História do Bairro de Aribiri, em Vila Velha, ES

BAIRRO DE ARIBIRI, VILA VELHA, ES

LINHAS DE BONDE E RODOVIA ASFALTADA

Clério José Borges nasceu no bairro de Aribiri, no Município de Vila Velha, ES. Aribiri é um termo indígena que significa o mesmo que Arabiri, Areberi, ou seja, diminutivo de Árabe, barata pequena, baratinha ou barata d´água. Baratinhas que são encontradas nas pedras que ficam próximas ao mar. O rio Arabiri, depois conhecido como Aribiri deu origem ao nome do bairro, devido a grande quantidade de baratinhas existentes nas pedras às margens do rio. A região já foi um quilombo de escravos e, em 1910, o terreno que pertencia a Manoel Evaristo Pessoa foi loteado e vendido para várias famílias e, a região se transformou em um povoado. O progresso surge a partir da instalação do bonde em 1912, com a inauguração de uma linha que ligava o centro de Vila Velha até o bairro de Paul, sendo a mais rápida via de acesso para quem queria chegar a Vitória. As primeiras ruas do bairro foram abertas em 1935.

Duas linhas de bondes foram criadas. Uma denominada Paul/Aribiri e outra Vila Velha/Aribiri. Os bondes estimularam a criação de lanchas que ligavam Paul a Vitória pelo canal da baía de Vitória. As lanchas concorriam com os botes dos catraieiros que faziam a travessia da baía. Em 1952 foi instalada a Fábrica de biscoitos Alcobaça. Clério José Borges residia na rua São José que depois transformou-se na rua Ramiro Leal Reis em homenagem ao proprietário fundador da Fábrica Alcobaça.

Em 1928 é inaugurada a Ponte Florentino Avidos, conhecida também como cinco pontes, construída com material importado da Alemanha, passando a ser um ponto crucial na ligação entre Vitória e o continente. Entre 1960 a 1970 é construída a Avenida Jerônimo Monteiro que depois de asfaltada passou a ser o elo de ligação entre Vila Velha e Vitória, utilizando a ponte Florentino Avidos, passando a ser uma forma de se chegar mais rápido do que o bonde à Capital do Estado. Com o surgimento das linhas regulares de ônibus entre Aribiri e Vitória, as viagens de bonde passam a serem lentas e pouco usadas. Os bondes deixassem de circular por volta de 1975/1976. As viagens de bonde eram consideradas maravilhosas já que os vagões eram abertos e possibilitavam apreciar a paisagem, os manguezais e as áreas em pleno crescimento com construções de ambos os lados da linha férrea. As famílias mais tradicionais do bairro eram os Vereza e os Lourenço Rodrigues. Cláudio Vereza, que foi Deputado Estadual em várias legislaturas nasceu no bairro. José Rodrigues de Carvalho foi vereador e presidente da Câmara Municipal, residiu e criou seus filhos no bairro, junto com sua esposa, a enfermeira e parteira Cecília Lourenço Rodrigues. O escritor, poeta e trovador, Clério José Borges, Presidente e fundador do Clube dos Trovadores Capixabas, CTC, hoje ACLAPTCTC, Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores, nasceu também em Aribiri.

