A Energia Divina e a Experiência Mística

Cap-08 A Energia Divina e a Experiência Mística

Vivemos em um Universo que é pura energia, energia condensada a que chamamos matéria, energia livre que movimenta o cosmos e energia inteligente à qual denominamos espírito. Em verdade tudo é uma coisa só, a mesma essência em estados diferentes de apresentação, tal qual gelo, água e vapor. Infinitos são os níveis de sutilização e de funções da energia. A energia está em constante movimento, nada está estático, mesmo nas rochas a energia está se movimentando e nos elementos radioativos ela se desprende pouco à pouco, retornando á seu estado livre.

Pietro Ubaldi em “A Grande Síntese” demonstra de forma irresistivelmente lógica, a evolução dos elementos materiais até a escala das diversas energias, culminando na evolução do espírito, consagrando o princípio do Universo Monista, onde tudo é uma coisa só em diferentes níveis de evolução. A Unidade, porém, é concepção que a milênios sem conta é vulgarizada no Oriente.

Em nosso planeta as energias podem ser classificadas da seguinte forma:

•Fluídos minerais – energias presentes nos minerais.

•Fluídos vegetais – energias presentes nos vegetais.

•Fluídos animais – energias presentes nos animais e no homem.

•Fluídos espirituais – energias presentes nos espíritos.

Os minerais se mantêm coesos graças à energia que mantêm a atração de suas moléculas; os vegetais só sobrevivem absorvendo energia solar e a energia dos minerais; os animais e o homem também absorvem energia através da alimentação, respiração e exposição aos raios solares.

Nos seres humanos é conhecida a milênios a existência de pontos de captação e armazenamento de energia, denominados pelos Orientais de “Chacras”. Os principais Chacras são em número de sete, a saber:

•Chacra raiz ou básico – na base da coluna vertebral.

•Chacra umbilical – no umbigo, sobre o plexo solar

•Chacra do baço

•Chacra Cardíaco – sobre o coração.

•Chacra laríngeo – na frente da garganta.

•Chacra frontal – entre as sobrancelhas.

•Chacra coronário – no alto da cabeça.

Recomendamos àqueles que quiserem se aprofundar neste tema, a leitura do excelente livro de C.W. Leadbeater, “Os Chacras” da Editora Pensamento.

Estamos constantemente absorvendo e doando energia, este é o princípio do passe magnético, tão utilizado no Espiritismo e em diversas doutrinas. Se estamos vibrando com bons sentimentos, emitimos boas energias aos que estão à nossa volta, afinal os nossos pensamentos e sentimentos dão qualidade à energia que nos rodeia, do contrário emitimos energias pesadas, se estivermos vibrando em maus sentimentos como ódio, inveja, ciúme, luxúria etc..., energias estas que poderão até adoecer os que estão à nossa volta, inclusive plantas e animais.

O pensamento direciona, movimenta a energia, hoje a Física Quântica vem comprovar os princípios milenares dos sábios da Índia! Os hindus denominam “Prana”, a energia vital que circula por toda parte, mas que se encontra em maior concentração nos lugares de luxuriante vegetação como matas, cachoeiras, montanhas, nos oceanos e também em locais que abrigaram grandes civilizações do passado como por exemplo: Machu Pichu, Egito, Ilha de Páscoa,etc...

A maior parte da energia que absorvemos não vem da alimentação, mas da respiração, principalmente quando estamos dormindo. A respiração profunda capta grandes quantidades de Prana, tal o princípio da meditação. Vejamos este trecho do livro “Ciência Hindu – Yogue da Respiração” de Yogue Ramacharaca – Editora Pensamento: “Os ocultistas de todos os tempos e em todos os países ensinaram sempre, porém em geral secretamente, a um número reduzido de discípulos, que existe no ar uma substância ou princípio do qual deriva toda atividade, vitalidade e força.

Com o fim de evitar confusões nascidas das diferentes teorias concernentes a este grande princípio, o designaremos nesta obra com o termo Prana, palavra sânscrita que significa Energia Absoluta.

Poderemos considerá-lo como o princípio ativo da vida ou força vital, se quisermos. È encontrada em todas as formas, desde o infusório até o homem, e desde a mais elementar vida vegetal até as mais elevadas formas de vida animal.

Prana penetra em tudo. Acha-se em todas as formas animadas; e, como a filosofia oculta ensina que a vida está no todo, em cada átomo, mesmo na aparente falta de vida, que se observa em algumas dessas formas, representa tão somente um grau mais fraco de sua manifestação, podemos pois compreender, de seus ensinamentos, que Prana está em toda parte e em todas as coisas.

