UMA NOVA GUERRA DOS CEM ANOS?

UMA NOVA “GUERRA DOS CEM ANOS?”

O CONFLITO Israel-Palestina já se estende por quase 60 anos;chegará aos cem?Tal conflito deixa o mundo inquieto e,pior,está deixando a comunidade internacional,revoltada.O sionismo,movimento que nasceu das cinzas da Segunda Guerra,está afiando cada dia mais os seus dentes,não respeita a Convenção de Genebra,desmoraliza a ONU,inclusive,atirando nas suas escolas e funcionários e,por extensão,paralisa o Ocidente.Até a imprensa americana,nitidamente pró-Israel,já fez duras críticas ao holocausto em Gaza;Crianças famélicas,chorando desesperadas junto aos corpos sem vida de suas mães é uma visão chocante demais até para a imprensa americana,quase toda controlada por judeus,como aliás ,em todo o mundo ocidental.

Parodiando um famoso escritor,a imprensa mundial está sem olhos em Gaza;tão ciosos em gritar alto contra o amordaçamento da Imprensa,na realidade o 4º poder,os jornalistas se vêm impedidos de fazer o que sabem:avaliar,assuntar e noticiar.

O fato é que Israel não saiu bem na foto;a cada dia os sionistas vêm dilapidando o seu patrimônio moral,justificando até o livro denuncia do escritor e historiador de Israel,Ilan Pappé,que denuncia a “limpeza étnica” na Palestina,desde o tempo de Davi Bem-Gurion,pai do Estado judeu;a denuncia não é minha,mas,de um respeitado filósofo e historiador.É um caso a se pensar!

O ataque de Israel ocorreu num momento estratégico;sai o desastre Bush,entra a esperança Obama.Obama Hussein,não esquecer este pequeno detalhe.

Talvez a antecipação das eleições,que só deveriam acontecer em 2010,tenha desencadeado esta ofensiva;a luta pelo poder em Israel.Digo ofensiva,não guerra;guerra existe entre dois exércitos,dois países litigantes,não entre o maior poder militar no Oriente médio e meia dúzia de foguetes obsoletos e uma população desarmada.Seria como se o garoto de 16 anos do vizinho tivesse atirado com uma funda na minha cara e eu fosse lá e matasse cruelmente a família inteira.

Não sou a favor da violência,muito menos de atentados suicidas;mas,é o modo dos palestinos lutarem contra o seu estado,tão sonhado;a justiça dos grandes é tendenciosa,a divisão do seu território não lhes foi comunicada,nem foram consultados e tiveram que ser expulsos das suas terras onde viviam tranquilamente apascentando suas ovelhas e plantando azeitonas há milhares de anos.

Os prognósticos econômicos não são bons para o Estado judeu.Depois da guerra que travaram com o Hezbollah-e perderam- o Banco Central reduziu os juros e o país só crescerá 4%;Haverá recessão.O desemprego aumentou e vai ficar pior,pois as fábricas localizadas perto das fronteiras,de implementos agrícolas,produtos químicos e informática suspenderam o funcionamento.O déficit público é de 5% do PIB,a dívida pública de 64% e o governo gasta cerca de US$50 milhões com a guerra.A crise financeira internacional com certeza,reduzirá em muito as remessas que a comunidade judaica e os judeus milionários de Nova York e California enviam para lá;as empresas estão descapitalizadas e o capital,evaporou,segundo dados do New York Times.

O poder de fogo do país judeu é incalculável,inclusive com as 300 bombas nucleares que possui;mas,este país corre riscos;a crise econômica vai se intensificar,a violência pode costurar alianças entre os árabes,pois as cenas diárias de crianças mortas estão trazendo para todo o mundo civilizado a ojeriza e o ódio latente contra o povo judeu.

Os maus por si se destroem,dizia minha sábia avó.Ainda está em tempo de Israel recuar,abandonar seus projetos megalomaníacos de dominar o Extremo Oriente e procurar a paz com seus vizinhos.Dizer como um famoso poeta:”eu não quero o poder,quero a felicidade”.o mundo agradeceria.

Fontes:THE ECONOMIST/The New York Times,The Guardian;

Miriam de Sales Oliveira
Enviado por Miriam de Sales Oliveira em 10/01/2009
Código do texto: T1377522
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