O ex-Deputado Estadual, Cláudio Vereza publicou um pequeno livro, em 1981, onde conta a história de Aribiri. Lá está registrado que as primeiras ruas foram abertas em 1935 e que em 1952 foi instalada a Fábrica de Biscoitos Alcobaça, de propriedade de Ramiro Leal Reis. Consta ainda que, em 1973 foi promovida a inauguração do primeiro Orelhão, Posto Médico e a praça Alfredo (Manoel) Aragão. O Grupo Escolar Ofélia Escobar, em Aribiri foi uma das primeiras Escolas a serem inauguradas no Município de Vila Velha. Outras pioneiras Escolas foram o Vasco Coutinho, no Centro de Vila Velha e o Graciano Neves, entre outros. Alunos de grupos escolares terminavam o primário no quarto ano. O quinto chamava-se curso de admissão ao ginásio e era um mini vestibular que representava um grande obstáculo para os estudantes locais que desejavam prosseguir nos estudos, já que Vila Velha não oferecia esse curso. Quem dispunha de recursos ia para Vitória depois de concluir o curso primário. No bairro, o Campo do Santos Futebol Clube, hoje Estádio Manoel Araújo de Oliveira sempre foi uma opção de lazer da garotada aos sábados e domingos. Partidas do Campeonato Capixaba eram disputadas no Campo do Santos, um time cuja sede era no bairro de Paul, mas, o campo ficava em Aribiri. César Rizzo, Francisco de Oliveira Neto, o Cartola eram alguns radialistas que vinham transmitir as partidas de futebol pelas Rádios Espírito Santo e Vitória. Os times do Rio Branco; Vitória e Santo Antônio jogavam no Campo do Santos em Aribiri. Um dos primeiros jogos da Associação Atlética Desportiva Ferroviária da Vale do Rio Doce, hoje Desportiva Capixaba, foi realizado no Campo dos Santos em Aribiri. A Desportiva foi criada em 17 de junho de 1963 a partir da união de vários times de funcionários da Companhia Vale do Rio Doce que existiam na ocasião.

O time do bairro de Aribiri era o América, cuja sede era na residência de uma família tradicional residente na Rua São Luiz. A rivalidade dos jovens de Aribiri com os jovens do bairro do IBES, Instituto Bem-Estar Social, era característico de uma época em que cada grupo de jovens procurava disputar o seu próprio espaço. Aribiri do mangue que um dia inventaram de fazer uma praia, colocando areia branca numa área por detrás do Morro dos Vereza e em frente a ilha de Vitória. Aribiri das “poncas” (caronas) no bonde. Do “Cabeção” que como cobrador que não deixava ninguém dar “colote” (viajar sem pagar) a passagem. Aribiri da “Convertidora”, como era conhecida a Oficina de conserto de bondes que havia na parte detrás da Estação. Aribiri dos piques-salva. Das fritadas de bundinha de Tanajuras. Aribiri de Dona Lyra; do Lico (Elias Barros); do Ronaldo; Das quadrilhas das festas juninas no quintal da Casa do pai de Cláudio Vereza; Aribiri dos Campeonato de Jogos de Botão; Aribiri do Bebeto e de Luizinho; Aribiri do Borlot e de tantos outros que hoje se orgulham daquele pedacinho de chão tão belo e precioso. Em 1974 circulava no bairro o Jornal “O Encontro”, como órgão de divulgação da Comunidade de Aribiri, com criação de Vera Maria e Direção de Cláudio e Magno. Datilografia de Dulce. No informativo mimeografado à tinta consta que em Assembleia Geral Extraordinária foi eleita a Diretoria do Movimento Comunitário de Aribiri no dia 19 de maio de 1974. Foram eleitos: Presidente - Cláudio Humberto Vereza Lodi; Vice-Presidente - Magno Pires da Silva; 1º Secretário - Iracema Ferreira; 2º Secretário - Cecília Lourenço Rodrigues; 1º Tesoureiro - Paulo Gáudio Barbosa; 2º Tesoureiro - Brígida F. Santa Clara.

No início de setembro de 2022, a Prefeitura de Vila Velha entregou a praça José Vereza, em Aribiri, totalmente revitalizada. O reformado espaço de lazer recebeu serviços de paisagismo, calçada legal, iluminação com lâmpadas de LED. O local também recebeu um conjunto de brinquedos fixados em grama sintética, para a criançada desfrutar de momentos de alegria com amigos e família.