Este grande princípio existe em todas as formas da matéria e entretanto não é matéria. Está no ar, mas não é ar nem tampouco um de seus agentes químicos

A vida vegetal e a animal respiram-no como o ar e se isto não tivesse em si o Prana, tudo quanto respira morreria, fosse qual fosse a quantidade de ar respirado.

É absorvido pelo organismo juntamente com o oxigênio, e, no entanto não é oxigênio.

Prana está no ar atmosférico, assim como em toda parte, penetra onde o ar não pode chegar.

Com a respiração comum, absorvemos e extraímos uma quantidade normal de Prana, mas, por meio da respiração educada e regulada (geralmente conhecida como respiração yogue) ficamos em condições de extrair uma quantidade maior, que se concentra no cérebro e centros nervosos para ser utilizada quando necessária.

Podemos armazenar Prana, da mesma forma que os acumuladores de eletricidade.

Os numerosos poderes atribuídos aos ocultistas avançados são devidos, em grande parte, aos conhecimentos sobre o Prana e ao uso inteligente que fazem desta energia acumulada.

Os yogues sabem que, por certas formas de respiração podem estabelecer determinadas relações com o depósito de Prana, dispondo do mesmo, conforme as necessidades.

As chamadas “curas magnéticas” produzem-se por meio de Prana, muito embora os magnetizadores ignorem completamente a origem de seu poder.

Da mesma forma que o oxigênio do sangue é consumido pelas necessidades do sistema, a provisão do Prana é esgotada pelos nossos pensamentos, volições etc... fazendo-se portanto, necessária uma reposição contínua.

Cada pensamento, esforço de vontade ou movimento de um músculo, gasta certa quantidade do que chamamos força nervosa, a qual é, em realidade, uma forma de Prana.

Para mover um músculo, o cérebro envia um impulso aos nervos e o músculo contrai-se, ocasionando um dispêndio de Prana proporcional ao esforço realizado.

Tendo-se em conta que a maior soma de Prana adquirida pelo homem vem por meio do ar inalado, é fácil compreender a importância de uma respiração correta.”

Importante também ressaltar que com a prática da respiração rítmica, através da meditação, o aumento de nosso nível de energia, poderá ocasionar em nós uma “Experiência Mística”. No Chacra Genésico, na base da coluna vertebral está presente uma energia poderosíssima denominada pelos hindus de “Kundalini”. Esta energia está inicialmente adormecida em todos nós, mas com o aumento de nosso nível de energia, a Kundalini sobe pela espinha dorsal, através de condutos existentes no corpo etérico, denominados “Nadhis”, irrigando todos os nossos Chacras e atingindo o Chacra coronário, no alto da cabeça, produzindo em nós o despertar espiritual, a experiência mística. O escritor americano James Redfield autor de “A Profecia Celestina”, vulgarizou este tema com a série de livros que enfocam o despertar espiritual de nossa época, vejamos este pequeno trecho de seu livro ”Visão Celestina” – Editora Objetiva:

“A idéia da experiência mística começou sua viagem para o inconsciente coletivo da cultura ocidental no final da década de 50, principalmente como resultado da popularização das tradições orientais – hindus, budistas e taoístas – levada a cabo por escritores e pensadores como Carl Jung, Alan Watts e D. T. Suzuki. Essa disseminação continuou nas décadas seguintes com uma infinidade de obras, inclusive as de Paramahansa Yogananda , Jidhu Krishnamurti e Ram Dass, todos eles afirmando a existência de um encontro interior místico que pode ser vivido individualmente.

Durante essas mesma décadas, um grande público passou a interessar-se pela rica tradição esotérica que possuímos também no Ocidente. Os pensamentos de São Francisco de Assis, Meister Eckhart, Emanuel Sweddenborg e Edmund Bucke mereceram atenção, porque estes pensadores, como os místicos orientais, afirmavam a existência da transformação interior.

Acredito que tenhamos finalmente chegado a um ponto em que a idéia de uma experiência pessoal transcendental – chamada também de Iluminação, Nirvana, Satori, Transcendência e Consciência Cósmica – alcançou um significativo nível de aceitação, tornando-se parte integral da nossa nova consciência espiritual. Como cultura, começamos a aceitar os encontros místicos como algo real e ao alcance de todos os seres humanos.”