Reflexão

Não chegamos ainda a idade da Reflexão.Do ajuste pessoal de contas.O que fiz da minha vida?

Por que vivi, ou para o que vivi? Tive um ideal? Soube abrir caminhos para alcançá-lo? Ou será

Que vivi de anseio para anseio, começando e recomeçando tudo sem concluir nada.

Afinal, tive garras para enfrentar os dissabores, mover os obstáculos e acertar o meu alvo ou apenas

Juntei-me aos que corriam; sem rumo, sem objetivo, sem hora para chegar.

Não chegamos ainda ao momento crucial do retrospecto, vivemos o momento da expectativa.

Temos a juventude que acende as nossas energias físicas e emocionais.Somos movidos por essa chama

Que julgamos eterna. Vacilamos surpresos e assustados diante da vida que apresenta-nos

Como um misterioso embrulho cheio de fitas e laços que parecem nós.

Nossa habilidade ao desamarrarmos os laços deste misterioso presente determinará a nossa

Realidade existencial, o nosso ser ou não ser...

A vida descansa aos olhos dos medíocres como um vai-vem dolente de pessoas e fatos que

Não fazem sentido algum.

Aos sábios, porém a vida abrange infinitas dimensões e de filosofar em filosofar mergulham de corpo

E alma nos mistérios que fazem girar esse nosso velho mundo.

Os puros e os simples, no entanto, esquivam-se aos porquês, encontrando beleza na singeleza das

Pequenas coisas.A verdadeira riqueza, dizem,está em guardar distancia das polêmicas. Anseiam simplesmente,

Viver a vida!

Talvez o melhor seja o meio termo: uma certa dose de intelectualidade somada a mesma proporção

De simplicidade.

Pessoalmente sinto medo que a simplicidade seja sufocada pelo pensar dos eruditos e que chegado o inevitável

Momento da grande reflexão sejam encontrados pigmeus no imenso e insondável Paraíso de Deus!