SONHAR É PRECISO

SONHAR É PRECISO

Caminhando pela cidade fico impressionado com o contingente de estudantes. Principalmente os do ensino médio, que logo estarão se dividindo entre os que farão uma Faculdade, e os que terão que enterrar seus sonhos, deixando de estudar, para procurar um serviço. Não há como não se preocupar com seu futuro. Onde irão encontrar trabalho? Penso na tristeza dos pais, quando tiverem que deixá-los em busca de oportunidades nos grandes centros. E penso principalmente, em como reverter esta situação. Já perdi horas de sono pensando no enorme potencial adormecido da nossa cidade. Potencial sem investidor não gera riqueza! Não gera nada! Assim, decidi produzir um documentário com o que nossa cidade tem de melhor. Em novembro de 2001, iniciei um verdadeiro rali pelo município, buscando imagens que pudessem retratar nossas potencialidades. Foram quatro meses de filmagens. Vi lugares, que nem imaginava existir. Depois fiquei entusiasmadíssimo com um presente muito especial: a música CARLÓPOLIS, MAR DE ÁGUA DOCE, de autoria do amigo Farmacêutico, Hélio Mattoso, proprietário da Farmattoso. Um trabalho tão bom que não só incluí no documentário, como fiz dele o seu título. Já em março de 2002, com as imagens e o áudio prontos, parti para a edição. Foram oitenta e cinco horas de trabalho com o editor, Jorge Inamine, do Foto Estúdio Celso. Porém, valeu o esforço! Nada pode ser comparado à alegria de criar. E o resultado superou a expectativa! Falar de nossas praças e, até mesmo arriscar a descrever de forma poética, um majestoso por do sol na nossa represa, e ver a emoção estampada no rosto de cada um que assiste ao trabalho, causa-me um prazer imensurável. Saber que as escolas do município exibiram o documentário a seus alunos, é uma verdadeira recompensa. Ver as fitas transformadas em souvenir é muito gratificante! O Residencial Vista Bella de Carlópolis, do qual sou administrador, tem muitos clientes em São Paulo, por isso enviei fitas a todos. Resultado: atualmente temos vários casos de pessoas daquela metrópole que viram a fita, nos visitaram e tornaram-se clientes. Inclusive um casal de Osasco tornou-se nosso representante e já efetuou vários negócios com pessoas do seu meio. O caso mais impressionante é o de um cliente, dekassegui carlópolense, que mostrou a fita a um colega de trabalho. Recebi um telefonema seu e, mesmo sendo de São Paulo, estar trabalhando no Japão e, não conhecer nossa cidade, adquiriu dois terrenos. Esses são alguns frutos produzidos pelo documentário, mas é preciso que muitos mais, sonhem nossos sonhos! Somente assim, eles poderão materializar-se!

E nossos jovens terão a perspectiva de uma vida melhor.

Lázaro Alves

Junho/2002