INTRODUÇÃO PARA O LIVRO " METEMPSICOSES - A ALMA DE FERNANDO PESSOA " HOMENAGEM EM 120 POEMAS

O Termo Metempsicose, de origem grega, resume a doutrina

de transmigração de uma alma em sucessivas incorporações. A utilização desta palavra e a pseudo comunicação de Fernando Pessoa com seus leitores em pleno século XXI , além de uma mistificação, nada mais é do que uma homenagem a personalidade deste grande autor e uma coerência com a sua obra permeada pelo místico. No ano de 2004, passei por uns problemas existenciais, que fez com que eu retomasse o universo , artisticamente falando de Fernando Pessoa. Os poemas aqui apresentados, fazem parte de um projeto antigo, sendo alguns da adolescência, outros escritos numa fase mais adulta e uns últimos após o ano citado, chegando a 120, para corporificarem um livro de paginas, viavéis editorialmente. Resumindo, portanto, essas Metempsicoses, nada mais são do que um recurso artístico, uma recriação estilistica e psicologica, daquilo que na minha percepção pessoal , mais se aproxima ou melhor concretiza o sentir, o pensar, o existir e o expressar poético deste grande autor universal. Felizmente,

Fernando Pessoa, ao contrário de Oswald de Andrade, outro genio da lingua portuguesa, enquanto transformador, não tornou-se maior que a sua obra. Ambos, autor e obra , fundiram-se e justificam Octávio Paz, ensaista e escritor mexicano, quando diz que a biografia de um poeta é a sua obra. Foram estas, obra e vida fantásticas , a alavanca para a minha inspiração. Evitei de forma consciente, mencionar os versos mais tradicionais, trabalhando mais na contextualização dos sentimentos e indignações expressas na sua obra. Honestamente, não sei onde começa um poeta e onde termina o outro. A edição do livro, deverá conter possiveis identicações autorais de Fernando Pessoa, desafio que por ora, transfiro aos que a leem. Finalizo ,esclarecendo novamente, que a obra é uma percepção pessoal minha e que está sujeita a contestações e crticas. Afinal, Fernando Pessoa. além de genial, suscitava polêmicas. Quem escreve e quem nos lê, serão sempre, companheiros de oficio e de devoção a um amor supremo, a palavra. MUITO OBRIGADO.

MAURICIO DE AZEVEDO EM FERNANDO PESSOA