FELIZ ANO NOVO

Adiar planos quer mirabolantes ou simples, começar ou recomeçar um regime ou retomar um programa de ginástica, na próxima segunda-feira não é nada tão estranho para quem quer que seja, levando-se ou não a cabo o seu intento. Planos que, muitas vezes, sucumbem à primeira tentação e se diluem no pó da impersistência.

Inevitáveis serão, ao desligar das últimas luzes dos estertores do ano que se encerra, no aproximar-se do Ano Bom. Assim, procuremos não adiar aqueles projetos quais sejam: retornar aos estudos, tirar a carteira de motorista, retomar o relacionamento de intimidade com Deus, voltar àquele envolvimento que, por um simples ou por vários motivos, ou por um indisfarçável orgulho, deixou de ser e que ainda dói.

Fato é que o ano de 2008 está-se encerrando e questionamentos sobre se foi realmente bom, se valeu ou não a pena, o que deve ter continuidade ou deve sofrer drásticas mudanças, são pontos a ponderar. O que não gerou bons frutos que seja extirpado pela raiz, aí leiam-se os vícios que degradam física e moralmente, erros repetidos e a apatia que nos paralisa ante a vida e lhe rouba a plenitude e também a falta de fé.

Evitemos, também, a qualquer custo, chafurdar na mesmice que impede o ser humano de crescer e se desenvolver, de alçar os mais elevados vôos, porque não crêem ser possível.

Não teria sentido falar em novidade, quando não se tem o fogo interior do desejo construtivo de ser melhor, recondicionar valores humanos, fazer acontecer nos variados campos do viver. Não vale apenas misturar o milho no arroz requentado, mas criar algo novo, renovar o vencido, revestir sonhos com uma roupagem revigorada.

Mas, tudo isso, embora importante, passa ao largo do crescimento espiritual a que devemos estar afetos e permitir-lhe a evolução. E cumprir o mandamento maior de amar a Deus, materializando-o no amor ao próximo, estender as mãos aos que as oportunidades não alcançam, procurar servir mais e melhor, ao invés de buscar mordomias, sermos fraternos.

Em nosso país, catástrofes revelam como podemos ser solidários nas desgraças humanas, mas que o sejamos no dia a dia, colaborando de uma maneira ou de outra, para se evitar a derrocada moral e material de nosso semelhante, que pouco ou muito depende de um gesto ou atitude de cada um de nós. Até pela palavra ou pela supressão dela, podemos ser solidários ou não.

Assim, vamos entrar no Ano Novo com os dois pés plantados no chão e com a mente elevada ao alto, com mãos que consolam e lábios prontos para louvar o Criador de todo o universo e que sejamos, no mínimo, humanos.

Que Deus abençoe a todos e lhes dê um excelente ano, repleto de saúde e de amor que é o de mais precisamos.

Feliz Ano Novo