INCOMPREENSÃO

Me pergunto sempre: como compreender?

Como não magoar,como não ofender?

Me pergunto sempre: tinha que ser assim?

Para que serve uma relação? construção ou destruição?

Companheirismo, tolerância, sexo, prazer ou ilusão?

Soma, multiplicação ou pura divisão?

Quem dera houvesse maior compreensão, paciência, entendimento.

Quem dera pudéssemos usar os ouvidos em vez da língua,

Quem dera permitíssemos ganhar a metade do que perder o todo,

Quem dera que a boca se abrisse para dizer “desculpe-me” eu errei.

Se isso acontecesse, se a humildade tivesse assento ao lado do amor,

Haveria menos discórdia, sofrimento e dor.

Perdemos ou nos deixamos perder, pela incapacidade de ceder.

E nessa jornada de uma vida sem solução,

Somos todos, reféns e algozes da incompreensão.

JAS/SMART/2011