Divagações sobre o sistema prisional.

Vemos todos os dias nos noticiários o quanto a criminalidade vem aumentando assustadoramente, existindo hoje pessoas, seres humanos, capazes de cometerem crimes de tamanha brutalidade que chegamos a pensar que o mundo está prestes a acabar.

Portanto, vemos os crimes, cada vez cometidos com maior violência e brutalidade, nos compadecemos com o sofrimento das vítimas, mais nos esquecemos do mais importante, de tratarmos e nos preocuparmos com os criminosos, os excluídos.

O sistema prisional no país não dá nenhum tipo de respaudo para àquele que quer se reintegrar na sociedade, que cometeu um crime mais se arrependeu e quer tentar novamente.

Os presídios são, na realidade, depósitos de escória, que só servem para corromper cada vez mais os corrompidos.

Está na hora da sociedade enxergar que o 'bandido' não ficará melhor após o cumprimento de sua pena em situação de total falta de dignidade.

O que os Direitos Humanos prega não é a falta de punibilidade para o marginalizado, mais sim as condições nais quais o condenado passa a viver ao cumprir sua pena.

Imaginemos a situação: Um homem que bêbado tentou furtar um trator e sequer conseguiu tirar o mesmo do lugar, após ser condenado a seis meses de condenação á pena de reclusão, tem de cumprir um sexto de sua pena em regime fechado, portanto acaba sendo encarcerado com homicidas, traficantes de entorpecentes, assaltantes, entre outros excluídos, vez que numa cela dentro de um presídio estão encarcerados de 30 a 50 homens, terá a possibilidade de se regenerar?

Atualmente o sistema prisional brasileiro não se atenta a diferenciar detentos de alta periculosidade daqueles que efetivamente não oferecem tanto risco à sociedade.

A sociedade não se preocupa em questionar se há diferenciado tratamento àquele que tentou entrar em um trailler de lanche daquele que assaltou outra pessoa usando violência e arma de fogo, Pode ter certeza que ambos estão dividindo a mesma cela, por certo até o mesmo colchão.

Se queremos que a criminalidade diminua, temos de nos comprometer, temos de nos informar, temos de diferenciar, pois todos são iguais perante a Deus, mais não somos Deus, e perante nossos olhos, as diferenças entre um ser humano e outro é gritante, e temos de respeitar a diferença, e darmos a cada um, separadamente, o que é seu.

Temos de entender o nosso verdadeiro papel na sociedade. Temos de nos comprometermos. Não podemos mais permitir que a sociedade moderna corrompa e o sistema prisional aperfeiçoe o marginal.

Sou a favor da punição, da prisão, do Direito Penal, mais sou contra à forma como o Estado lida com os marginalizados. O atual sistema prisional não corrige ninguém, e sim, corrompe cada vez mais, sendo hoje a principal fonte de formação de bandidos.

Os reais bandidos que entram no sistema prisional não se regeneram lá dentro.

Os que não entram bandidos, saem pós – graduados no crime.

Tenos de fazer algo para que futuramente possamos viver com mais tranquilidade, para que nossos filhos não vejam o que vemos hoje. E cada um tem de fazer sua parte.

Acreditar num mundo melhor não é somente acreditar, temos de nos esforçar para transformá-lo no mundo que queremos para nós e nossos filhos. Acreditar é bom, mais nada melhor do que ATITUDE E COMPROMETIMENTO para salvar uma sociedade e salvarmos a nós mesmos.

CARRIE BRADSHAW
Enviado por CARRIE BRADSHAW em 26/02/2010
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