DA CRIAÇÃO DO HOMEM (um estudo)

Através da teoria da Evolução, o homem aparece como o ser que evoluiu de uma ordem inferior, no mundo animal. Ensina que esta evolução resultou de sucessivas alterações nas formas materiais, devido às forças latentes que existem na matéria.

Tal teoria evolucionista, vai de encontro da teoria descrita na Bíblia (conjunção do Torá e do Alcorão), pois a origem do homem resultou de um ato criativo de Deus. O ser físico do homem também é resultado de um ato criativo de Deus, que utilizou a matéria já existente “AFAR” (hebraico) que significa “pó da terra”, tendo o homem ainda hoje a mesma estrutura física e espiritual do dia em que foi criado, pois foi tirado da terra e está destinado a ela, depois da morte material (Ec 3.:20) indicando que o homem não é natural da terra, pois ele foi “plasmado”.

As fontes de informações para os adeptos da teoria do humanismo, sobre a natureza e origem do homem, estão na Biologia, Psicologia e Medicina. Para esta escola de pensamento, o homem é um produto evolucionário da Natureza, sem a menor possibilidade de imortalidade.

Sigmund Freud, que lançou a teoria filosófico-materialista, era ateu, filósofo e psicanalista. Ele enfatizou, em seus argumentos, a idéia de que o homem, em sua vida biológica e psicológica, tem como base e formação de sua personalidade e seus instintos naturais. Afirmando que coisas como sexo, fome, sede, segurança e prazer, são pressões que determinam as ações e os padrões da personalidade do homem.

No conceito Freudiano, a natureza do homem não se relaciona com o sobrenatural, no caso, DEUS. Para ele, a idéia de uma relação do Criador com o ser humano, é imprópria e inexistente, pois o mesmo vê o homem como uma criatura egocêntrica, voltada apenas para suas necessidades, sem qualquer comunhão com o supremo. Acreditava ele que, ao morrer o homem, nada mais resta.

A natureza do Homem é BIFORME – tendo parte material e imaterial. A primeira foi formada do pó da terra (Gn 2.7) e a segunda, outorgada diretamente pelo Criador do Universo.

O sopro divino nas narinas do homem concedeu-lhe a vida física e a espiritual.

A vida material do homem é representada pela alma e pelo espírito. Porém, esta dupla natureza do homem é representada por uma tricotomia, que se constitui, na parte material, pelo corpo; na imaterial, pela alma e pelo espírito (1 Ts 5.23).

O termo tricotomia, significa “aquilo que é dividido em três” ou “que se divide em três tomos”. Em relação ao homem, refere-se às três partes do seu ser: corpo, alma e espírito. Há divergência neste ponto, daqueles que entendem o homem como apenas um ser dicótomo, ou seja, que se divide em duas partes: corpo, alma ou espírito.

Os defensores da dicotomia do homem unem alma e espírito como uma só parte e, às vezes, como se fossem uma só coisa. Entretanto, parece-nos mais aceitável o ponto de vistas da tricotomia. Este conceito crê que o homem é uma triunidade composta e inseparável. Só a morte física é capaz de separar o corpo de sua parte material.

O corpo é a parte inferior do homem que se constitui de elementos químicos da terra, como oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio cálcio, fósforo , potássio, enxofre, sódio, cloro, iodo, ferro, cobre, zinco, e outros elementos em proporções menores. Porém, o corpo, com todos estes produtos, sem a benção divina, é de ínfimo valor.

A alma, necessário se faz saber que o corpo sem alma é inerte. Ela precisa dele para expressar sua vida funcional e racional. É identificada no hebraico do Antigo Testamento por “NEPHESH” e, no grego do Novo Testamento, por “PSIQUÊ”.

O Espírito no hebraico é “RUACH” e no grego “PNEUMA”.

O espírito do homem não é um simples sopro ou fôlego, mas também vida imortal (Ec. 12.7; Dn 12.2; Lc 20.37; Co 15.53). Ele é o princípio ativo de nossa vida espiritual, religiosa e imortal. É o elemento de comunicação entre DEUS e o homem. Certo autor cristão escreveu que “o corpo, a alma e o espírito constituem a base real dos três elementos do homem: consciência do mundo externo, consciência própria e consciência de DEUS”.

O Corpo tem cinco faculdades principais, as quais se manifestam através da visão, audição, olfato, tato e paladar. Ainda que sejam, distintas umas das outras, elas não atuam independentes do comando da alma. São denominadas de instintos naturais ou sentidos corporais, os quais recebem impressões do mundo exterior, transmitidas ao cérebro, através do sistema nervoso. É daí que partem as ordens para todas as partes do corpo. Os sentidos físicos obedecem às leis naturais que estão impressas no ser humano. São elas que regem as atividades do corpo.

A Alma apresenta três faculdades ou qualidades, pelas quais se manifestam o sentimento, intelecto e vontade.

O Intelecto (Gn 1.28; 2.19,20) é à parte da alma que pensa, raciocina, decide, julga e conhece. É ele quem recebe os conhecimentos. Três outras manifestações lhe são peculiares: a imaginação, memória e razão. Com a primeira, o homem é capacitado a idealizar e projetar. É um processo de pensamento que habilita o ser humano a construir imagens, através do raciocínio. A segunda é outro atributo do intelecto que capacita o homem a guardar em seu cérebro os fatos passados e presentes. Ele retém os conhecimentos adquiridos e os traz à lembrança. A terceira é um atributo do intelecto que leva o homem a pensar, julgar e compreender as relações entre as coisas, distinguir entre o verdadeiro e o falso, o bem e o mal.

O Sentimento faz o homem um ser emotivo. Ele não é uma máquina insensível, pois pode sentir todas as grandes emoções, como alegria, gozo, paz, prazer, tristeza, descontentamento, pesar e dor.

A Vontade se expressa como resultante das influências do intelecto e dos sentimentos. Ela não age sozinha. Não há vontade livre ou independente. Ela obedece a forças emotivas e intelectuais da alma.

O ESPÍRITO apresenta duas faculdades principais que se destacam com abrangência sobres outras qualidades importantes, as quais são: FË e CONSCIÊNCIA., Elas identificam o ser religioso do homem. Podemos chamar de natureza espiritual, da qual o ser humano é dotado especialmente para uma perfeita comunhão com DEUS.

OS sentidos físicos e psicológicos tornam o homem um ser terreno e racional, mas os espirituais o tornam um ser especial.

A faculdade da fé é uma qualidade do espírito humano que expressa a religiosidade do homem e o torna capaz de adorar, reverenciar, louvar e orar a DEUS, o Criador. Não se trata de um tipo de fé, adquirida ou ensinada, mas é uma forma inata que nasce com qualquer humano. Ela nos estimula a buscar a DEUS e comungar com Ele.

A faculdade da consciência é a lei moral e espiritual, no interior do homem, que aprova ou desaprova as suas ações. É a intuição que o espírito tem dos atos e estados dos ser humano em sua vida cotidiana. A consciência não está sujeita à vontade, e nem aos sentimentos da alma.

Neste sentido, me sinto VIVO...

Risonaldo Costa
Enviado por Risonaldo Costa em 02/07/2009
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