NOVE ANOS DO 11 DE SETEMBRO - PASTOR INTOLERANTE PODE PROVOCAR NOVA CRISE MUNDIAL

E se fosse Jesus, como ele reagiria a tudo isso? Vejamos a resposta para esta pergunta, num simples estudo de caso, onde Jesus ensinou aos seus discípulos a como lidarem com os diferentes.

Aproximando-se o tempo em que seria elevado ao céu, Jesus partiu resolutamente em direção a Jerusalém, e enviou mensageiros à sua frente. Indo estes, entraram num povoado samaritano para lhe fazer os preparativos; mas o povo dali não o recebeu porque se notava em seu semblante que ele ia para Jerusalém. Ao verem isso, os discípulos Tiago e João perguntaram: "Senhor, queres que façamos cair fogo do céu para destruí-los? "Mas Jesus, voltando-se, os repreendeu, dizendo: "Vocês não sabem de que espécie de espírito são, pois o Filho do homem não veio para destruir a vida dos homens, mas para salvá-los"; e foram para outro povoado. (Lucas 9:51-56)

Infelizmente, este pastor que se diz discípulo de Jesus, tem tomado atitudes que estão muito longe da realidade deste texto. É inaceitável que um seguidor de Jesus ainda hoje seja tão intolerante. É vergonhoso ler todos os dias nas manchetes dos jornais de todo o mundo, notícias que associam este “louco” a nós outros, ou seja, a todos os demais cristãos evangélicos, não só na America, como também no mundo. Vejam que quando Tiago e João há quase dois mil anos atrás tiveram um surto muito parecido de intolerância religiosa, o Mestre logo os corrigiu duramente fazendo-os retroceder de seu intento incendiador. Agora, depois de tanto tempo, me vem esse “pastor” com essa loucura de novo. Só me faltava essa! Esse louco anunciou uma campanha para queimar exemplares do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, no próximo sábado — quando se celebram nove anos dos atentados de 11 de Setembro. Como conseqüência, o tal pastor batista americano, Terry Jones, merecidamente se viu no epicentro de uma enxurrada de críticas mundiais, vindas de todos os cantos do planeta, começando pela Indonésia até aos EUA, passando pelo Vaticano, lideranças civis, militares e religiosas que têm condenado seu intento polêmico, que ameaça deflagrar uma renovada onda de antiamericanismo. No mundo muçulmano, a polêmica ganhou proporções ainda maiores ao coincidir com as festividades do fim do mês sagrado do Ramadã. Numa amostra do que pode estar por vir, centenas de pessoas foram às ruas de Cabul, a capital afegã, para condenar o provocativo projeto do pastor da Flórida, entoando gritos de "Morte à América". A embaixada americana em Cabul apressou-se em condenar, e com razão, o que chamou de "atos de desrespeito à religião do Islã". O comandante das tropas americanas e da Otan no país, general David Petraeus, advertiu que o ato insano do pastor, se realizado, poderá contribuir para a propaganda talibã e atos de revide também intolerantes — além de pôr em risco a vida de milhares de militares americanos. É justamente este tipo de ação que os talibãs usam para justificar seus contra-ataques, e isso poderá gerar problemas significativos para todo o mundo— afirmou o general. Que coisa! Um pastor que deveria semear a paz, e ao invés disso, resolve promover a guerra. Tomara que este cidadão pelo menos leia a Bíblia que carrega debaixo do braço, e nela encontre as palavras de Jesus dizendo: "Vocês não sabem de que espécie de espírito são, pois o Filho do homem não veio para destruir a vida dos homens, mas para salvá-los".

No amor de Cristo, e na esperança de que nada disso aconteça,

Pr. Antônio Ramos