra com a fome, não vamos pensar por que essa sociedade produz fome joga fora comida.

Essa política do imediatismo com Fernando Henrique Cardoso e com o pt , na análise da professora.

"A falsificação da ira foi cunhado segundo a professora Virginia Fontes com Chico de Oliveira num livrinho em que ele analisou a eleição de Collor e a enorme manipulação empresarial que ocorreu naquele processo.

Continua a professora, ora essa falsificação que ele apontou lá em 1989, foi requentada na política brasileira seguidas vezes. A professor menciona exemplos:Fernando Henrique Cardoso na contra reforma do Estado que doou os recursos públicos para o empresariado brasileiro e estrangeiro e que aceitou o pagamento em moedas podres e inventou o primeiro programa de pobretologia oficial que se chamava comunidade solidária pilotada por sua mulher Ruthe Cardoso, já era um programa de transferência e não política de direitos. Lula e Dilma aprofundaram e expandiram esse programa de que se convencionou chamar de bolsa família. Esses programas retiraram as condições de luta popular por direitos e subordinaram uma boa parte da população. Novamente não fizeram com os direitos aprofundaram a pilotagem, principalmente da políticas universais aos aparelhos privados.

Finalmente ela chega a Bolsonaro, segundo a historiadora e professora Virginia Fontes o Bolsonaro é talvez a mais grave sofisticação da ira popular da história brasileira, ela acha que não temos nada parecido antes, e ele expressa talvez o momento de cansaço em que a ira popular parece desistir, parece aceitar o pior e impor o pior para todos, uma espécie de vingança ao contrário em que agora todos verão o que significa viver sob falsificação da ira. Esse segundo a professora que é um dos pontos que nutre o próprio fascismo.

A professora segue na sua análise, estamos assistindo essa semana o renascimento da pobretologia agora nas mãos de Bolsonaro, estamos vivendo talvez a pior crise econômica desse país.Com um aumento brutal do desemprego e da precarização das relações de trabalho, e enquanto isso o que faz o governo Bolsonaro? Assegura rios de dinheiro para as classes dominantes e sugere que se faça um programa denominado renda Brasil que reativa a pobretologia em piores condições que as anteriores. Desde o inicio do seu governo, Bolsonaro vem fazendo doações das empresas e recursos públicos que pertencem a todos brasileiros a empresários brasileiros e estrangeiros e vem vendendo ou doando a Petrobrás, florestas, base de alcântara, Embraer, a própria dignidade humana.

Perfeita análise da historiadora e professora Virginia Fontes.

inclemente
Enviado por inclemente em 04/09/2020
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