RELAÇÕES HUMANAS - Como fazer uma empresa atingir o sucesso.

Bem antes do surgimento da 'marolinha', muitas empresas já usavam os departamentos de 'recursos dos manos', para fazer coação moral aos seus funcionários. Melhor seria chamar-se 'departamento de vilipendiação humana' - DVH.

Ontem fui a um fornecedor comercial que necessito frequentar ocasionalmente e verifiquei um aglomerado de funcionários revoltados com a nova imposição do rh: ou os funcionários conseguiam a meta de vender pelo menos R$ 15.000,00 por mês, ou seriam demitidos.

Para iniciarmos nosso raciocínio, devo informar tratar-se de um estabelecimento, onde os itens vendidos atingem um patamar de R$ 2,00 a R$20,00 (estes em muito em pouca quantidade) e nem se trata de um ramo essencial à vida da maioria dos compradores.

Eles estavam agitadíssimos, pois o máximo que alguém conseguiu em vendas foi o de R$ 7.000,00 no Natal.

Pude constatar duas funcionárias de nível superior, como vendedoras e bem fluentes, dispostas a achar seu destino naquele trabalho.

Ouvi sem participar a princípio da discussão. As queixas sobre horários de alimentação, locais de alimentação, ambos impróprios, imposição de ordens que podiam ser solicitadas com carinho e outras 'regras', me deixaram assustado, pois se tratava de uma enorme rede comercial.

Estou certo de que as contratações, mesmo a nível experimental, devem ser feitas acuradamente, pois funcionários incapacitados emocionalmente destroem a credibilidade de uma empresas que pretende ser cordial aos seus clientes.

Prego sempre que qualquer empresa deve separar o 'joio do trigo', mas para se conseguir um bom 'trigo', a administração não pode ser contratada pela afinidade a um 'dirigente joio'.

Temos falado que a cultura da empresa depende do comando maior, isto é: pessoas inseguras contratam pessoas inseguras, que necessitam serem empurradas, cobradas. Uma firma assim formada, mesmo que seja a única em seu ramo, fará clientes irritados com o trato que recebem, mesmo encontrando a mercadoria que procuram.

Crer que o capital financeiro é o mais importante, é o mesmo que crer que a riqueza impede a morte.

Vivemos para sermos felizes, para termos o prazer em construir evoluções nossas e consequentemente, dos que conosco convivem.

Um empresário certa feita me perguntou: _Você crê que irá conseguir bons clientes com 'toda esta sinceridade'?

A resposta já foi dada em diversos artigos que expus por mídias diversas: "Um amigo não bajula, Troca ideias, aponta seus pontos de vista, aprende e faz pensar!".

Não precisamos de mais 'puxa-sacos' que os da lide diária; precisamos que suscitem dúvidas sobre nós e nossos feitos, até para vermos se estamos acima do trivial, dos foragidos da realidade.

Além do mais, funcionários, não 'recursos' vivem cerca de 1/3 de suas vidas trabalhando. Tem o direito de sentir que estão felizes.

O síndrome de 'maria-vai-com-as-outras' tem impedido muitos administradores de perceberem que uma empresa que troca o 'departamento de recursos humanos' por um DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES HUMANAS, está mostrando aos seus funcionários a que veio: reconhecer que recursos são coisas imateriais; quer gente amiga e produtiva CONSIGO.

Pensem sempre nisto, pois esta verdade, segundo me disseram diversos pensadores a quem respeito muito e sigo sua lógica é irretocável.

Abraços.

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