Como morre um revolucionário

O mundo é responsável pela morte silenciosa de revolucionários todos os dias. Eles nem sempre integram grupos da alta sociedade nem mesmo estão investidos em cargos que lhes propicie a concretização de seus sonhos e ideais, mas insistem na sua ideologia de otimizar o espaço onde vivem. Não é a morte natural que o mundo provoca, mas do espírito de mobilização e entrega por um objetivo que muitas vezes se confunde com uma utopia. O dia-a-dia faz com que os revolucionários se entreguem e abaixem suas bandeiras e suas armas.

Os revolucionários vivem às sombras. São encontrados em grandes empresas e trabalham nos cubículos, entregando sua capacidade e garantindo lucros absurdos a seus patrões com seu trabalho. Outros estão na parede que fica ao lado da sala de um político influente ou nos campos de batalha mundo afora. E muitas vezes não são reconhecidos ou valorizados, são obrigados a encarar a rotina de pagar contas, ir para o trabalho e retornar para casa, apenas. Abandonam suas tropas e recuam para a sociedade capitalista, buscam uma qualificação para melhorar simplesmente o seu bolso.

E, depois, os jornais têm a incrível ignorância de criticar a falta de lideranças de uma cidade – quando a própria sociedade os oprime, os inibe e os ignora. Um bom revolucionário precisa de uma grande causa, algo que valha a pena lutar. Ele não pode esperar jamais apoio, compreensão ou um simples parabéns por suas batalhas. Jesus queria salvar o mundo, madre Teresa ajudava aos pobres, Mahatma Ghandi pregava a paz, Martin Luther King não aceitava a segregação racial e até mesmo Lula defendia os operários...

Além destes há uma série de personagens e personalidades que tiveram coragem para enfrentar batalhas épicas, lideraram multidões em busca de uma terra prometida ou simplesmente organizaram uma greve para ter melhores condições de trabalho. Hoje, há guerras pelo domínio do petróleo e os altos escalões da sociedade lideram iniciativas com uma propaganda de desenvolvimento de toda a sociedade, quando na verdade só abraçaram as ideias porque teriam uma fatia do bolo do pregado crescimento. E quando os revolucionários percebem estes episódios e encaram a vida de forma crítica, eles começam a morrer, vítimas do mundo.

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