"O Estado é um demônio a ser exorcizado": onde estão agora os profetas do Estado Mínimo?

Eles diziam: "O Estado é um demônio a ser exorcizado": Onde estão eles agora?

Em apenas dois mandatos, o primeiro legítimo e o segundo comprado no Congresso e na Câmara Federal, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez miséria. Em troca de favores com o FMI privatizou o Brasil e o entregou nas mãos dos estrangeiros. Ele deve ter faturado milhões para fazer o papel do leiloeiro que bateu o martelo na entrega das empresas nacionais como a Usiminas, a CSN entre outras. Quanto será que custou a Vale?

“Vale do Rio Doce. Apesar da mobilização da sociedade em defesa da CVRD, a empresa foi vendida num leilão por apenas R$ 3,3 bilhões, enquanto especialistas estimavam seu preço em ao menos R$ 30 bilhões. Foi um crime de lesa-pátria, pois a empresa era lucrativa e estratégica para os interesses nacionais. Ela detinha, além de enormes jazidas, uma gigantesca infra-estrutura acumulada ao longo de mais de 50 anos, com navios, portos e ferrovias. Um ano depois da privatização, seus novos donos anunciaram um lucro de R$ 1 bilhão. O preço pago pela empresa equivale hoje ao lucro trimestral da CVRD.” (Artigo enviado a www.galizacig.com)

Em São Paulo o governo estadual do PSDB também entregou a Telesp, o BNESPA, as rodovias que rendem um bom a ECOVIA lucro. Só com receita de pedágio a ECOVIAS arrecadou no ano de 2007 R$ 465.270.000,00 (quatrocentos e sessenta e cinco milhões, duzentos e setenta mil reais), contra R$ 430.872.000,00 em 2006. A privatização dá muito lucro, e nós cidadãos pagamos duas vezes pelo uso das estradas: paga-se o IPVA altíssimo e paga os pedágios na ilusão de que as estradas estão melhores. Melhores? Será que para que o que é público e mantido pelos nossos impostos precisam ser privatizados para ser melhor? Não bastariam os altíssimos impostos que pagamos? Por que pagar duas vezes pelo bom uso do que já é nosso? Quem ganha com a entrega do nosso patrimônio são os políticos e as multinacionais. Por trás de toda privatização tem um parente de um político e um gringo querendo aumentar os seus dólares à nossa custa. Mas para que o entreguismo acontecesse com sucesso o governo federal – FHC – teve que fazer a política da “terra arrasada”, e isso ele fez em concomitância com os governos estaduais do mesmo partido, e dos partidos afins. A política da “terra arrasada” funciona assim:

O governo mesmo se encarrega de fazer uma maciça propaganda de que tudo que é público não presta e nem funciona, ai então ele sucateia os estabelecimentos e enfraquece as instituições públicas piorando o atendimento e prestação de serviços. A segurança, a saúde, a educação e o saneamento básico ficam piores do que parece, ai entra no inconsciente coletivo, que a única saída, é mesmo PRIVATIZAR. A população seme analfabeta e mal informada nem se dá conta da intensa propaganda negativa do governo, que vai tornando pior o que é nosso para entregar-nos nas mãos dos outros. Ao fazer parecer que não tem mais jeito, o que é público vira privado e assim, talvez um dia teremos que pagar até pelo ar que respiramos. O pobre que defende a privatização não tem noção de que o que é privado é para poucos e o que é público é que é de todos nós. O que é privado é para alguns e precisa ter carteirinha para entrar. Se é que poderá pagar, não é? Pois é, o privado deve ser pago. Nas escolas particulares há cursos que variam entre 300 a 400 reais (isso os cursos mais ralés), os mais sofisticados chegam a 400, 600 e até 800 reais. Sai de uma escola pública e tenta assistir uma aula pelo menos como ouvinte nessa escolas para ver se entra. Faça o teste, vá La de chinelo de dedo e com roupa simples para ver o que acontece. Tem que ter carteirinha, uniforme chique e pagar para entrar. Imagine quando tiver que pagar para entrar no posto de saúde! E segurança particular: todos podem ter? Os ricos a tem. E quando tiver que pagar para sentar num banco de praça? O Serra queria instituir o pedágio urbano, pagaríamos para atravessar de um municio para outro. Não é absurdo? Mas quem fortaleceu o governo do sucateamento público? O povo tem culpa. O governo do neoliberalismo se fortaleceu e foi favorecido por mais 4 anos, 8 ao todo para realizar o intento maligno de entregar o Brasil. Dois mandatos foi o suficiente para que o “Fernandinho” pudesse privatizar o país, mas o golpe veio com os senadores e deputados que aprovaram a emenda da compra de votos.

