O Brasil e seu perfil sob a ótica do Big Brother Brasil 10 (eleições 2010)

Não que eu queira questionar a personalidade nacional por meio de um programa de televisão que se vangloria pelos números de votações nunca antes vistos na história deste país; mas cá pra nós, eleger como vitorioso em maioria absolutíssima de votos um camarada tal qual o eleito, que entre outras características ostenta um símbolo nazista em uma de suas tatuagens é no mínimo estranho, e por que não dizer, sinistrooo.

Tudo bem, declaro haver deixado de lado o sufrágio ao qual me refiro, até porque entendo que tamanha inutilidade não me levaria a lugar algum, entretanto, depois de tomar ciência do resultado retumbado pelos quatro cantos da "net" forçosamente me entrego aos seguintes questionamentos. Seria um equivoco nacional? O povo teria sido manipulado pela rede global? Acho que não! O processo de votação a que me refiro é liso e auditado.

O povo está consciente da sua capacidade de decisão, mas à exemplo do que ocorre nas eleições - as mesmas as quais somos capazes de eleger os mensaleiros do DEM-DF, com dinheiro nas meias, bolsas, cuecas e etecétera - nos mostramos cada vez mais aptos a tomarmos decisões equivocadas.

Valei-me, o que será de nós nas eleições de outubro? Sei lá!!!Deixa prá lá!!! Não! Não pode ser assim, o meu descaso pode contribuir para uma nova "burrada", aliás podem ser várias numa só tacada.

Não que eu levantasse a bandeira de que o Big Brother colorido se confirmasse, com a vitória de algum dos homossexuais que participaram da competição, aliás nada contra diga-se de passagem, poderia ser um dos tres, por que não? No entanto, imagino que seria mais viável da parte dos votantes, escolher alguém menos polêmico, pedante, mais centrado. Vejamos: o vitorioso do programa global, é reincidente, digo, já havia participado e sido eliminado numa edição anterior do mesmo Big Brother, seus novos colegas alertaram para essa condição, mas a eles não foi dado ouvidos. Preferiram polemizar. De repente o errado sou eu. Apesar de que isso tudo se assemelha às nossas atuações no processo eleitoral!

Outro dia vi até uma sugestão relativa a estas e aquelas circunstâncias: a de colocarmos os políticos candidatos numa casa semelhante à do Programa Big Brother e com as mesmas regras, o último seria o eleito. Seria bom, não?

Juntando este e aquele raciocínio, talvez pudéssemos avaliar melhor se o cidadão brasileiro de fato elegeu o melhor big brother.