Análises Polêmicas sobre a divindade de Jesus Cristo

Jesus Cristo é realmente Deus? Quase todas as religiões que tem a Bíblia como livro inspirado por Deus dizem que sim. Mas será mesmo?

É fato histórico que Jesus só foi oficialmente decretado como Deus trezentos anos após sua morte. Até então ele era apenas visto como um grande profeta, um grande homem cheio de sabedoria e que realizou muitos milagres.

O que pensavam seus discípulos sobre o assunto? O que o povo e Ele mesmo pensava a respeito de si mesmo?

Para respondermos estas perguntas, primeiramente, iremos recorrer aos Evangelhos.

O que o povo pensava a respeito de Jesus:

Mateus 16, 13-14: "Tendo chegado à região de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou aos discípulos: Quem dizem por ai as pessoas que é o filho do homem?" Responderam:

"Umas dizem que é João Batista, outras que é Elias, outras enfim, que é Jeremias ou alguns dos profetas".

Mateus 26, 67-68: "Então, cuspiram no seu rosto e cobriram-no de socos. Outros lhe davam bordoadas. E lhe diziam: Mostra que és profeta, Ó Cristo, advinha quem foi que te bateu?"

João 7, 40-41: "Muitos daquela gente que tinham ouvido essas palavras de Jesus afirmavam: "Verdadeiramente ele é o profeta".

João 9, 17: "Perguntaram ainda ao cego:

"Qual é a tua opinião a respeito de quem abriu os olhos?" Respondeu: "É um profeta",

O que os discípulos pensavam:

Lucas 24, 19: "Jesus de Nazaré foi um profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e do povo".

O que dizia Jesus:

Lucas 13, 33: "Entretanto devo continuar meu caminho hoje, amanhã e no dia seguinte, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém",

João 8, 40: "Procurais tirar-me a vida a mim que sou homem, que vos digo a verdade que de Deus ouvi”.

Observamos, assim, que o povo e os seus discípulos acreditavam que Jesus era um profeta, o que foi confirmado pelo próprio Jesus. Na passagem de João, 14,12-13, ele diz: "Eu vos afirmo e esta é a verdade: quem crê em mim fará as obras que eu faço. E fará até maiores, porque vou ao Pai, e o que pedirdes ao Pai em meu nome eu farei, para que o Pai seja glorificado no filho".

Se seguirmos a linha de raciocínio que Ele seja Deus, nós também seríamos deuses, pois segundo suas próprias palavras, poderíamos fazer o que ele fez e até mais. Vemos que não há como considerá-lo Deus. A base central desta linha de pensamento, que ele era Deus, basicamente vamos encontrá-la em João 10, 30: "Eu e o Pai somos um". Com isto chegaram à conclusão de que se o Pai é Deus e Jesus sendo um com o Pai, por conseguinte também seria Deus. Conclusão digamos apressada e incoerente, pois não pegaram o sentido da frase, apegaram-se à letra.

Em João 7: 28 está assim escrito: "Se me amásseis, vos alegraríeis de que eu vá ao Pai, porque o Pai é maior do que eu".

Nessa última passagem, é bem taxativa a superioridade do Pai sobre Jesus. Não há como contestar.

A questão da divindade de Jesus, rejeitada por três concílios, dos quais o mais importante foi o de Antioquia (269) foi, em 325, proclamado pelo de Nicéia. Após a declaração de que Jesus era Deus, vem para encaixá-lo o dogma da Santíssima Trindade. Mas somos levados a crer, que esta trindade nada mais foi que uma cópia da base fundamental de outras religiões, bem mais antigas que o Cristianismo. Podemos citar as que constam do Livro "O Redentor", de Edgard Armond:

