O que a Biblia diz a respeito dos dinossauros.

OS DINOSSAUROS E A BIBLIA.

A questão dos dinossauros não é abordada claramente na Bíblia, mas vamos refletir para explicar a relação entre homem e dinossauros na criação, para que busquemos um maior equilíbrio. Levando-se em consideração a tese cientifica da criação em milhões de anos, podemos sugerir então que o dia empregado em Gênesis, capitulo 1, como dias figurativos, podendo significar diferentes medidas de tempos. Podendo o dia significar verão e inverno (Zc 14.8), o dia da colheita (Pv 25.13; Gn 30.14), mil anos (Sl 90.4; II Pe 3.8-10), dia do Senhor (At 2.20) etc. De qualquer maneira, essas expressões realmente envolvem vários dias ou ate milhares de anos. Além de que Yom (dia em hebraico) é também empregado por alguns rabinos em Gn 2.4 para referir a um processo criativo inteiro que, no capitulo anterior, foi descrito em seis dias. Assim, cada Yom com sua manhã (inicio do período) e noite (fim do período) representava uma era geológica ou estagio no processo criativo de Deus. Esta foi a explicação à qual recorreram os geólogos do século 19 que respeitavam a autoridade da Bíblia, como o Dr J. W. Dawson em A Origem do Mundo Segundo a Revelação e a Ciência – 1877 e James Dana em Revelação e a Ciência – 1875. Os dinossauros marinhos, terrestres e voadores teriam sido criados no quinto e sexto período ou era (Gn 1.20-25), quando a Bíblia diz que Deus criou grandes criaturas marinhas; seres viventes que se arrastam e criaturas voadoras ou aves que voam. Assim, entende que a maioria das espécies de dinossauros não alcançaram o homem, pois o homem foi criado no fim da sexta era (sexto dia), quando já muitos desses animais teriam se extinguidos, pois razões desconhecidas, ou ate possivelmente pela queda de asteróides, doenças ou mudanças climáticas. Alguns animais muito exóticos, mesmo não considerados dinossauros, conseguiram chegar ate nossos dias, como os dragões (lagartos gigantes) que vivem apenas na Ilha de Komodo – Indonésia, cuja mordida e venenosa; a iguana de Mona – Ilha do Pacifico; as tartarugas de Galápagos – Oceano Pacifico, que podem viver ate 150 anos pesando 300 quilos; ornitorrinco da Austrália, animal muito estranho que virou símbolo das Olimpíadas 2000. Ou os tigres dente-de-sabre da Ásia e os mamutes da Sibéria, já foram extintos. Desta forma, há um equilíbrio entre os milhões de anos apontados pela ciência e o relato da criação de Deus em Gênesis não contrariando a doutrina de que Deus é o criador de todas as coisas. Uma corrente de teólogo interpreta que homens e dinossauros foram contemporâneos – Essa interpretação afirma que o relato de Gênesis cap. 1 e 2, deve ser literal. Yom do texto hebraico equivale a um dia na criação, isto é, um período de 24 horas. Sendo assim, os dinossauros terrestres, marinhos e o homem, teriam sido criados no quinto e sexto dias respectivamente, conforme relato dos versículos 20 e 31. Dizem ainda que não existe base para sustentar a interpretação de que não são dias literais, visto que o dia da Bíblia para a mentalidade hebraica daquela época seria um dia literal. Gênesis cap. 1 diz que houve tarde e noite, essa é a maneira hebraica de contar o dia como ciclo de 24 horas. Ver também Ex 20.11. Assim, essa interpretação rejeita os milhões de anos indicados pelos cientistas, e prega que Deus criou tudo do nada em um único instante, no Maximo 10 mil anos, e recorre à possibilidade disto ser verdade por meio da hipótese do surgimento instantâneo da matéria, conforme o livro Razões para os Céticos Considerarem o Cristianismo, da autoria de um dos maiores apologistas desta teoria, o Dr Josh McDowell, onde ele coloca algumas objeções ao método de datação pelo carbono 14. Quanto à convivência, pensam esse interpretes que como vivemos hoje com animais selvagens os homens poderiam muito bem viver com os dinossauros. Mas quanto à extinção, são três as possibilidades:

a) Os dinossauros extinguiram-se antes do dilúvio sem motivo aparente. Para justificar argumentam para justificar essa teoria que temos animais sendo extintos diante de nossos olhos e ate agora não conseguimos descobrir exatamente as causa dessa extinção em alguns deles.

b) Ou foram preservados do dilúvio na arca, e se extinguiram logo após. Para sustentar essa tese da extinção pós-diluviana, é apresentada a hipótese de que os dinossauros precisaram de toneladas de alimento todo dia, e as condições, porem, não eram mais favoráveis à sua sobrevivência.

c) Ou foram extintos na águas do dilúvio. Quanto aos aquáticos, foram se extinguidos devido as alterações na temperatura e nas propriedades das águas marinhas. Uma espécie de El Niño e la Niña da época diluviana. Apenas alguns conseguiram sobreviver. Exemplo disto é o caso do navio pesqueiro japonês Zuiyo Maru que, em 1977, próximo da Nova Zelândia, pescou um animal marinho que possuía nove metros de comprimento e pesava quase dois mil quilos, muito semelhantes a um Pleitossauro, feroz predador, supostamente do período jurássico. Sobre essa interpretação diz o Dr Christiano que algumas traduções do livro de Jó 40.15-19 substituíram a palavra original no texto “benemote” por “rinoceronte”, “hipopótamo” ou “elefante”. Nenhum destes animais, entretanto, corresponde ao descrito. Nem o maior deles, o elefante, possui uma cauda que enrijece como o cedro. A descrição em Jó parece ser de um dinossauro, o que significa que alguém em seu tempo deve ter visto pelo menos um desses animais.

Lembramos que esse é um assunto que persistem duvidas e divergências em interpretações, como já mencionei, temos que buscar a interpretação que tem o maior equilíbrio entre a religião e a ciência.

Ev. Rogerio da Silva Godoi - blog - evrsgodoi.blogueiros.net.