GANHOS E PERDAS

Tudo se renova nas pessoas, na natureza. Faz parte da existência. Passamos grande parte de nossa vida com sonhos e ilusões, amarradas a um passado impossível de ser revivido. Não percebemos, então, tantas pessoas e situações que deveríamos dar valor e não damos, pois vivemos cegos no passado.
Não é um conceito generalizado, nem todos são assim, mais há quem seja, acontece a muitas pessoas. Só vamos dar o real valor ao que temos,  até às simples coisas da vida, quando estamos numa situação em que podemos perder. Perdas significantes como ouvir o canto de um pássaro, o barulho da chuva, ver  pela manhã as gotículas da chuva nos fios e  nas pontas das folhas das plantas, sentir o cheiro gostoso de terra molhada, ver o  nascer do sol e a imensidão do mar. Sentir o perfume das flores na primavera que se aproxima; escrever, ler, falar, olhar nos olhos das pessoas e perceber os sentimentos transmitidos pelo olhar.
Nada disso percebemos e entendemos que é uma grande dádiva, a não ser que possamos perder tudo isso num repente.
Então, tanto sofrimento guardado, mágoas, tristezas, passam a ser nada, perto do que, talvez, não tenhamos mais.
É quando começamos a valorizar toda a perfeição que Deus nos deu ao nascermos, nossa inteligência, que nem sempre usamos a nosso favor. Fico pensando na beleza do raiar do dia à beira-mar, admirando o horizonte e ver  o sol chegar. 
Tudo é belo, a vida é bela. Será que precisamos mesmo de correr o risco de perder  tudo isso para entender que podemos ser felizes, independente dos acontecimentos?Que é nossa a escolha de como vamos dirigir nossa vida, apesar dos contratempos? Afinal não temos nosso arbítreo? Temos opções de ser felizes ou infelizes.  É uma das escolhas.  Será mesmo necessário ficarmos no "fio da navalha" para apenas ser feliz por existir, ver, ouvir, falar?   Por quê?
naja
Enviado por naja em 28/07/2008
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