O rio Aribiri nasce na região da Lagoa Encantada, em Vila Velha. A origem do rio, que está em uma área verde localizada no meio urbano, permanece preservada, mas a situação da nascente não reflete a realidade dos trechos que passam em meio às casas. O descarte de lixo, resíduos e esgoto não tratado das casas deixa o rio com aspecto sujo, levando muitos moradores a confundi-lo com um valão. O curso d’água, praticamente assoreado, tenta sobreviver em meio a tantas impurezas. A origem do rio tem uma área total de 1.194.804,85 m² e é abrigo de diversos animais silvestres. A Lagoa Encantada como é chamada, conta com manguezais, Mata Atlântica e corpos hídricos alagados. Atualmente, é uma Área de Preservação Permanente (APP) mantida pela Prefeitura Municipal de Vila Velha, mas protetores da região lutam para que ela se transforme em um parque natural.

Para se chegar até Vitória, Capital do Estado, ia-se de bonde até Paul e ali de lancha ou bote chegava-se em Vitória, Capital do Estado. Os bondes estimularam a criação de lanchas que ligavam Paul a Vitória pelo canal da baía de Vitória. As lanchas concorriam com os botes dos catraieiros que faziam a travessia da baía.

Uma estrada foi construída durante o governo de Jones dos Santos Neves com pista simples, sem acostamento e com cerca de 10 quilômetros, ligando Vitória ao centro de Vila Velha. Foi inaugurada a 8 de setembro de 1951, mesma época do 4º Centenário de Vitória. O nome da importante avenida de Vila Velha é em homenagem ao ex governador e ex Senador Carlos Fernando Monteiro Lindenberg.

Dez anos após a construção, em 1961, a rodovia recebeu duplicação, passando a ter nove metros de pista em cada lado e com um sistema de drenagem na época criterioso, considerando ser uma região plana e baixa. Além disso, o transporte coletivo de bondes era um marco na vida da população Vilavelhense. E, isso mudou com a inauguração da Rodovia Carlos Lindenberg, já que possibilitou a preferência aos ônibus, uma efetiva alternativa urbana de mobilidade causada pela rodovia.

Essa rodovia sempre teve como função servir de alicerce de sustentação para o sistema viário do município, ou seja, permitir acesso a diversos bairros das regiões continental, central e litorânea de Vila Velha. Depois de asfaltada a rodovia passou a ser o elo de ligação mais rápido que o bonde, fazendo com que os bondes deixassem de circular por volta de 1975/1976.

EQUIPES DE FUTEBOL DO SANTOS DE PAUL E AMÉRICA DE ARIBIRI

Residindo praticamente ao lado do Campo dos Santos, o jovem Clério José Borges, hoje Comendador Capixaba e Historiador, começa a assistir na década de 60, aos jogos do Campeonato Capixaba de Futebol, do qual participavam as equipes do Rio Branco, Vitória e outros times. O Santos Futebol Clube fundado em 21 de julho de 1921 é conhecido como Santos de Aribiri, mas na verdade o Santos é de Paul. O apelido pegou, pois, o estádio em que mandava suas partidas era no Bairro Aribiri.

O time de Aribiri era o América Futebol Clube, este sim com sede no Bairro Aribiri, muitas vezes confundido com o América F.C de Vitória primeiro Campeão Capixaba de Futebol.

AMÉRICA DE VITÓRIA É UM TIME TOTALMENTE

DIFERENTE DO AMÉRICA DE ARIBIRI.