A reeleição de FHC custou caro ao país, denuncia um artigo encontrado na internet. Para mudar a Constituição, houve um pesado esquema para a compra de voto, conforme inúmeras denúncias feitas à época. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Eles foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara. Como sempre, FHC resolveu o problema abafando-o e impedido a constituição de uma CPI.

Ele não Pode criticar Lula

“Como afirmou o bispo emérito de Volta Redonda (RJ), dom Waldyr Calheiros, “ele não tem moral para criticar o governo Lula, por mais erros que este tenha. Basta que sejam investigadas as privatizações no governo dele e será encontrada muita sujeira”. No mesmo diapasão, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Waldir Pires, lembrou que “os recursos mencionados nos escândalos no período em que ele estava no governo eram centenas de vezes maiores do que os que estão sendo investigados no valerioduto. Só no caso Banestado, fala-se em R$ 30 bilhões”. Já o ministro Ciro Gomes disparou: “Ele precisa controlar a inveja e o rancor. FH age como ex-marido rancoroso, que não suporta ver a mulher feliz com outro homem”.

Ao criticar a falta de regulação financeira internacional e as teses de diminuição do papel do Estado, Lula afirmou: "É o Estado que não prestava para nada que está colocando bilhões de dólares para consertar a economia. Agora eles fecharam a boca, porque quebraram por pura especulação."

Observado pelos presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, Evo Morales, da Bolívia, Rafael Correa, do Equador, e Fernando Lugo, do Paraguai, disse que a eleição deles representa uma nova correlação de forças no continente.

Paulo Justus (Economia) nos dá conta de que houve do resultado dos acordos de redução de horas de trabalho: “Total de 3,6 mil trabalhadores da MWM e da Sabó terão jornada menor e emprego garantido”. Isso custará também na redução dos salários. Mas, e os produtos do mercado, abaixarão os preços? Se não, como o trabalhador irá bancar os seus compromissos e ainda comer? Veja o que diz no artigo pesquisado:

“Mais duas indústrias da cadeia automotiva fecharam acordo coletivo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo para a redução da jornada de trabalho com redução de salário, em troca da garantia de emprego. As propostas foram aprovadas ontem e valem a partir do mês que vem. A redução atinge 3,6 mil trabalhadores da fabricante de motores MWM Internacional e da Sabó, que produz dispositivos de vedação e conectores para automóveis.

Na MWM, os 2 mil funcionários aprovaram a proposta de redução da jornada em 20% e do salário em 17,5%. A medida vai durar 90 dias. Depois desse período, a empresa garante a estabilidade dos funcionários por mais 45 dias.

O acordo aprovado pelos 1,6 mil funcionários da Sabó prevê o encurtamento de um dia na semana trabalho, com redução de 12% do salário, respeitado o piso salarial dos metalúrgicos, de R$ 920. A medida vale por 90 dias e vai garantir estabilidade por mais 90 dias a partir do fim do período de salários reduzidos.

"A redução de salário não é o ideal, mas, nesses casos, as empresas já tinham esgotado todas as outras possibilidades para evitar as demissões", disse o presidente do sindicato, Miguel Torres. Segundo ele, tanto a MWM quanto a Sabó já haviam concedido férias coletivas e implantado banco de horas.

