Por que não um curso de Escutatória?
Costumo dizer aos meus jovens alunos ( trabalho com adolescentes), que a natureza é sábia e nos dotou de dois ouvidos e uma só boca, para que possamos ouvir mais e falar menos.Eles sempre acham engraçado quando repito essa máxima popular.Creio que me vêem como uma pessoa que parou no tempo , que não acompanha as mudanças comportamentais. Mas depois de muita conversa, acabo por me fazer entender.Vou tecendo algumas analogias recheadas de expressões bem juvenis como "sem-noção", "de cara", "periguetes" e afins, e vou dando o meu recado, para confirmar a importância de saber escutar o outro.
Ao me apropriar desse linguajar "teen", quero apenas legitimar a minha tese sobre a relevância de saber ouvir.Assim me faço entender e sou respeitada em minha fala ,pois eles entendem que eu os ouço, pois até repito o que eles dizem.No entanto esse é apenas o ponto de partida.A garotada anda meio surda, ou somente ouve o que é de sua tribo, o que faz a cabeça deles.Por outro lado, os adultos também estão com deficiência auditiva.Andam falando muito e escutando menos.Assim, vivemos numa Babel assustadora e neurotizante, pois ninguém se entende.Aí me vem à memória um texto de Rubem Alves.Ele ressalta a urgência em se aprender a escutar de verdade, não apenas ouvir.Ainda reafirma a necessidade de se instituir nas escolas cursos de "escutatória", uma vez que apenas a oratória é contemplada.Todo mundo quer falar, quer ter razão.Mas saber escutar é uma habilidade que pressupõe um monte de outras atitudes como : paciência, imparcialidade, tolerância, respeito, empatia, etc.
Fica aí uma sugestão ao MEC(Ministério de Educação e Cultura).Que tal se essa instituição incluísse nos currículos escolares do Ensino Fundamental um curso de Escutatória? Assim a meninada chegaria ao Ensino Médio com uma outra visão de mundo e teria certamente uma inserção social e familiar de muito mais qualidade.
Costumo dizer aos meus jovens alunos ( trabalho com adolescentes), que a natureza é sábia e nos dotou de dois ouvidos e uma só boca, para que possamos ouvir mais e falar menos.Eles sempre acham engraçado quando repito essa máxima popular.Creio que me vêem como uma pessoa que parou no tempo , que não acompanha as mudanças comportamentais. Mas depois de muita conversa, acabo por me fazer entender.Vou tecendo algumas analogias recheadas de expressões bem juvenis como "sem-noção", "de cara", "periguetes" e afins, e vou dando o meu recado, para confirmar a importância de saber escutar o outro.
Ao me apropriar desse linguajar "teen", quero apenas legitimar a minha tese sobre a relevância de saber ouvir.Assim me faço entender e sou respeitada em minha fala ,pois eles entendem que eu os ouço, pois até repito o que eles dizem.No entanto esse é apenas o ponto de partida.A garotada anda meio surda, ou somente ouve o que é de sua tribo, o que faz a cabeça deles.Por outro lado, os adultos também estão com deficiência auditiva.Andam falando muito e escutando menos.Assim, vivemos numa Babel assustadora e neurotizante, pois ninguém se entende.Aí me vem à memória um texto de Rubem Alves.Ele ressalta a urgência em se aprender a escutar de verdade, não apenas ouvir.Ainda reafirma a necessidade de se instituir nas escolas cursos de "escutatória", uma vez que apenas a oratória é contemplada.Todo mundo quer falar, quer ter razão.Mas saber escutar é uma habilidade que pressupõe um monte de outras atitudes como : paciência, imparcialidade, tolerância, respeito, empatia, etc.
Fica aí uma sugestão ao MEC(Ministério de Educação e Cultura).Que tal se essa instituição incluísse nos currículos escolares do Ensino Fundamental um curso de Escutatória? Assim a meninada chegaria ao Ensino Médio com uma outra visão de mundo e teria certamente uma inserção social e familiar de muito mais qualidade.