Marcação de consultas médicas

MARCAÇÃO DE CONSULTAS MÉDICAS

Aristides Medeiros

O atual critério da marcação de consultas médicas é de todo inconveniente, e deve ser reformulado.

Por tal sistema, a marcação fixa somente a data (geralmente para muitos dias após), não ficando convencionada a hora, porque o atendimento é feito por ordem de chegada, podendo-se então hilariantemente até dizer que “marcou mas não ficou marcada”.

Veja-se que, se alguém necessitar de ser atendido em caráter de emergência – e se para tal não existir disponível no local serviço próprio ou médico especialista para o caso, - não terá o alguém outra alternativa, senão recorrer ao tal critério de marcação, com atendimento possível apenas após vários dias de espera, resultando, por isso, vir a ser lamentavelmente agravado o seu estado. Com efeito, a coceira, o olho inchado, a tosse rebelde, etc, etc, podem aguardar para atendimento só na longínqua data que vier a ser estipulada ?

Ora, se o caso é atender de acordo com a ordem de chegada, não há por que instituir dia certo, cabendo vir a ser adotado o costume anterior, ou seja, atendimento sem estabelecimento de data. Nessa situação, é evidente que o paciente cuja consulta reclamar urgência assim poderá ser atendido, o que atualmente não ocorre.

Na verdade, o atual critério poderá até ser desvantajoso. Suponha-se que para um certo dia haja um limitado número de pacientes a fim de serem consultados, todos previamente agendados. Se dois (ou até mesmo apenas um) deles deixar de comparecer, o respectivo espaço ficará vago, e aí não poderá ser preenchido, porque só terá comparecido o número exato de pessoas agendadas.

Urge ser modificado o atual critério de atendimento, até porque, – como se viu, - se assim vier a ser feito, o paciente necessitado de solução urgente ou emergencial terá condições de ser efetivamente e sem maior demora atendido, desde que compareça bem cedo ao local, qualquer que seja o dia.

apmed
Enviado por apmed em 16/03/2010
Código do texto: T2141898