Em 03 de maio de 1916 era fundado o América Football Club em Vitória por dissidentes do Rio Branco Futebol Clube, o clube foi uma homenagem ao América/RJ, o Mequinha. Foi o 1º campeão capixaba da história em 1917. Sua sede ficava no Club Bohemios, em Vitória, local constantemente utilizado para bailes, inclusive no carnaval, em 1927 o América após uma votação pública foi eleito o "mais querido" pelo capixaba, sendo sim este é o verdadeiro clube mais querido do Espírito Santo. Uma curiosidade do clube é que chegou a contar com o zagueiro chamado Carlos Lindenberg, que para quem não sabe mais tarde se tornou governador do Espírito Santo e senador da República na década de 1950. O clube foi um dos fundadores da Liga Sportiva Espírito Santense hoje chamada FES Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo, ao lado de Vitória F.C, Rio Branco, F.C, Moscoso F.C, Barroso F.C em 2 de maio de 1917. O América, time de Vitória conquistou 6 vezes o Campeonato Capixaba, 1917, 1922, 1923, 1925, 1927 e 1928, 4 vezes Torneio Início 1922, 1923, 1926 e 1943. O time manteve-se ativo até a década de 1950, quando encerrou as atividades.

O clube do Santos Futebol Clube, de Paul foi fundado no dia 21 de julho de 1921 e disputou o Campeonato Capixaba em cinco oportunidades. O clube é do bairro de Paul. Tinha um apelido, Santos de Aribiri e isto se deu pelo fato de o estádio do Santos, o Manoel Araújo de Oliveira, ser no bairro de Aribiri. O time profissional que disputava o Campeonato Capixaba costumava fazer o trajeto entre os dois bairros de bonde. A equipe de futebol do Santos, de Paul disputou o estadual e a Taça Cidade de Vitória profissionalmente várias vezes, mas em 1963 na Taça Cidade de Vitória veio sua grande glória, o time conquistou o título desta competição, muito tradicional no Espírito Santo durante as décadas de 50 e 70. Uma curiosidade era que o time de futebol do Santos chegava de Bonde ao estádio, pois havia uma linha de bonde do bairro de Paul até o bairro de Aribiri.

As partidas de futebol eram transmitidas pelas emissoras de rádio e Clério José Borges sempre ficava próximo aos grandes locutores esportivos da época, um dos quais, Cesar Rizzo, que depois se transferiu para trabalhar nas emissoras de rádio de Minas Gerais e Rio de Janeiro. O comentarista era Antônio de Oliveira Neves, conhecido como Carlota.

Natural de Vitória-ES, Cezar Rizzo iniciou a sua trajetória na Rádio Capixaba, em 1959. Em seus quase 60 anos de carreira como locutor, trabalhou nas seguintes rádios brasileiras: Vitória (ES), Espirito Santo (ES), Itatiaia (MG), Guarani (MG), Tupi (RJ), Poti (RN), Sociedade da Bahia (BA), Vera Cruz (BA), América (RJ), Tupi (SP), Globo (RJ), Jornal do Brasil (RJ), Nacional (RJ), Tropical (RJ), Tamoio (RJ), Brasil (RJ) e Manchete (RJ). Marcante locutor do rádio esportivo brasileiro, Cezar Rizzo morreu no dia 21 de janeiro de 2018, aos 82 anos, em Niterói (RJ), após longa luta contra um câncer no fígado. Em sua carreira, Cezar Rizzo cobriu quatro Copas do Mundo (1982, 1986, 1994 e 1998), uma Olimpíada (Moscou, 1980) e 50 Grandes Prêmios de Fórmula 1.

=======================================================

BIOGRAFIA RESUMIDA DO AUTOR

DESTA PESQUISA SOBRE O BAIRRO DE ARIBIRI

=======================================================

Nome: Clério José Borges de Sant´Anna

End. - Rua dos Pombos, n.º 2 – Eurico Salles

Carapina – Serra – ES.

CEP: 29.160 – 280.

Tel.: (027) 3328 07 53

(27) 9 92 57 82 53

E-MAIL: clerioborges2013@gmail.com;

HOME PAGE: https//clerioborges.com.br

DADOS PESSOAIS

Data de Nascimento: 15 de setembro de 1950.

