SEXUALIDADE, RELAÇÕES DE GÊNERO, NOVOS PAPÉIS SOCIAIS¹

Antônio Faustino da Silva;Antônio Laureano de Souza Júnior; Eliana Diniz Ferreira; Eliete Faustino da Silva; Geraldo Canuto de Silva Junior; Janicleide de Oliveira²

Márcio Balbino Cavalcante³

INTRODUÇÃO

A sexualidade é uma função humana complexa e difícil de definir. Ela tem sido alvo de constante controle por parte da família, da escola e dos diversos aparatos culturais, se manifesta de modo diferente nas pessoas e passa por um processo de evolução durante as diversas fases da vida. É na adolescência, por causa de uma série de influências que há uma definição sexual, que pode ser pelo sexo oposto ou pelo mesmo sexo. Por conseqüências das diversas formas de sexualidade, qualquer um pode ser contaminado por vários tipos de Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST’s. Outro assunto a ser discutido é o caso do aborto, que no Brasil é proibido, mas mesmo assim, existem clínicas clandestinas que faz esta prática de forma criminosa. É sabido que isso se deve ao fato da nossa sociedade ter deixado de lado valores fundamentais para a formação do ser humano, tais como a formação moral, valores éticos e a falta de amor próprio, que são fundamentais ao ser humano e a falta de atenção ao trabalho de educação sexual na escola e na família (conhecimentos sobre sexualidade, DST’s, métodos anticoncepcionais, aborto, etc.).

RELAÇÃO DE GENERO, SEXUALIDADE, NOVOS PAPÉIS SOCIAIS E ABORTO.

Atualmente considera-se a sexualidade não só como uma função por fins de reprodução (geração de filhos), mas também como forma de comunicação entre as pessoas. Uma boa educação sexual contribui enormemente para o desenvolvimento de uma vida sexualmente saudável e sem conflitos. Um bom equilíbrio emocional na relação com os filhos desde cedo, os pais sendo sinceros, não deixando que os mesmos os surpreendam em contradições e mentiras, dando-lhes orientações sexuais necessárias, os filhos poderão tornar-se mais espontâneo. A educação recebida durante a infância é importante para a escolha da opção sexual dos jovens. As mudanças comportamentais dos jovens no contesto social atual e o desconhecimento que eles apresentam em assunto relacionados à sexualidade; a idéia de que as DST’s estão associadas apenas aos homossexuais masculinos, usuários de drogas e prostitutas, mostram a necessidade de se trabalhar o equilíbrio emocional entre pais e filhos e junto a comunidades escolar a fim de que os jovens tenham acesso a informação, educação e promoção da saúde. Pois dessa forma, a orientação sexual deve ser um momento de instrumentalização para a vida, já que os mesmos acreditam que as coisas acontecem com os outro, mas não com eles.

As Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST’s são infecções geralmente adquiridas através de contato genital íntimo. As DST’s são um problema sério, por isso é importante que em matéria de saúde pública, é necessário exigir ações imediatas e eficazes por parte das autoridades sanitárias e das instituições sociais. Doenças como: gonorréia, sífilis, cancro mole etc., são infecções que causam grandes prejuízos a população feminina, podendo provocar infertilidade, doenças pélvicas, câncer, aborto espontâneo entre outros. Informações e educação sobre os fatores de risco na transmissão das DST’s é o primeiro passo importante para impedir a disseminação destas moléstias. Além de todas essas doenças em torno da sexualidade, o aborto tem sido um grande problema no Brasil e no mundo, pois muitos, infelizmente, querem justificar o aborto como necessário para evitar ou solucionar problemas de ordem econômica ou social (fome, desemprego, baixos salários, moradia) ou outros motivos subjetivos da gestante (ser solteira, casada e ter engravidado em um adultério, gravidez indesejada e muitos outros motivos). Porém em qualquer situação é absurdo pretender solucionar os problemas mediante o aborto, que é a extinção da vida do bebê em gestação, violação do valor da vida. Será que a morte pode ser solução para os problemas da vida?

CONCLUSÃO

Sabemos que não há solução fácil para um problema difícil. Matar o ser humano no ventre da mãe jamais será uma solução correta e moral para resolver os problemas da sociedade. As soluções para os difíceis problemas sociais ou pessoais devem ser encontradas em providências governamentais, aliadas as pessoas com espírito de solidariedade para dá assistência necessária e adequada.

A nossa sociedade tem sido, nos últimos tempos, atravessada por manifestação de grandes contradições. De um lado, anuncia-se com júbilo o resgate de sobreviventes, depois de vários dias soterrados nos escombros de uma tragédia e noticia-se com alegria, a descoberta de um bebê abandonado. A ciência genética abre novas esperanças à qualidade de vida e já existem pais, que congelam as células estaminais do cordão umbilical dos seus bebês. Mas simultaneamente ressuscita-se uma campanha violenta a favor da legalização do aborto. É uma enorme contradição: salvam-se as baleias e matam-se as crianças.

BIBLIOGRAFIA

MEIRA, Luís B. Sexo, aquilo que os pais não falaram para os filhos. 4º ed. João Pessoa: Ed. Universitária/UFPB, 2002.

PIRES, Cristina do Valle G., GANDRA, Fernanda Rodrigues, LIMA, Regina Célia Villaça. O dia-a-dia do professor: Adolescência: Afetividade, Sexualidade e Drogas. vol. 3 e 5. Belo Horizonte: Ed. FAPI, 2002.

Manual Global do Estudante. São Paulo: Difusão Cultural do Livro, 1999.

Internet: www.cleofas.com.br

__________________________________

¹Trabalho apresentado na disciplina Sociologia da Educação I, do Curso de Pedagogia do Instituto Superior de Ensino de Cajazeiras – ISEC/PB, 2008.

²Acadêmicos do Curso de Pedagogia, ISEC/PB

³Professor orientador.