Brahma, Siva e Vischnu - dos hindus

Osiris, Isis e Orus - dos egípcios

Ea, Istar e Tamus - dos babilônios

Zeus, Demétrio e Dionísio - dos gregos

Orzmud, Arimam e Mitra - dos persas

Voltan, Friga e Dinas - dos celtas

É interessante nós analisarmos uma alusão, uma referência entre Jesus e deus indiano Krischna, que alguns autores escreviam Christna ou Kristna, que segundo as tradições foi concebido "sem pecado", seu nascimento foi anunciado por profecias numerosas e muito antigas. Sua mãe Devanaguy, o concebeu por obra de um Espírito, que lhe apareceu sob os traços de Vischnu, segunda pessoa da trindade Hindu. Segundo a tradição Hindu e o "Bhagavedagita", anunciando uma profecia que ele destronaria seu tio, o tirano de Madura, este último mandou encarcerar sua sobrinha Devanaguy, que foi libertada por Vischnu; então o tirano mandou assassinar em todos os seus estados as crianças do sexo masculino nascidas na mesma noite em que Krischna veio à luz. Mas o menino foi salvo por milagre, e, 3.500 anos mais ou menos antes de nossa era, ele pregava a sua doutrina. Depois de converter os homens, morreu de morte violenta às margens do Ganges, segundo ordens de Brahma (Deus, o Pai), para realizar a redenção dos homens, como lhes fora prometido.

Coincidência tudo isso?

Parece que tudo se encaixa na tradição cristã a respeito de Jesus, talvez até fosse necessário, considerando a cultura da época, torná-lo um Deus para que as pessoas pudessem acreditar em seus ensinos.

Em Lucas 24:51-53 está escrito "bendizendo a Deus" e não "bendizendo a Jesus" ou "bendizendo ao Filho de Deus". Após agradecer a Jesus pelas curas e ressurreições, retornaram a Jerusalém e adoraram a Deus. Lembre-se que no Velho Testamento houve várias curas e ressurreições e só isso não provava que Jesus era Deus. Veja I Reis 17:22, II Reis 4:34, II Reis 6:17,20, II Reis 5:14 e II Reis 4:44.

A palavra grega traduzida como "adorar" é "prosekunesan". Ela deriva de "proskuneo"(pros-ku-neh'-o), que significa "prostrar", "saudar", "ajoelhar". Significa também "beijar, como um cachorro lambendo a mão do seu dono".

Nada a ver com o culto a Deus, sugerindo que Cristo seja o Criador do Universo, mas apenas um sinal de respeito. Cristo foi venerado, saudado, respeitado, mas não adorado.

Além disso, no Evangelho de Mateus está escrito que Jesus foi "adorado" pelos reis magos(2:11), um chefe da sinagoga (9:18), pelas pessoas em um barco (14:33), por uma mulher Cananéia (15:25), pela mulher de Zebedeu (20:20), entre outros.

Essas pessoas saudaram Jesus e pode até ser que prostraram-se ou ajoelharam-se diante dele. Será que por isso pensam que Jesus é Deus? Então, veja isso: "David saiu e gritou atrás dele: Ó rei, meu senhor! Saul olhou para donde vinha a voz, e David inclinou-se por terra." (I Samuel 24:8). Será que David adorou Saul como um Deus? Notem que aqui os tradutores ainda colocaram o "senhor" com "s" minúsculo. Se isso tivesse acontecido com Jesus, os tendenciosos tradutores fariam questão de colocar com "s" maiúsculo.

Os tradutores agem de forma altamente tendenciosa e os cristãos acabam convencidos de que, se Jesus aceitou ser "adorado", só pode ser o próprio Deus, pois, segundo a Bíblia, só Deus pode ser adorado. Mas a verdade é bem outra. Vemos na Bíblia que Jesus, com a humildade de um servo de Deus, fez questão de que as pessoas não o vissem como Deus:

"Porque me chamas bom? Bom há só um que é Deus." (Marcos 10:18)

"Jesus respondeu: Aquele que diz: 'Ouve, ó Israel. O Senhor teu Deus é o único Deus. Não há outro!" (Marcos 12:29)

João 17:3-“ E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só, como único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem tu enviaste.”