Naturalidade: Bairro de Aribiri, Município de Vila Velha, Estado do Espírito Santo

Nacionalidade: Brasileiro

Estado Civil: Casado

Nome do Pai: Manoel Cândido de Sant´Anna

Nome da Mãe: Lyra Borges de Sant´Anna

Cônjuge: Zenaide Emília Thomes Borges

Filhos: Clérigthom Thomes Borges - Nascido a 23 de julho de 1979.

Cleberson José Thomes Borges – Nascido a 18 de novembro de 1981.

Netas:

Christal Fraga Borges

Marina Araújo Borges.

TROVA HOMENAGEM:

ENTRE OS VULTOS DE VITÓRIA,

SEM MEDO DE DESPAUTÉRIO,

QUEM TERÁ LUGAR NA HISTÓRIA

É O AMIGO POETA CLÉRIO.

TROVA DO SAUDOSO PROFESSOR

FRANCISCO FILIPACK, DE CURITIBA/PR

BIOGRAFIA RESUMIDA:

Clério José Borges é Escritor, Historiador, Poeta, Comendador e Trovador Capixaba e nasceu no dia 15 de setembro de 1950, no antigo Patrimônio Quilombola de Aribiri, bairro do Município de Vila Velha, ES, na antiga Rua São José, atual Rua Ramiro Leal Reis, ao lado do Campo do Santos Futebol Clube, no Município de Vila Velha, Estado do Espírito Santo. Filho do Estivador Manoel Cândido de Sant Anna e da Costureira Lyra Borges de Sant Anna.

Clério José Borges trabalhou profissionalmente, como Jornalista do Jornal "A Tribuna", de Vitória, ES. Foi Jornalista iniciante (Foca) e promovido, em seguida, a Repórter e depois a Redator, chegando a função de Chefe de Reportagem, com Carteira Profissional assinada de 01/08/69 a 11/02/70 e de 01/03/71 a 05/07/72. No Jornal A Tribuna, além de Repórter, Redator e Chefe de Reportagem foi comentarista de Cinema. Trabalhou com os consagrados Jornalistas da Imprensa Capixaba, Marien Calixte, Plínio Marchini, Rubinho Gomes, Paulo Bonates, Sérgio Egito, Nelson Serra e Gurgel, Marcelo Rossoni, Maura Fraga, Paulo Maia, Pedro Maia e Vinicius Paulo Seixas e Cláudio Bueno Rocha. Depois teve uma ligeira passagem pelo Jornal O Diário, (já extinto), também de Vitória, ES.

Fundou e preside desde 1º de julho de 1980 o Clube dos Trovadores Capixabas CTC, que em Assembleia Geral Extraordinária realizada no sábado, dia 18 de novembro de 2017, em Eurico Salles, no Município da Serra no Espírito Santo foi transformada em Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores, de sigla ACLAPTCTC. Clério é líder na realização de eventos culturais no Estado do Espírito Santo, promovendo anualmente, desde 1981, os Seminários Nacionais da Trova, atualmente denominados Congressos Brasileiros de Poetas Trovadores. Foi fundador e primeiro Presidente da Academia de Letras e Artes da Serra, ALEAS, fundada no dia 28 de agosto de 1993.

É morador do Município da Serra, ES, desde o dia 20 de fevereiro de 1979, data em que se mudou de Vila Velha para o bairro Eurico Salles, Distrito de Carapina, Serra, ES. É cidadão Vilavelhense por nascimento, cidadão Serrano desde 26 de dezembro de 1994 e cidadão da cidade de Cariacica, ES, desde o dia 14 de julho de 2022.

Funcionário Público Estadual Aposentado tendo atuado na área da segurança pública estadual, exercendo o cargo de Escrivão de Polícia Civil durante 35 anos, onde foi premiado com Elogios e as Medalhas de Bronze, Prata e Ouro da Polícia Civil Capixaba devido à excelência nos serviços prestados em prol da sociedade capixaba. Durante sua vitoriosa carreira policial, Clério José Borges trabalhou em várias Delegacias e exerceu vários cargos de chefia, de modo especial o cargo de chefe de Apoio Administrativo do Departamento de Polícia Judiciária da Serra. Durante seu trabalho como Escrivão de Polícia, anotou gírias e jargões que serviram de base para o lançamento em 2012, de um Livro com cerca de 10 mil Gírias e Jargões da Malandragem.