Torres observou que a maioria das 120 empresas que negociam com o sindicato busca acordos para a redução de jornada e salário. Ele ressalta, no entanto, que, antes de aceitar a proposta de redução dos salários, o sindicato pede para que as empresas justifiquem a necessidade da medida. "Exigimos documentação sobre a saúde financeira das empresas e não negociamos com quem não repassa as informações."

Dos cinco acordos fechados em janeiro pelo sindicato, três consistem na redução da jornada e do salário

“Na manhã de hoje é a vez dos 600 trabalhadores da fabricante de autopeças Samot avaliarem essa mesma proposta”, denuncia o Clipping.

Se a redução foi uma boa saída para as multinacionais golpistas, ela não significou uma boa coisa no sentido de plena garantia do emprego. Como foram boas as reduções salariais se os analistas anunciaram que as multinacionais tiveram mais de 25 mil cortes de emprego? Se os acordos foram bons, porque os trabalhadores tiveram então que fazer greve, para que não fossem despedidos, como aconteceu, com os mais de 25 mil? Se os tais acordos foram bons, eles favoreceram a quem? E as sedes das empresas que estão lá fora, não têm nada a ver com isso? Porque o Brasil tem que perder sempre para que eles lá fora possam sempre ganhar. É mesmo assim que acontece, a política lá de fora é a do “ganha ganha”, e aqui os empresários adotaram a do estratégia do “ganha perde”. Eles produzem, produzem para exportar e encher os bolsos de dólar, e quando vem a crise: perdem-se lavouras, o café, o cacau, a laranja bem selecionada, a soja e demais produtos cujo destino é o mercado internacional. Enquanto a economia brasileira não se libertar da maldição do pacto colonial trazido com os portugueses e enquanto os agricultores e empresários não abrirem suas mentes alienadas de que o mercado interno deveria ser priorizado e enquanto os políticos que atuam no Congresso não se libertarem da maldição de “governar de costa para o povo e de frente para o mar”, as crises cíclicas do capitalismo virão sobre nós como verdadeiros ciclones. Enquanto o povo não parar de consumir Coca cola, boicotar os produtos estrangeiros como fez a Índia de Gand, enquanto não valorizarem a nossa MPB e enquanto os Mack Donald’s gigantes do fast food acusados de destruir a nossa Amazônia, não falirem aqui, porque o brasileiro resolveu que não trocaria mais comida de verdade por lanches que causam obesidade e doenças as coisas continuarão piores para os brasileiros, mas ótimas para eles, os gringos. Enquanto não pararmos de consumir o lixo cultural estadunidense como o halloween, os nomes escritos em inglês nas camisetas, eles lá de fora é que ganham o jogo e, nós aqui de dentro assistimos a nossa derrocada aplaudindo o sucesso deles e do capital que subestima o ser humano e o lança cada vez mais ao submundo da fome e da miséria. Enquanto os brasileiros não tomarem consciência de ser brasileiros e não deixarem de reverenciar os Estados Unidos colocando nos filhos nomes de seus cantores famosos, nomes que mal sabem pronunciar, o Brasil estará perdendo e nós estaremos perdendo. Pior, perdemos assim a nossa identidade!

“Brasil, ame-o ou deixem!” Muitos já o deixaram, mas agora desesperados querem voltar correndo por causa da crise. Os viadutos não têm espaço para todos os novos mendigos que surgem, grande parte deles brasileiros. No Japão brasileiros já dormem nas ruas, na Espanha e na Itália eles são espancados por Skin Heads nas ruas gritam por socorro aos socos e ponta-pés sem ninguém para socorrê-los. Quem agora está no Japão e nos Estados Unidos quer voltar mas não tem grana para a passagem. Porque a Rede Globo com o Pedro Bial não vão agora lá nos United States fazer o Brasilian Day dos novos e mais recentes miseráveis? Seria engraçado, já pensou todos os brasileiros fuçando o lixão feito cachorrinhos famintos no tal festival? Imagine, ao invés de “MPB”, seria apresentado assim pelo Bial: Agora com vocês a MISÉRIA e a POBREZA BRASILEIRA. A música de abertura seria: “A Amazônia é o jardim do quintal, e o dólar deles nem paga mais nem o nosso próprio mingau”, senão, faltará para eles. Então o jeito é correr de volta para a pátria amada, tão gentil que acolhe os gringos mais que os brasileiros.