"Contudo, ninguém sabe a data e a hora em que o fim virá, nem mesmo os anjos, nem sequer o Filho de Deus. Só o Pai o sabe." (Mateus 24:36)

Nesta passagem percebemos claramente que Jesus não é Deus, pois Deus é concebido como um ser onisciente, isto é, que tudo sabe. Ora, se Jesus fosse realmente Deus, ele teria que saber o dia e a hora em que viria o fim. Isso é óbvio.

"Mas ele se retirava para os desertos, e ali orava." (Lucas 5:16)

"apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e pondo-se de joelhos, orava, " (Lucas 22:41) Aqui encontra-se uma contradição nítida: se Jesus é Deus, então porque ele ora, porque ele faz petições a Deus como um homem qualquer? No evangelho de João Jesus disse que tudo foi entregue a ele por Deus. Então, para quê orar, para quer fazer súplicas a Deus?

Em Hebreus 1:4 está escrito assim: "Feito(falando o escritor de Jesus) mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles". Feito! Jesus foi feito, portanto não era Criador e sim criatura.

Em Hebreus 1:5 diz: “ porque a qual dos anjos disse jamais : Tu és meu filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho!”. Essa passagem remete ao Salmos 2:7 onde diz: O Senhor me disse: tu és meu filho, eu hoje te gerei. Vemos aqui nesta passagem que Deus discorre sobre Jesus, e Deus usa o verbo gerar. E o que significa o verbo gerar? Significa criar, conceber, produzir, formar, nascer. Por tanto meus amigos, houve um tempo em que Jesus não existia. E se ele nem sempre existiu, não podemos considerá-lo como sempiterno, que é um dos atributos de Deus.

Em Colossenses 1:15, o apóstolo Paulo fala o seguinte sobre Jesus: "(Jesus) o qual é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criação." Paulo não declara que Jesus é propriamente Deus, possuindo toda a sua essência e todos os seus atributos, Paulo usa a expressão imagem que significa uma representação de alguma coisa ou de alguém por meio de um desenho, pintura, escultura, ou por meio de outros processos. E digo ainda mais: Paulo usa o vocábulo primogênito de toda criação. E o que significa a palavra primogênito? Significa o filho que nasceu primeiro, o filho mais velho. Logo pois concluímos que Jesus é descrito nesta passagem como o primeiro ser criado por Deus. Por isso que em várias passagens na bíblia Jesus se diz filho de Deus, e o próprio Deus o chamou de “ este é meu filho amado em que me comprazo”. Jesus não tem a mesma idade de Deus, pois ele foi gerado, criado, concebido por Deus. Logo a doutrina da trindade que diz que o Pai, o Filho e o Espírito santo são Deus que não foram criados por nada, que sempre existiram, é falsa, é enganosa.

"Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te a minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. " (Salmos 110:1).

Dizem que nesse versículo estaria a comprovação da Trindade. Ao contrário, é uma prova contrária. O primeiro "Senhor" no hebraico é adonai, de fato um dos nomes usados para o verdadeiro e único Deus, como "Yahweh". Mas na segunda vez a palavra muda para "adoni", que jamais é usada para Deus, mas para homens e anjos, como em Ex. 21:5, 1 Sam. 30:13-15, Gen. 18:12, 2 Sam. 11:11 e vários outros exemplos. A palavra mudou para "adoni" justamente porque Jesus não é Deus e nunca foi, encerrando de vez o assunto.

A International Standard Bible Encyclopedia diz: "A forma ADONI (é meu senhor), um título real (1 Sam. 29:8), é diferente do título divino ADONAI ("meu Senhor") usada para Yahweh".

"E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra.” (Mateus 28:18)

Se foi dado a Jesus poder sobre o céu(mundo espiritual) e sobre a terra (plano físico) é porque ele não é Deus, pois se fosse Deus já teria esse poder desde o início.