Foi Conselheiro Titular do Conselho Estadual de Cultura do Espírito Santo, durante quatro anos, de 04/01/1989 a 18/02/1993, onde foi eleito e atuou como Secretário e Vice-presidente do CEC-ES. A designação em 04/01/1989, Decreto Nº 08-P, de 04 de janeiro de 1989, publicado no Diário Oficial do E. Santo foi assinada pelo Governador do Estado, Dr. Max Freitas Mauro, com duração até 1991. Nova nomeação pelo Governador do Estado, como Conselheiro Titular da área de Literatura, representando o CTC, Clube dos Trovadores Capixabas, em 1991, com duração até 18/02/1993. Conselheiro Suplente de 1994 a 1997. Após 1997 e até o ano 2000, passou a pertencer à Câmara de Literatura do referido Conselho, CEC-ES. Durante o período de atuação no CEC como Conselheiro Titular por quatro anos, exerceu a atividade de Secretário do Plenário e foi eleito, Vice-Presidente por votos dos Membros do Colegiado. Membro da Câmara de Literatura do Conselho Estadual de Cultura do Estado do Espírito Santo. Na Câmara e no CEC, fez parte de várias Comissões criadas, apreciando processos, emitindo pareceres e participando de Tombamentos históricos, como o Tombamento das ruínas da Igreja de São José do Queimado e tombamento da Mata Atlântica do Espírito Santo.

Clério José Borges foi nomeado pelo Decreto 9905/97, de 24 de setembro de 1997, para compor o primeiro Conselho, como Conselheiro Titular da Área de Literatura, ficando como suplente o Escritor Valdemir Ribeiro Azeredo. A lei que instituiu o Conselho de Cultura da Serra foi de autoria da então Vereadora Márcia Lamas e foi sancionada pelo Prefeito da Serra da época, João Baptista da Motta. Foi do Conselho Municipal de Cultura da Serra, de 24/09/1997 a 20/07/2012, ou seja, durante o período de 14 anos, 09 meses e vinte dias. É Senador da Cultura, título recebido pela Sociedade de Cultura Latina do Brasil, com sede na Cidade de Mogi das Cruzes, São Paulo. É Mestre da Cultura Capixaba desde 30 de setembro de 2023, título recebido em evento folclórico realizado na Praia da Costa em Vila Velha, ES.

Depois de cinco anos de pesquisas, em 1998 publica o Livro "História da Serra", contando a verdadeira história da colonização do município da Serra, com a chegada dos Índios Temiminós do Rio de Janeiro sob o comando do cacique Maracajaguaçu e que, em 1556, se une ao Padre Jesuíta, Braz Lourenço e funda a Aldeia de Nossa Senhora da Conceição, que dá origem a atual cidade da Serra. A 1ª Edição do Livro foi eleita em abril de 1999, como o Melhor Livro do ano de 1998, publicado em prosa no Brasil e a cerimônia oficial de premiação foi realizada sob a presidência da Professora e Acadêmica, Maria Aparecida de Mello Calandra, IWA, Presidente da Sociedade de Cultura Latina do Brasil em Mogi das Cruzes, São Paulo no dia 08 de maio de 1999, no Teatro Municipal Paschoal Carlos Magno, localizado na Rua Dr. Corrêa, 515, Centro Histórico, na Cidade de Mogi das Cruzes, no Estado de São Paulo.

