DIA DO SOLDADO 25 DE AGOSTO 
             
           
DUQUE DE CAXIAS MILITAR E MAÇOM
             

                   
Sigam-me os que forem brasileiros”
                                        Duque de Caxias
                                    

Patrono do Exército Brasileiro e Grão Mestre de Honra do Grande Oriente do Brasil, Luiz Alves de Lima e Silva nasceu na Fazenda Taquaraçu, Porto da Estrela, hoje Caxias na Província do Rio de Janeiro, no dia 25 de agosto de 1803, numa família de militares.

Neto, filho e irmão de militares, logo aos cinco anos no dia 22 de novembro de 1808, era reconhecido Cadete, segundo costume da época, nas famílias de militares. Aos 14 anos entrou para o serviço efetivo do Exército e, um ano depois, já era Alferes, tendo sido transferido para a Academia Real Militar criada em 1814.

A 2 de janeiro de 1821 era promovido à Tenente e em dezembro do mesmo ano concluía o curso de oficial, sendo incorporado ao Primeiro Batalhão de Fuzileiros.

Em 1822 ocorreu a independência do Brasil, houve uma forte reação portuguesa, na Bahia. Foi então incorporado ao Batalhão do Imperador, recebendo seu batismo de fogo quando em um ataque frontal, conquista uma posição fortificada no dia 28 de março de 1923. Em julho retorna ao Rio de Janeiro e é promovido à Capitão.

Em 1924, com 21 anos de idade, recebe do Imperador a Imperial Ordem da Cisplatina. Em 1825 partia, para servir na Guerra da Cisplatina, foi citado por bravura três vezes, promovido à Major recebeu as comendas de São Bento de Avis e Hábito da Rosa.

Depois da abdicação de D.Pedro, organiza o Batalhão Sagrado formado por 400 oficiais com a finalidade de acabar com a anarquia e manter a ordem, organiza também a Guarda Municipal Permanente, hoje Policia Militar do RJ. Em 1837 foi promovido a Tenente-Coronel.

Em 2 de dezembro de 1839, já Coronel passou a encarnar a auréola de Pacificador e Símbolo da Nacionalidade, ao ser nomeado Presidente da Província do Maranhão e Comandante-Geral das Forças em Operações, para debelar a “Balaiada”, depois com a Rebelião anistiou 12.000 insurgentes.

Recebeu o título de Barão de Caxias e a promoção à Brigadeiro, entrou na História como “O Pacificador” e sufocou muitas rebeliões contra o Império. Pacificou São Paulo e Minas Gerais, em 1842, razão por que foi promovido à Marechal de Campo.

Em fins de 1842, foi nomeado Presidente e Comandante Chefe do Exército em operações no Rio Grande do Sul, para combater a Revolução Farroupilha, que já perdurava por oito anos e ao término da qual foi efetivado, como Marechal-de Campo, eleito senador pelo Rio Grande do Sul e distinguido com o título de Conde.

Em 1851, foi novamente nomeado Presidente e Comandante em­ Chefe do Exército do Sul. Desta feita para lutar contra Oribe, no Uruguai, e, logo a seguir contra Rosas, na Argentina. Vitorioso mais uma vez foi promovido a Tenente General e elevado à dignidade de Marquês.

Em junho de 1855, foi Ministro da Guerra e em 1856, Presidente do Conselho de Ministros, ambos pela primeira vez. Em 10 de outubro de 1866, foi nomeado Comandante em Chefe das Forças do Império em operações contra as tropas do ditador Lopez do Paraguai, sendo efetivado no posto de Marechal de Exército, assumindo em 10 de fevereiro de 1867, o Comando Geral das forças em operação, em substituição ao General Mitre da Argentina.

Segue-se uma série de retumbantes vitórias, em Itororó, Avaí, e Lomas Valentinas, a rendição de Angustura e a entrada em Assunção, quando considerou encerrada a gloriosa Campanha por ele comandada.”Pelos relevantes serviços prestados na Guerra do Paraguai”, o Imperador lhe concedeu em 23 de março de 1869, o título de Duque, o mais alto título de nobreza concedido pelo Imperador.
Caxias foi ministro da Guerra e Presidente do Conselho de Ministros mais duas vezes sendo a última de 1875 a 1878.

Caxias foi iniciado Maçom, provavelmente em 1841, numa das Lojas do Grande Oriente do Brasileiro, no RJ. Aconteceram uma série de divergências entre as potências instaladas e em 1847 diante dos fatos, o Conde de Lages, já doente e sem condições de enfrentar a dura batalha que transcorria entre as diversas Potências Maçônicas Regulares e Irregulares, entregou a direção do Supremo Conselho a Luís Alves de Lima e Silva, então Conde, que pelo prestígio que desfrutava era, certamente o único capaz de salvar a obediência que estava em situação crítica.

Diante da situação fragilizada de sua Potência devido ao seu denodo pela Ordem, ficou conhecida como “Grande Oriente de Caxias”. Ele começou a planejar sua fusão com o Grande Oriente do Brasil, que era o círculo maçônico de maior proeminência. Em julho de 1849 encarregou João Tavares Carvalho, membro proeminente da obediência a proceder os estudos necessários à fusão. Mesmo nesta fase Caxias continuou a criar Lojas Simbólicas.

Em 1854 foi realizada a instalação do Supremo Conselho, fazendo a incorporação do GO de Caxias, sendo o ato desta constituição Maçônica ratificada pela Constituição de fevereiro de 1855. Em 1858, não mais desejando continuar no cargo de Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho, este passou a ser exercido pelo Grão-Mestre. Mesmo afastado, Caxias continuou com um dos baluartes do Supremo Conselho e vinte anos depois em 1874, ainda era o quarto na hierarquia da obediência.

Caxias faleceu na Fazenda Santa Mônica, nas proximidades do Município de Vassouras-RJ, sendo o seu corpo conduzido para o Rio de Janeiro e enterrado no Cemitério do Catumbi.
Hoje, os restos mortais do Patrono do Exército e os de sua esposa jazem no mausoléu defronte do Palácio Duque de Caxias, no centro do Rio de Janeiro.



O saudoso e venerado jornalista
Barbosa Lima Sobrinho o chama de “O Patrono da Anistia” e o povo brasileiro, em espontânea consagração popularizou o vocábulo “caxias”, com o qual são apelidados os que cumprem, irrestritamente seus deveres.

O inesquecível sociólogo Gilberto Freire, no reconhecimento das excelsas virtudes do Duque de Caxias, assim se expressou:
                 " Caxiismo não é o conjunto de virtudes apenas militares, mas de virtudes cívicas, comuns a militares e civis.
Os “caxias” devem ser tanto paisanos como militares. O caxiismo deveria ser aprendido tanto nas escolas civis, quanto nas militares".
                               
                
                           









                              
Ruy Silva Barbosa
Enviado por Ruy Silva Barbosa em 22/08/2010
Código do texto: T2452297
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.