TIMOR LOROSAE. À sombra das gaboeiras
Sérgio Martins Pandolfo*
A mais jovem nação do mundo celebrou no passado 30/08/2009, um domingo, na capital, Díli, o décimo aniversário de sua à independência, depois de uma sofrida e ingente resistência à ocupação indonésia.
Ex-colônia portuguesa por mais de quatro séculos, depois anexado pela Indonésia, em 1975, esse pequeno grande país escreveu uma das páginas mais plangentes e heroicas de determinação e resistência obstinada ao domínio indonésio, até finalmente alcançar a liberdade e soberania.
Apesar de empobrecido e devastado, o diminuto país insular é potencialmente rico, o que inclui imensa reserva petrolífera na plataforma submarina do Mar de Timor que o circunda. O café, de superior qualidade, é a principal riqueza agrícola do país e seu primeiro produto de exportação.
Por soberana deliberação de seu povo, Timor-Leste decidiu pela adoção da Língua Portuguesa como idioma oficial, passando a ser, assim, a 8ª nação a integrar a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP, composta atualmente, além da jovem nação timorense (Ásia/Oceania), por Brasil (América), Portugal (Europa), Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe (África), ampliando, um pouco mais, o majestoso caudal da lusofonia que se esparrama, soberbo, pelos seis Continentes.
A natureza de Timor é rica e bela e vale a pena reproduzir aqui alguns versos do poema Reisebilder, de Alberto Osório de Castro, Escritor, poeta e político português (Coimbra, 1/3/1868-Lisboa, 1946).
E eis-te no fim do mundo,
Costa verde e vermelha de Timor!
Mas que divina, extraordinária cor,
A do teu céu, a do teu mar profundo!
É d'oiro a manhã de Dili.
Trilla tão lindo o corlílli...
Na frescura das ribeiras.
Murmuram perpetuamente
À verde sombra virente
Das gaboeiras*
Conquanto sem a mesma inspiração e brilhantismo do poeta lusitano, compusemos para homenagear o nosso irmão lusofônico, Timor Lorosae, a trova a seguir:
“Gaboeira é bela palma
que viceja no Timor
sua sombreira, que acalma,
é um convite ao amor”
*Obs..Termo timorense para uma espécie de palmeira típica.
Corlílli: pequeno pássaro dos arvoredos das ribeiras de Timor
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(*) Médico e Escritor. ABRAMES/SOBRAMES
serpan@amazon.com.br - sergio.serpan@gmail.com
www.sergiopandolfo.com
Sérgio Martins Pandolfo*
A mais jovem nação do mundo celebrou no passado 30/08/2009, um domingo, na capital, Díli, o décimo aniversário de sua à independência, depois de uma sofrida e ingente resistência à ocupação indonésia.
Ex-colônia portuguesa por mais de quatro séculos, depois anexado pela Indonésia, em 1975, esse pequeno grande país escreveu uma das páginas mais plangentes e heroicas de determinação e resistência obstinada ao domínio indonésio, até finalmente alcançar a liberdade e soberania.
Apesar de empobrecido e devastado, o diminuto país insular é potencialmente rico, o que inclui imensa reserva petrolífera na plataforma submarina do Mar de Timor que o circunda. O café, de superior qualidade, é a principal riqueza agrícola do país e seu primeiro produto de exportação.
Por soberana deliberação de seu povo, Timor-Leste decidiu pela adoção da Língua Portuguesa como idioma oficial, passando a ser, assim, a 8ª nação a integrar a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP, composta atualmente, além da jovem nação timorense (Ásia/Oceania), por Brasil (América), Portugal (Europa), Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe (África), ampliando, um pouco mais, o majestoso caudal da lusofonia que se esparrama, soberbo, pelos seis Continentes.
A natureza de Timor é rica e bela e vale a pena reproduzir aqui alguns versos do poema Reisebilder, de Alberto Osório de Castro, Escritor, poeta e político português (Coimbra, 1/3/1868-Lisboa, 1946).
E eis-te no fim do mundo,
Costa verde e vermelha de Timor!
Mas que divina, extraordinária cor,
A do teu céu, a do teu mar profundo!
É d'oiro a manhã de Dili.
Trilla tão lindo o corlílli...
Na frescura das ribeiras.
Murmuram perpetuamente
À verde sombra virente
Das gaboeiras*
Conquanto sem a mesma inspiração e brilhantismo do poeta lusitano, compusemos para homenagear o nosso irmão lusofônico, Timor Lorosae, a trova a seguir:
“Gaboeira é bela palma
que viceja no Timor
sua sombreira, que acalma,
é um convite ao amor”
*Obs..Termo timorense para uma espécie de palmeira típica.
Corlílli: pequeno pássaro dos arvoredos das ribeiras de Timor
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(*) Médico e Escritor. ABRAMES/SOBRAMES
serpan@amazon.com.br - sergio.serpan@gmail.com
www.sergiopandolfo.com