No dia 15 de setembro de 2005 Clério José Borges foi homenageado como historiador do Município da Serra em solenidade realizada na Sala de Reuniões Flodoaldo Borges Miguel, no Plenário da Câmara Municipal da Serra. Na ocasião Clério recebeu uma Placa Especial, Diploma de Honra ao Mérito, Historiador Serrano. No dia 10 de fevereiro de 2007, em pleno Carnaval Capixaba, Clério José Borges foi homenageado, no Sambão do Povo, em Vitória, ES, como Historiador, pela Escola de Samba, Rosas de Ouro, do Município da Serra, Espírito Santo, presidida pelo Carnavalesco, Marcos Caran. Clério desfilou como Destaque num Carro alegórico pois o enredo "Serra 450 anos de Fundação”, foi baseado no Livro História da Serra, de Clério José Borges.

Pertenceu a Pastoral Familiar (preparação de noivos para o casamento) da Comunidade Católica São Paulo Apóstolo, da Paróquia São José Operário de Carapina, Serra, ES, junto com sua esposa Zenaide Emília Thomes Borges e, a vizinha e amiga, Magnólia Pedrina Sylvestre. Serviu na Pastoral Familiar de 19 de março de 2005 até o dia 19 de agosto de 2022. Foi Ministro da Palavra, comentando, ou seja, partilhando a palavra do Evangelho nas celebrações que são realizadas em substituição a Missa, na Comunidade Católica São Paulo, Paróquia São José Operário, de 05 de agosto de 2008 até o dia 19 de agosto de 2022.

A Igreja Católica possui o laicato, que é presença de pessoas não ordenadas que substituem os Padres em ações dentro da Igreja, dirigindo celebrações, partilhando o evangelho e exercendo algum tipo de serviço engajado nas pastorais e ministérios. A função dos leigos foi ampliada por ocasião do Concílio do Vaticano II (1962-1965), quando os leigos passaram a ter uma atuação mais ativa na Igreja, por causa da falta de padres em muitas comunidades. Para ser habilitado como Ministro da Palavra teve uma formação ministrada pelo Padre Comboniano, o Italiano Pedro Settin.

Envolvido em lutas comunitárias desde o dia 22 de abril de 1979, participando da fundação do Movimento Comunitário do bairro Eurico Salles, na Serra ES, tendo sido o primeiro Vice-Presidente. Clério possui pouco mais de quinze livros publicados, sendo alguns individuais e outros como organizador de Coletâneas e Antologias, destacando-se as obras, “Serra, Colonização de uma Cidade” e o livro “Dicionário Regional de Gírias e Jargões" e a mais recente obra, “A Mulher Heroína do Queimado, Aisha Keto Korowe Detokumbo, Benedita Torreão, Princesa que veio de além-mar.”

Sua formação inicial foi no Colégio Nossa Senhora da Penha, dos Irmãos Maristas, da Cidade de Vila Velha onde estudou o então os Cursos Primário, Ginasial e Científico, que em 2024 correspondia aos Cursos de 1º e 2º graus. No Colégio Maristas, Clério foi também Redator Chefe do Jornal Estudantil O PIONEIRO, em 1967. A Edição do Jornal O PIONEIRO, setembro do mesmo ano de 1967, consta uma reportagem Especial de Clério Borges, com o Título “O Velho Matias”, sobre a descoberta de Petróleo em São Mateus – ES. Como Diretor de Jornalismo do Grêmio Estudantil “Nossa Senhora da Penha”, do Colégio Marista de Vila Velha, organizou o Concurso Nacional Literário “Padre Champagnat” que recebeu de 1º de julho a 15 de outubro de 1967, (dia dos 70 anos da chegada dos Maristas no Brasil), mais de 3 mil redações de aluno Maristas de todo o Brasil. Formou-se em Técnico em Contabilidade. Estudou Direito e Pedagogia na UFES - Universidade Federal do Espírito Santo. Em 1975 classificou-se em 11º Lugar no Exame Vestibular de Direito da UFES, onde haviam cerca de 300 inscritos e apenas 80 vagas. Já em 1979, classificou-se em 21º Lugar no Exame Vestibular de Pedagogia.

