Os castigos de Tântalo e Níobe

Ninguém sabe melhor o que é suplício do que aqueles que tentaram enganar os deuses e tiveram que sofrer tormentos eternos no Tártaro, como Sísifo rolando uma pedra ladeira acima, para vê-la descer em seguida; as Danaides enchendo seus tonéis sem fundo; Íxion girando uma roda em chamas e Tântalo padecendo de fome e sede. Os penitentes só tiveram descanso quando Orfeu desceu no Hades para tentar levar de volta à vida a esposa Eurídice. Com sua voz divina, Orfeu encantou todo o mundo subterrâneo: Caronte o deixou atravessar o rio; o vigilante cão Cérbero o deixou passar; Hades e Perséfone concordaram em lhe devolver a amada.

A mesma benevolência não recebeu Tântalo, um rei que vivia na Frígia (ou Lídia). Tântalo era filho de Zeus e da ninfa Pluto, filha de Oceano e Tétis, por isso tinha acesso livre aos deuses. Mas ele abusou dessa amizade revelando segredos divinos e roubando seus alimentos exclusivos, como néctar e ambrosia, para compartilhar com amigos mortais. A transgressão final, que valeu sua condenação, foi ter matado o filho Pélops. O rei convidou os deuses para um banquete e serviu os pedaços do filho morto, com o objetivo de pôr à prova a onisciência divina.

(...)

Solange Firmino

Texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online:

www.blocosonline.com.br/literatura/prosa/colunistas/sfirmino/sf0065.php

Solange Firmino
Enviado por Solange Firmino em 22/03/2009
Código do texto: T1500798