A ignorância que impera perante a política

Ingenuidade, ignorância...

Eu não sei qual destas duas características ali de cima define o meu entendimento sobre as coisas da política, as manobras de bastidores que nós cidadãos comuns não enxergamos. Fiquei com a pulga atrás da orelha sobre um assunto: será que nossos parlamentares votam projetos pensando na comunidade realmente, ou simplesmente o fazem seguindo uma cartilha dos partidos? Talvez pior ainda, eles votam contra algo bom para o povo simplesmente por serem da oposição... Seria ingenuidade pensar que isso não acontece, assim como é difícil ignorar que nossos parlamentos estejam infectados por criaturinhas que pensam muito mais no benefício próprio do que no coletivo. Além disso, agora eles podem ser forçados a votar (cabresto?) da forma como o partido desejar.

Aliás, eis um problema do país - principalmente no meio político (sempre a política é culpada!), são poucos que estão interessados em melhorar a qualidade de vida do povo em um todo. Não que isso seja fácil, mas também não custava nada eles pararem de desviar dinheiro e aplicar recursos em lugares menos inconvenientes do que suas cuecas! Claro que minha visão, na grande maioria das vezes, é um tanto alarmista e exagerada, mas é a única forma que vejo de tentar abrir os olhos de quem vota. E nem assim adianta, o mesmo povo que não lê e não se informa é o que decide o futuro do país, então dane-se! O pior sentimento é essa impotência que retorna a cada vez que presenciamos ou ficamos sabendo dessas barbaridades que fazem com o dinheiro dos nossos impostos.

Agora, em meio a uma baita crise econômica, o mundo dá exemplo de como a união de esforços pode ser benéfica para o conjunto todo. Os países (governos) - preocupados com a quebradeira dos bancos em todos os cantos e prevendo um futuro nada positivo para a economia - passaram a desencadear uma série de ações para acalmar a balança. Teve gente prevendo o fim da comida nas prateleiras, o desemprego em todas as áreas, o enfraquecimento da economia e tudo mais. E a preocupação ainda nem chegou na casa do trabalhador que daqui a pouco – se a coisa continuar do jeito que vai – estará desempregado. Afinal, é um ciclo natural, se os bancos não têm grana para financiar negócios, as indústrias não mantêm suas linhas de produção. A conseqüência imediata é o início de fechamento, assim como já acontece com a GM (só para dar um exemplo), e o desemprego de centenas, talvez milhares, de cidadãos. Qual a culpa da política? A resposta é bastante simples, mas eu duvido que alguém tenha um balanço de quanto dos impostos já foi desviado para os paraísos fiscais ao redor do mundo.

Provavelmente a soma da vergonha dessa corja possibilitaria sanar todos os rombos na economia que agora vão recair não só nos grandes centros, mas infelizmente – ainda que de uma forma amena – também afetará a vida dos simples mortais que trabalham por 30 dias a fio, sem roubar ou se beneficiar do nosso dinheiro suado. Reclamar? Pra quê, afinal ninguém está preocupado ou simplesmente não entende por pura ingenuidade. Ou pior, por pura ignorância.