No dia 18 de junho de 1987, Clério José Borges concedeu inclusive entrevista a Lúcia Leme, em Rede Nacional, no programa "Sem Censura" da TV Educativa do Rio de Janeiro. O programa Sem Censura começou a ser exibido em 1985 pela antiga TVE, do Rio de Janeiro. É um programa de entrevistas, exibido à nível Nacional, antes pela TV Educativa e depois pela TV Brasil, exibido de segunda a sexta-feira, no período da tarde. O programa já foi apresentado com Lúcia Leme de 1986 a 1996; Leda Nagle, de 1996 a 2017, sendo depois de 2017, apresentado por Vera Barroso. Em 26 de fevereiro de 2024 estava sendo comandado pela apresentadora Cissa Guimarães. Beatriz Gentil Pinheiro Guimarães (Rio de Janeiro, 18 de abril de 1957), mais conhecida como Cissa Guimarães, é uma atriz e apresentadora brasileira.

Em 1987, o CTC, Clube dos Trovadores Capixabas completava sete anos de fundação. Em 1984, por causa da fundação do CTC, o Escritor Eno Teodoro Wanke fundara a FEBET, Federação Brasileira de Entidades Trovistas, reunindo em um único órgão, os vários Clubes e Associações fundados no Brasil, seguindo a estrutura do CTC. O Escritor Eno logo publica um livrote (livro de poucas páginas) denominando o movimento que se iniciava no Brasil em torno da Trova de Neotrovismo. A ida de Clério José Borges no dia 18 de junho de 1987, saindo da cidade da Serra até os estúdios da TV Educativa no Rio de Janeiro, segundo o próprio escritor e historiador da Trova no Brasil, Eno Teodoro Wanke marca e consolida o início do movimento do Neotrovismo no Brasil.

Para divulgar e defender o movimento em torno da Trova no Brasil, denominado Neotrovismo, no ano de 1990, Clério José Borges participa como Convidado Especial, representando o Estado do Espírito Santo, do 1º Congresso Brasileiro de Poesia e Encontro Latino de Casas de Poetas, nos dias 20 a 22 de abril de 1990, na cidade de Nova Prata, interior do Rio Grande do Sul. Clério José Borges proferiu palestra junto com os Escritores: a) Eno Theodoro Wanke (RJ), do Rio de Janeiro; b) Antônio Juraci Siqueira, do Estado do Pará; c) Cláudia Alencar, poeta e atriz de novelas da Rede Globo de Televisão; d) Aracy Balabanian, atriz de novelas da Rede Globo de Televisão; e) Ronaldo Cunha Lima, então Governador da Paraíba e Poeta. A organização do Congresso foi do Escritor Ademir Antonio Bacca, com o apoio do Poeta Nelson Fachinelli.

Clério José Borges pertence ainda as Academia de Letras de Marataízes, Academia de Letras da Cidade de São Mateus, Academia de Letras de Vila Velha, Academia de Letras de Cachoeiro de Itapemirim, Academia de Letras da cidade de Iúna, na região do Caparaó. É Associado do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e do Clube de Intelectuais Franceses. Pertence ainda ao Movimento Poético Nacional, MPN, com sede no Estado de São Paulo; Sociedade de Cultura Latina do Brasil, com sede em Mogi das Cruzes, SP; Casa do Poeta Brasileiro, Poebras, de Porto Alegre, RS; Academia Petropolitana de Letras, da Cidade de Petrópolis, (RJ); Academia Brasileira da Trova, com sede no Rio de Janeiro e Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas, ALCEAR, bem como inúmeras outras entidades, Associações e Academias no Brasil e no Exterior.

================================================================

Clério José Borges
Enviado por Clério José Borges em 27/02/2024
Reeditado em 28/02/2024
Código do texto: T8008066
Classificação de conteúdo: seguro