Vassalagem a toda prova

Não existe coisa pior do que morar ao lado de um vizinho autoritário, desumano, cruel, traiçoeiro, dissimulado, e acima de tudo submisso e venal. Ninguém deseja essa situação para o seu mais terrível inimigo. E em se tratando de nação a coisa fica mais complicada ainda. Tem um povo por trás.

Isto está ocorrendo hoje com Brasil, Paraguai, Bolívia, Argentina, Venezuela, Peru, Equador. Enfim toda a América Latina está em maus lençóis devido a arrogância, a sujeição, a irresponsabilidade, a perversidade, a falta de diálogo do vizinho presidente colombiano Álvaro Uribe.

Classificado por toda a Imprensa séria e responsável mundial como um entreguista de plantão, agora ele apronta a maior insensatez cometida por um presidente democrático. Vendeu a soberania colombiana aos norte-americanos com o argumento de ser um soldado contra o tráfico internacional de drogas.

Álvaro Uribe pactuou com Barak Obama a implantação de bases militares norte-americanas em solo colombiano sem nenhuma preocupação com sua soberania. Nem mesmo com o impacto desta medida com os vizinhos latinos.

Obama se travestiu de cordeiro para ser eleito e engabelou toda humanidade. Comportou-se como boa parte dos políticos brasileiros. Prometeu “mundos e fundos” na campanha eleitoral, e passado o pleito, deu uma sulipa no povo.

Este mandato, digo, estes próximos quatro anos é de importância capital para o império americano. O presidente eleito tentará medidas que tire os EEUU da situação caótica que se encontrava e ainda se encontra.

E para que se inverta a situação, necessário se faz traçar estratégias que garantam o futuro do povo americano. E esta tática de montar bases militares externas é de suma importância para a polícia do mundo.

Certamente estas bases serão usadas com vários intuitos, menos prá combater narcotraficantes. Apoderar-se da Amazônia com suas riquezas minerais (ouro, petróleo, ferro, urânio, etc) usando o discurso de preservar será o primeiro passo. Não menos importante será usar seu poderio militar para arrebatar os governos latino-americanos legitimamente eleitos que venham ferir interesses americanos na região (Chavez, Zelaya, Morales, Correa e outros).

Esta atitude de Uribe e Obama era esperada, não com tanta avidez, nem tão pouco sem nenhuma participação da Diplomacia dos países vizinhos. A história mostra que os americanos usam os mandatários enquanto lhe são úteis. Lembrar de Saddam Hussein é salutar neste instante. Foi usado e não se deu conta da roubada que entrou. Vassalo se trata assim. Uribe que se cuide...

Arimatéia Macêdo – www.arimateia.com