Orgulho de ser madeirense

A ilha que muitos conhecem como Perola do Atlântico, por suas belezas naturais, onde o ar perfumado das flores diversas e o aroma das frutas privilegiadas da ilha foi abalada por uma onda de chuva gigante na semana que prometia muita diversão para os nativos e todos os visitantes - milhares deles.

Na semana do Carnaval, milhares de pessoas se alojaram nos hotéis diversos espalhados por toda a cidade. Hotéis de luxo, com vista para o infinito, onde as palmeiras parecem mais verdes. A Ilha da Madeira e toda a sua peculiaridade atrai centenas de milhares de turistas anualmente, mas naquela semana, em particular, a cidade vivia um momento mágico. As ruas estavam apinhadas de turistas, as lojas eram os grandes palcos de toda a diversão.

Tudo isso mudou com as chuvas. Na noite de sábado, a chuva surgiu do nada, trazendo consigo a força que só a Mãe Natureza possui. A chuva caiu com muita intensidade, arrastando carros, pessoas, árvores, entupindo bueiros, canais e arrastando casas - ou pedaços delas. Estacionamentos subterrâneos ficaram suterrados devido à água e a lama.

A cena de destruição logo tomou conta da ilha, principlamente na Capital por ser baixa na costa. As estradas se transformaram em rios, os tuneis em canais e os canais construidos para encaminhar as águas das montanhas para o mar não suportaram a quantidade de água, causando assim danos irreparáveis como a morte de várias pessoas.

A chuva continuou por dois dias. Os bombeiros, a defesa civil e muitos trabalhadores do setor privado equipados ou não se juntaram para ajudar aqueles que corriam perigo. As pessoas foram levadas para abrigos onde receberam atenção, mantimentos e atendimento médico. As máquinas começaram a remover entulho para assim liberar os canais. Bombas de água foram usadas para remover a água dos lugares afetados. Centenas de caminhões de entulho foram retirados das ruas da cidade e levados para um aterro não muito longe.

Famílias perderam tudo, ou quase tudo que tinham. Muitos perderam familiares. A Avenida do Mar - a mais conhecida de todas as avenidas da ilha, ficou completamente submersa. A marina, ficou completamente destruida. Pedras do tamanho de uma caixa d´agua foram encontradas na avenida causando espanto e perplexidade na pessoas.

Aos poucos, a cidade voltava a ser o que ela era. Trabalhadores faziam turnos. 24 horas de trabalho, sem parar. A ilha não podia parar. Embora muitos turistas quisessem voltar para casa. Os governos regional e nacional de juntaram, deixando as picuinhas de lado para reconstruir tudo mais rápido e mais seguro.

Hoje, semanas depois da tragédia, a ilha opera com normalidade. Os vestigios da destruição ainda podem ser vistos, mas com certeza tudo será uma questão de tempo. O Orgulho de todos nós está presente neste momento.

Jose DaSilva
Enviado por Jose DaSilva em 21/03/2010
Código do texto: T2150999
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