O que se deve economizar?
Quem, nos dias de hoje, não se tornou um expert em economia? As informações para a redução das tarifas de energia elétrica, telefone, água, cartão de crédito e tantas outras são veiculadas em todas as emissoras de televisão em seus jornais diários e programas de entretenimento, simultaneamente às propagandas comerciais que estimulam o consumo. Paradoxo? Não. Simples estratégia de marketing. Se vivemos numa sociedade altamente capitalista, qualquer discurso anticonsumo deve ser assimilado com desconfiança ou cautela. Afinal, se a família Amorim do Fantástico tão bem aprendeu a evitar o desperdício, também aprendeu que o glamour da mídia seduz e custa caro. Como estará se comportando essa família pós aparição na Globo? Que planos terão para o futuro? Será que todos vão levar a vidinha de sempre, ou vão querer se tornar artistas?
Pois é.Nem tudo o que reluz é ouro e há que se ter cuidado com todas as lições de economia que aparecem na telinha. Algumas até muito sensatas em relação ao planeta, mas há muita mensagem subliminar que passa despercebida à maioria dos telespectadores . As pessoas andam confundindo as coisas, levando a ferro e fogo tantas informações, trocando às vezes os pés pelas mãos. Vejamos: Dieta passou a ser palavra mágica. Aparece assim ,ó, a cada segundo. Magros ou gordos, afro-descendentes ou brancos, ricos ou pobres, todos têm alguma receita que reduz as calorias a quase zero. Por extensão e por falta de precaução, a mesa dos domingos vai encolhendo, os pratos saborosos vão sendo substituídos pelos fast-foods e comida pronta e as pessoas vão ficando obcecadas diante das gôndolas dos supermercados. Os produtos são revirados à exaustão na tentativa de se contabilizar a quantidade de calorias de cada um. Os carrinhos vão emagrecendo, mas a conta a pagar só aumenta. E aí somem o frango ao molho pardo, ou assado , o tutu à mineira, a lasanha apetitosa vira pecado mortal, batatas vão para o espaço e sobremesa então? Nem pensar. A vida, gradativamente, vai perdendo a cor, os sabores e a economia burra vai se estendendo a todas as esferas.Economiza-se conforto, bem-estar, afeto,amizade,sexo, agradecimentos, gargalhadas.Troca-se um happy hour com os amigos, regado a cerveja e petiscos, ou um encontro romântico com um bom vinho e uma hidromassagem ou,ainda, um banho relaxante e um pouco mais demorado no inverno em nome dos custos e ignoram-se os benefícios, numa falsa crença de se estar sendo cidadão moderno, participante e politicamente correto.
É preciso estar atento sempre. Vale a pena aprender a ler nas entrelinhas.Economizar é muito bom, o bolso agradece, o planeta também. Mas trocar seis por meia dúzia ou, simplesmente, abrir mão dos prazeres benéficos da vida já não é tão interessante assim.
Quem, nos dias de hoje, não se tornou um expert em economia? As informações para a redução das tarifas de energia elétrica, telefone, água, cartão de crédito e tantas outras são veiculadas em todas as emissoras de televisão em seus jornais diários e programas de entretenimento, simultaneamente às propagandas comerciais que estimulam o consumo. Paradoxo? Não. Simples estratégia de marketing. Se vivemos numa sociedade altamente capitalista, qualquer discurso anticonsumo deve ser assimilado com desconfiança ou cautela. Afinal, se a família Amorim do Fantástico tão bem aprendeu a evitar o desperdício, também aprendeu que o glamour da mídia seduz e custa caro. Como estará se comportando essa família pós aparição na Globo? Que planos terão para o futuro? Será que todos vão levar a vidinha de sempre, ou vão querer se tornar artistas?
Pois é.Nem tudo o que reluz é ouro e há que se ter cuidado com todas as lições de economia que aparecem na telinha. Algumas até muito sensatas em relação ao planeta, mas há muita mensagem subliminar que passa despercebida à maioria dos telespectadores . As pessoas andam confundindo as coisas, levando a ferro e fogo tantas informações, trocando às vezes os pés pelas mãos. Vejamos: Dieta passou a ser palavra mágica. Aparece assim ,ó, a cada segundo. Magros ou gordos, afro-descendentes ou brancos, ricos ou pobres, todos têm alguma receita que reduz as calorias a quase zero. Por extensão e por falta de precaução, a mesa dos domingos vai encolhendo, os pratos saborosos vão sendo substituídos pelos fast-foods e comida pronta e as pessoas vão ficando obcecadas diante das gôndolas dos supermercados. Os produtos são revirados à exaustão na tentativa de se contabilizar a quantidade de calorias de cada um. Os carrinhos vão emagrecendo, mas a conta a pagar só aumenta. E aí somem o frango ao molho pardo, ou assado , o tutu à mineira, a lasanha apetitosa vira pecado mortal, batatas vão para o espaço e sobremesa então? Nem pensar. A vida, gradativamente, vai perdendo a cor, os sabores e a economia burra vai se estendendo a todas as esferas.Economiza-se conforto, bem-estar, afeto,amizade,sexo, agradecimentos, gargalhadas.Troca-se um happy hour com os amigos, regado a cerveja e petiscos, ou um encontro romântico com um bom vinho e uma hidromassagem ou,ainda, um banho relaxante e um pouco mais demorado no inverno em nome dos custos e ignoram-se os benefícios, numa falsa crença de se estar sendo cidadão moderno, participante e politicamente correto.
É preciso estar atento sempre. Vale a pena aprender a ler nas entrelinhas.Economizar é muito bom, o bolso agradece, o planeta também. Mas trocar seis por meia dúzia ou, simplesmente, abrir mão dos prazeres benéficos da vida já não é tão interessante assim.