Estabelecendo uma Visão para a Inclusão

Em primeiro lugar, aceitamos a realidade de que criar programas inclusivos em escolas é um desafio importante para todos os interessados–alunos, os pais, professores e administradores. Implementa educação inclusiva não é a mesma coisa que adotar um novo programa de linguagem artística, ou um novo texto cientifico. Os professores que trabalham em locais inclusivos necessitam usar técnicas de instrução que reconheçam as diferentes habilidades, capacidades e interesse dos alunos, se vê logo, que os professores precisam de tempo em serviço e de planejamento além de formação continuada de qualidade. A fim de adotarem uma abordagem condizente com sua prática.

As escolas mudaram muito na última década e uma das mudanças mais observada é a inclusão de alunos com deficiências em classes comuns. As políticas anteriores refletiram diversos anos de experiência com uma abordagem mais conservadora, que era baseada numa classe especial para estudantes com deficiências significativas com o máximo de integração possível, baseado, ao mesmo tempo na capacidade do aluno ou habilidade, e a capacidade do professor (a) de satisfazer o aluno.

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva aborda o papel da internalização da cultura a capacidade que o sujeito tem de transformá-la, a partir da sua singularidade. Assume que a construção de significados pelo individuo é resultante de suas interações com o outro social: é uma criação conjunta, decorrente de relação bidirecional entre o sujeito e o outro. Já o Decreto Nº. 6.571, de 17 setembro de 2008, ressalva questões com as quais as escolas precisam manter sintonia como o processo de aquisição de primeira e segunda língua; as relações entre cultura e conhecimento escolar, concepções de currículo, acessibilidade, recursos específicos facilitadores do acesso à informação; políticas de inclusão e o direito a cidadania.

A pergunta inquietante neste sentido é o que muda quando se diz que alguma coisa esta mudando? Ao refletir a situação da educação no nosso país, pode se dizer que se revela a existência de discursos e práticas com disparidade. Comentam-se a necessidade de repensar paradigmas na educação, sobretudo, quando ao estabelecimento e legitimação de padrões que definem aprendizagem, alfabetização, deficiência e normalidade. Mas, sabemos que a não adaptação do educando aos parâmetros os desqualificariam da escola regular, como por exemplo, os alunos com deficiência mental, tal paradigma ainda é vigente, mesmo quando há serviços de apoio à inclusão na rede regular de ensino. Portanto a partir dos referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes especiais ou salas multifuncionais precisa ser repensada, o que implicar uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas. Pois embora se discuta e der ênfase à inclusão ainda tem-se muito que melhora, como exemplo bem presente em minha realidade, aqui em nosso Estado os surdos são incluídos nas salas regulares, mas, os professores das disciplinas de maior peso geralmente não acham tempo, ou melhor, não se interessam, para aprenderem LIBRAS, o que é uma pena porque os intérpretes são poucos, e os Surdos acabam recorrendo aos professores das salas de recursos para tirarem suas dúvidas e serem ajudados em sua limitação que é a língua.

Conclusivamente pode se afirma que a inclusão social passa pela inclusão escolar, ou melhor, é privilegiadamente constituída em seu espaço e sendo assim é impossível ignorar uma população tão significativa em número e expressão.

Sansol
Enviado por Sansol em 10/11/2009
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