Biblia Sagrada

A Igreja Católica desde o Concilio de Trento, em 1546, inclui no cânon do AT 7 livros apócrifos, além de 4 acréscimos ou apêndices a livros canônicos.

A palavra apócrifo significa, literalmente “Escondido, oculto”, isto em alusão a livros de então que tratavam de coisas secretas, misteriosas, ocultas. No sentido religioso, o termo significa “não genuíno, espúrio”. Os apócrifos foram escritos entre Malaquias e Mateus, isto é, entre o Antigo e o Novo Testamento, numa época que cessara por completo a revelação divina; só isto basta para tirar-lhes qualquer pretensão de canonicidade. E mais: Josefo (Contemporâneo de Jesus e escritor do livro Historia dos Judeus) rejeitou-os totalmente; nunca foram reconhecidos pelos judeus como parte do cânon hebraico; jamais foram citados por Jesus; e, nem foram reconhecidos pela igreja primitiva. Os livros são: Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, I Macabeus, II Macabeus. Os acréscimos são: Éster (Et 10.4 e 16.24), Cantares dos 3 Santos Filhos (Dn 3.24-90), Historia de Suzana (Dn 13) e Bel e o Dragão (Dn 14).

A igreja romana aprovou os apócrifos em 18 de abril de 1546 para combater o movimento da Reforma Protestante, nos quais combatiam duramente as novas doutrinas romanistas do purgatório, oração pelos mortos, salvação mediante obras. A igreja romana via nos apócrifos base para tais doutrinas e, apelando para eles, aprovaram-nos com cânon.

O cardeal Pallavacini, em sua “Historia Eclesiástica” declara que em pleno concilio, 40 bispos dos 49 presentes travaram uma luta corporal, agarrando as barbas uns dos outros, foi neste ambiente “espiritual”, que foram aprovados os apócrifos. A primeira edição romana da Bíblia com os apócrifos deu-se em 1592, com a autorização do Papa Clemente VIII. Os evangélicos tem subsídios suficientes para não aceitar os apócrifos com cânon.

Deus te abençoe.

Ev. Rogerio Godoi - Contato E_mail e MSN - rsgodoi@pop.com.br, Blog www.evrsgodoi.blogueiros.net.