Conceito e Preconceito

Cada vez mais se robustece na sociedade contemporânea o pensamento de que devemos respeitar as idéias, posturas e comportamentos daqueles que pensam diferentemente de nós. Isso inclui a chamada diversidade sexual, e qualquer atitude discordante em relação àqueles que optaram pelo homossexualismo, por exemplo, é tida como preconceituosa e discriminatória.

Creio que precisamos entender melhor o que é conceito e preconceito, sob pena de termos um preconceito às avessas, ou seja, um preconceito contra o próprio conceito. Complicou? Então vamos tentar explicar.

O dicionário define conceito como sendo idéia, opinião, ponto de vista, convicção. Preconceito, entre outras acepções, aparece como qualquer opinião ou sentimento favorável ou desfavorável concebido sem exame crítico. Acrescenta ainda que esse sentimento é de natureza hostil e de intolerância.

Ora, se toda pessoa tem o direito de opinar sobre esse ou aquele assunto ou comportamento em razão de suas convicções morais ou religiosas, apressar-se a dizer que ela é preconceituosa é, também, um preconceito. Assim, manifestar-se contra o homossexualismo, por si só, não constitui preconceito algum, mas apenas conceito. Como cristão que sou, tenho direito a, com base nas minhas convicções morais e bíblicas, criticar veementemente essa opção sexual sem ferir uma única linha de qualquer lei humana que possa existir. Nem tudo que é legal é moral. Por outro lado, não posso sair por aí atirando pedras nos que pensam diferente de mim ou a espancar e matar pederastas e lésbicas. O próprio Cristo nos ensina a rejeitar o pecado e amar o pecador.

Preocupa-me, entretanto, que a ânsia de defender os “diferentes” cerceie a manifestação de milhões de heterossexuais, que também têm o direito de usar a prerrogativa de seres únicos na criação capazes de fazer sexo frente a frente. Se me for permitido dizer, com todas as vantagens naturais anatômicas e de saúde que o Criador lhes concedeu, incluindo o direito de produzir filhos no sacrossanto ambiente familiar, esses “antiquados” homens e mulheres também podem manifestar livremente sua opinião, sem seguir a corrente que insiste em dizer que orifícios de saída de excrementos são os melhores e mais saudáveis para o intercurso sexual. Aliás, talvez não esteja longe o dia em que terão de sair às ruas para reivindicar o direito de ser homens e mulheres e fazer o que outrora sempre foi a coisa mais natural do mundo.

Numa sociedade em que o direito ao aborto parece ser só uma questão de tempo, dois bigodudos se beijam na boca na avenida Paulista e são aplaudidos, crianças sopram preservativos distribuídos pelo governo em sala de aula fazendo enormes balões, deputados lutam para regularizar a profissão de prostituta e casamento de gays e de lésbicas, talvez seja interessante também lutar pelo direito ao incesto, ao estupro, à bestialidade, ao casamento de humanos com animais. Afinal, que problema há? Não é tudo uma questão de preferência sexual, de “diversidade”?

Sodoma e Gomorra são fichinhas diante desta geração!

Mas insisto na opinião de que conceito é conceito, não preconceito.