Pois é, a crise chegou e está ai. A reação dos passiva brasileiros nem se compara a dos trabalhadores lá de fora. Por medo de perder um emprego, que irão perder de qualquer jeito se a crise piorar, os brasileiros, não reagem a altura e entram no engodo das multinacionais que usam a desculpa da redução salarial e das horas de trabalho como pretexto, mas depois que conseguem o que querem, cortam os trabalhadores que iludidos e que aprovaram tais reduções com a promessa de não perderem seus empregos. O trabalhador ainda não compreendeu que no capitalismo e para os patrões que só visam lucro um ser humano tem menos valor que um parafuso, um copo descartável e um bloco de cimento. É por isso que o operário sempre “morreu na contramão atrapalhando o tráfico” na musica de Chico Buarque. É por isso que, quando o “Operário em construção” nunca terá construído um Brasil melhor sem a consciência do que é SER OPERÁRIO consciente. Então ele dirá: “Tá vendo aquele edifício moço? Ajudei a levantar.” Mas ai vem o cidadão todo engravatado dono do prédio que ele o “Cidadão” levantou e diz: “Tu taí admirado, ou ta querendo roubar?”

O mesmo cidadão que constrói o prédio jamais poderá entrar nele, e muito menos admirar a obra de suas mãos calejadas. E sua filhinha então? A pobrezinha não pôde entrar na escola porque a diretora disse: “Criança de pés descalços aqui não pode estudar”. Será que esse cidadão que apoiou a redução de seu salário não enxerga que só está salvando a pele das sedes das multinacionais e que serão todos despedidos assim mesmo? Os donos da empresas multinacionais não pensaram duas vezes ao substituir o homem pela máquina, como a Volkswagen fez, por exemplo, reduzindo o seu quadro de operários pela metade na Era FHC. Eles lucraram a rodo, produziram muito sem pagar salários decentes La fora e aqui no Brasil, agora, a bolsa quebra e os bancos quebram por causa da especulação financeira. Os babacas capitalistas hipotecam até a mãe em troca do lucro fácil, agora, as hipotecas perdem o valor, porque a maioria não pode honrar seu compromisso e arcar com suas dívidas. Imóveis hipotecados são confiscados, porque é isso que acontece no capitalismo. Quando se faz um empréstimo na Caixa, se preenche uma baita ficha onde o cidadão declara o patrimônio que possui, e se não puder pagar? Perde até o sofá de casa. Quantos perderam a moradia nos EUA agora? Quem tinha trabalho agora dorme no papelão por não ter onde morar e pega o sopão que é distribuído na rua por missionários brasileiros no Japão. Onde isso vai parar? Enquanto tudo foi desnacionalizado e privatizado no Brasil, eles os gringos sorriram à toa, e os políticos (Congresso, Câmara e governo FHC e o tucanato de São Paulo) comemoraram o sucesso do entreguismo. Eles defenderam o “Estado Mínimo”, e agora correm atrás do Lula para pedir ajuda ao Governo Federal. Os tucanos do Congresso criticam o governo e exige que ele salve da crise os porcos capitalistas que só enxergaram a privatização como saída. Eles diziam em uníssono: “Laissez faire, laissez-passer”, deixe acontecer, deixe passar, ou seja, fora Estado dos negócios, entregue tudo nas mãos do setor privado, porque a burguesia é a única capaz de administrar os negócios, agora, o que fazem esses abutres e seus defensores políticos? Gritam para que o Governo Federal os salvem! E os trabalhadores? E os pobres? Esses morrem no tsuname do capitalismo!