Hora do balanço

31 de dezembro de 2001. Último dia do primeiro ano do século XXI. E aqui estamos nós mais uma vez fazendo o nosso balanço de fim de ano. É hora de contabilizarmos os nossos movimentos e as nossas atividades para sabermos se este foi um ano bom ou um ano ruim. E também para que possamos planejar o nosso futuro. Afinal, embora o nosso desejo é que o Senhor Jesus cumpra a promessa referente ao seu regresso e imediatamente para nos buscar e nos levar para que onde Ele estiver, nós estejamos também, esse não é um acontecimento que tem a data revelada para acontecer. Esse é um episódio cuja data para a sua realização está guardada a sete chaves no coração de nosso Deus. Somente Ele, em sua imensurável sabedoria tem o conhecimento da melhor hora para que tudo aconteça. Por enquanto, devemos ficar satisfeitos com as promessas, como a de João 14:18, que diz:

“Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros”.

Essa é a promessa que tem sustentado toda a cristandade. Segundo as estatísticas, hoje somos quase dois milhões de pessoas (Almanaque Abril 2001, p. 61. Abril, São Paulo, 2001). Todos vivemos nesse mundo acreditando que a vida não acaba aqui e que existe uma outra vida após esta, a qual é eterna. Todos fomos convencidos pela promessa de Jesus que, se déssemos crédito à sua palavra e guardássemos os seus mandamentos, ao final de nossa jornada terrena, tomaríamos posse dessa cobiçada vida. Tenho certeza que todos os irmãos sabem de cor e se esforçam para não esquecer a promessa de João 5:24, aquela onde Jesus disse:

“Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”.

Hoje, nesse último dia do ano devemos agradecer a Jesus porque Ele cumpriu a promessa de que não ficaríamos sozinhos, de que não seríamos solitários, de que sempre teríamos alguém muito especial junto conosco. E graças a Deus isso aconteceu. Em João 14:16-17, Jesus prometeu:

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós”.

Graças a Deus que temos o Espírito Santo habitando em nós. E mais graças ainda, porque a Sua medida é sem medida; ela transborda. Nosso Deus sempre exagera na hora de nos abençoar e nos concede muito mais do que nós esperamos obter. Abraão, o primeiro dos patriarcas, queria muito ter um filho que lhe garantisse a continuidade de sua existência nesse mundo, que mantivesse o seu nome e Deus promete-lhe um filho, mas não somente um. Deus lhe promete uma descendência tão grande quanto o pó da terra. É o que diz Gn 13:16.

A viúva de Sarepta, já sem esperança de vida, se preparava para comer a sua última refeição com seu filho e então morrer, quando lhe aparece Elias, o enviado de Deus, pedindo-lhe que dividisse com ele sua comida, pois se ela assim o fizesse, a farinha de sua panela não se acabaria e o azeite em sua botija não faltaria. Elias poderia muito bem ser um espertalhão querendo se aproveitar dela e comer-lhe a última refeição, mas a viúva preferiu acreditar em sua palavra e tudo se cumpriu conforme o profeta dissera (1 Rs 17:8-16).

É assim que Deus age. Quando Jesus disse que não ficaríamos sozinhos e que pediria ao Pai que nos mandasse o Espírito Santo por companhia, Ele não disse que além do Espírito Santo, nós também teríamos uma família tão grande quanto o pó da terra. Ele não precisava dizer isso, porque essa já era uma antiga promessa registrada no Sl 68:6, onde está escrito que “Deus faz com que o solitário more em família”.

E foi assim que Deus agiu conosco em 2001. Ele nos manteve unidos como uma grande família. E creio que é com grande alegria no coração que podemos apresentar ao nosso Deus o nosso muito obrigado por tudo o que Ele fez por nós durante este ano que está findando, pedindo-lhe que nos mantenha firmes, fortes e bem dispostos para continuar andando pelos seus caminhos durante o ano que está chegando.

Vamos orar. E em nossa oração tenhamos este espírito e esta disposição de coração para que possamos ser bem agradecidos por tudo o que Deus nos fez em 2001 e nos fará, com toda a certeza em 2002.

Que o Espírito Santo nos dirija! Amém!