As cadeias do mundo

O mundo é constituído por cadeias de dependência, onde uma coisa sempre leva a outra. A terceira Lei de Newton diz que “a toda ação, corresponde uma reação de mesma intensidade”. O salmista diz que “um abismo chama outro abismo”. Também é assim em relação ao saber. Aquele que conhece tem o dever do repassar esse conhecimento para os demais. É de saber que não estamos neste mundo em função de nós mesmos, mas por causa dos demais. Quanto mais fizermos pelos outros, mais próximos estaremos do fim de nossa missão.

Vejamos alguns exemplos bíblicos:

1) A obediência garante a vida; a desobediência leva à morte. Gn 2:16-17. O homem foi posto em um mundo maravilhoso. Apenas uma restrição foi feita quanto à sua utilização. Se ela fosse observada, o homem viveria. Caso contrário morreria. Essa era a lei de Deus. Pecado é transgressão da lei (1 Jo 3:4). O homem pecaria quando transgredisse a “lei do não comer”. A conseqüência da transgressão seria a morte. O salário do pecado é a morte (Rm 6:23). A alma que pecar, essa morrerá (Ez 18:20).

2) A ligação do galho à árvore garante traz uma possibilidade para a produção de frutos; o galho cortado, seca e morre. Somente serve para o fogo (Jo 15: 1-6). O estar ligado a alguém significa que tal pessoa tem os seus mesmos compromissos. É de ver que Jesus chamou os primeiros discípulos, conviveu com eles para que o conhecessem bem e para que recebessem as instruções para a realização de sua missão. Eles foram ensinados para salvar pessoas, para dedicar suas vidas em favor dos seus semelhantes. Mc 16:15-16; Mt 28:19-20. O discípulo de Jesus não é aquele que declara segui-lo. É aquele que ama ao seu próximo. Jo 13:34-35; 1 Jo 4:20-21.

3) Amar é o ato de se preocupar com os demais (1 Co 13:5). Essa é a lei de Cristo e transgredi-la é um pecado que leva à morte (Gl 6:2; Rm 15:2). O amor ao próximo é considerado com um dos dois grandes mandamentos (Mt 22:36-40). O que sabe o caminho deve guiar o que não sabe. Deus é o nosso guia até a morte (Sl 48:14). Mas nós somos os seus braços que guiam e conduzem o próximo ao bom caminho (Mt 23:10-11). Temos a responsabilidade de aprender as coisas certas, não apenas para saber, mas para que possamos ser usados como instrumentos de Deus e não sejamos guias cegos que não sabem para onde estão indo (Mt 23:16, 24; Rm 2:117-20; Hb 13:17).

Conclusão. Estamos vivendo o fim dos tempos, o qual começou quando o Senhor Jesus veio ao mundo (Mc 1:14-15). A partir dali foi desencadeada a grande missão de salvar a humanidade. O desejo de Deus é que ninguém pereça (2 Pe. 3:9). Isso significa que a cada dia a nossa responsabilidade aumenta. E, portanto, quanto mais próximo está o fim dos dias, mais intensa deve ser a nossa atividade salvadora. Isso é ter consideração com os demais (Hb 10:24-25). Paulo dizia estar constrangido entre partir e estar com Cristo que era muito melhor, ou ficar na terra e conduzir outros à salvação. Esse deve ser o nosso exemplo de amor para com os demais (Fp 1:23-26). Bem sucedido não é aquele que alcança os próprios objetivos, mas aquele que ajuda os demais a alcançar os seus.