MÃE É MÃE

De acordo com institutos de pesquisas e, mesmo com os CDL (CLUBE DOS DIRIJENTES LOJISTAS ) nos estados brasileiros, a performance de venda no comércio, por ocasião dos Dia das Mães atinge seu ápice, perdendo apenas para o Dia dos Namorados. Isso é fácil compreender, pois, na verdade, mãe é mãe... Sabemos que muitos pais atuam em seus lares como verdadeiras mães, ou melhor, fazendo um papel duplo, como o contrário também ocorre. Também não podemos esquecer das avós que, após ter criado seus filhos, criam seu netos, como verdadeiras mães.

Jamais me esquecerei do primeiro Dia das Mães que passei com o meu filho, meses depois de adotado, aos 4 anos e 9 meses de vida. Lembro-me de chegar da creche com um papel todo rabiscado de várias cores, com um simulacro de palavra que lembrava o nome mãe. Isso me causou uma felicidade tão grande e eu senti que, naquele momento, essa emoção me realizava plenamente e nascia dentro de mim uma verdade.. Sempre quis ser mãe e aquele presente e aquele abraço me mostravam que eu realmente o era.

A partir daí, várias vezes comemoramos esse dia, mas sempre com uma emoção nova, com um jeito novo de expressão, mas sempre trazendo alegria e conforto ao meu coração.

Muitas pessoas dizem que existe o lado comercial nas comemorações como natal e outras datas em que se presenteiam, mas, para mim, é tão importante receber um mimo, seja o preço que for, por mais insignificante que possa parecer, é bom ser lembrada, é muito bom se sentir amada.

O amor de mãe sempre é decantado em prosa e verso, mas nunca arrefece, porque o amor não muda, se transforma e a materialização dele se dá em forma de carinho, atenção, dedicação , cuidado...

Todos acompanhamos pela imprensa, a dificuldade por que estão passando as famílias daqueles dois bebês, que foram trocados na maternidade em Goiás há um ano atrás, tendo sido levados à destroca por determinação do Juiz. O sofrimento tem sido atroz, mostrando que o amor supera e transcende aos laços sanguíneos, embora sempre ouvi dizer que “o sangue fala mais alto”, pode até ser em algumas situações, mas nem sempre. Não existe laço mais forte e decisivo como os laços de amor e de afeição. Realmente, mãe é quem cuida, independente de ter ou não gerado.

Quero transformar esse texto numa homenagem simples e sincera ao meu esposo Emerson, que é mais do que um Pai, é um companheiro fiel que eu e meu filho temos, que enfrentou e tem enfrentado comigo e por mim, dificuldades intransponíveis, não fora Deus nosso Pastor e ajudador. Ele que foi, em algumas situações, pai e mãe do Adriano, que hoje conta com 20 anos de idade e é a nossa alegria. Que Deus o abençoe e retribua toda a generosidade que ele nos dispensa e pelo amor sem medida que demonstra pelo filho.

É claro que tinha planos inicialmente de construir sua família, ter seus filhos, mas me aceitou com minhas limitações e incapacidade de gerar e me mostrou que o amor e estarmos juntos é o mais importante de tudo.

Nessa oportunidade, abraço também a todas as mães recantistas, desejando-lhes toda a felicidade do mundo e que Cristo lhes conceda a força necessária e a luz do céu para que formem homens e mulheres de caráter, verdadeiros servos de Deus. Que o Pai dos Céus nos abençoe a todos.