O capítulo primeiro da epístola aos Hebreus é todo um discurso para mostrar aos Judeus que Jesus era superior aos anjos. E por que o autor tocou neste assunto? Por que já naquela época muitos se questionavam sobre a divindade de Cristo, sua glória, seus poderes, sua posição hierárquica no reino de Deus.

Uma outra mentira a respeito de Jesus é sobre sua ressurreição. Em Lucas 18:31 a 33 está assim descrito: “ Disse-lhes Jesus: Eis que subimos a Jerusalém, e se cumprirá no filho do homem tudo o que pelos profetas foi escrito. Pois há de ser entregue aos gentios e escarnecido, injuriado e cuspido;e, havendo-o açoitado, o matarão, e, ao terceiro dia ressuscitará.” Só que ao analisarmos todo o antigo testamento, não há uma única passagem que diz que o messias iria ressuscitar ao terceiro dia.No capitulo 53 do livro do profeta Isaías fala a respeito do sofrimentos do messias, do escolhido, mas jamais ele menciona a palavra ressurreição, nem no terceiro dia. Por que então Jesus afirmou tais coisas? Devemos refletir muito bem sobre este ponto. Terá mentido Jesus propositalmente para dar um ar de divindade sobre sua pessoa? Ou exagerado? Ou Ele não conhecia lá muito bem o Antigo Testamento?

Em Corintios 15:25 a 28 está relatado assim:"Porque convém que Jesus reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando Deus diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro que se excetua aquele que sujeitou todas as coisas. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, também o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.” Se o Pai e o Filho são da mesma essência, e possuem ambos os mesmos atributos e características divinas e sagradas, por que Jesus, sendo crido como Deus, iria se sujeitar ao Pai, sendo Deus também? Um Deus se ajoelhando e se sujeitando a um outro Deus? Que esquisitice e maluquice é essa. Se Jesus irá no final se sujeitar a Deus, é porque o próprio Pai é superior ao Filho. E também percebemos nesta passagem que o reinado foi dado por Deus a Jesus até ele sujeitar todas as coisas. Se Jesus é Deus da forma como é ensinado, pregado e crido, então tudo desde o princípio deveria pertencer a Ele. Mas não. Nós notamos que Deus, ao gerar, ao criar Jesus, Deus lhe permitiu que ele reinasse até um certo período. Concluímos dessa forma que Jesus é inferior a Deus, pois o mesmo só veio a existir e a reinar porque Deus o permitiu.

E uma das maiores contradições bíblicas está no evangelho de Mateus capítulo 1, onde se relata a genealogia de Jesus. Segundo as profecias do antigo testamento, o messias, o salvador, o cristo, deveria ser descendente do rei Davi. Logo Jesus deveria ser descendente do rei Davi. Mateus, para provar essa profecia de linhagem real, faz a genealogia desde Abraão até José, esposo de Maria, que era mãe de Jesus. Mais há um ponto que não foi levado em conta: a genealogia prova que José era descendente de Davi e de Abraão, mas Jesus não era filho de José. Jesus foi concebido pelo Espírito Santo, de forma imaculada, pura. Logo Jesus não descende consanguineamente da descendência de Davi. Outro erro bíblico.

Segundo uma passagem do Evangelho Jesus teria dito “não vim destruir a Lei, mas cumpri-la” (Mt 5,17), mas será que agiu mesmo dessa forma? Vejamos que em Lv 20,10 se ordena que sejam punidos com a morte os que cometessem adultério, mas ao apresentarem a Jesus uma mulher surpreendida em adultério questionando-O se deveriam apedrejá-la como manda essa Lei, responde: “aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra” (João 8,7), numa evidente sugestão que não se deveria cumprir a Lei. Mas se antes Ele havia dito que teria vindo para cumprir a Lei, como é que ficamos diante dessa contradição?

Bem, este é o Jesus Todo-Poderoso descrito nesse livro chamado de bíblia que dizem que não há erros, nem contradições. Que piada.