Estamos nas mãos dos bandidos

(Publicado no Jornal de Hoje, Terça Feira - 16/05/2006)

Um Domingo que deveria ser de felicidade, principalmente para as mães, tornou-se mais um dia de tragédia na ordem pública brasileira. Nós que vivemos sobrecarregados de impostos, não conseguimos admitir que dentro de uma penitenciária ocorra livre trânsito de armas, drogas e aparelhos celulares. Quando vamos entrar num banco até a prótese dentária apita, como um celular entra na prisão?

A população está cansada de falácia. Estamos frágeis e entregues nas mãos dos bandidos. Não podemos defender a população com tiros de balas de borracha contra balas de metralhadora. A turma dos direitos humanos se apressa em defender os bandidos que logo ao primeiro tapa na orelha desferido por um policial. Como eles acham que um bandido faz quando enfrenta um policial? Por favor, deixem os policiais trabalharem. Os bandidos escolheram este caminho, eles têm que arcar com os espinhos do trajeto.

Um menor de 18 anos já vota. Por que não pode ser preso? Temos que diminuir a maioridade penal para 16 anos. Inserir a prisão perpétua com trabalho obrigatório. Os homens de bem não podem ter uma arma em casa para defender a sua família, porém, os bandidos podem ter dentro da cadeia, privilégios concedidos por lei, como banhos de sol, aparelhos de TV, cigarro e visitas íntimas. As poucas coisas que temos a nosso favor, como a Lei dos crimes hediondos, estão querendo revogar.

Tudo é tão repetitivo que em ano eleitoral parece plataforma de campanha. Da minha parte não é, da parte deles com toda certeza sim. Quantos homens de bem ainda precisam morrer para se alterar o Código Penal?

O massacre do Carandiru virou filme e transformou os presos em heróis. E agora? Os policiais que foram massacrados até dentro de suas próprias casas, vão fazer ao menos um comercial?

Estamos perdidos! As facções criminosas estão organizadas e o Estado está completamente desestruturado para combatê-las. Nossa policia é lenta e ineficaz. O Governo compra carros novos e expõe em pátios, como se as rodas girassem sozinhas. Dentro deles precisam existir soldados preparados, bem remunerados e principalmente respaldados pela sociedade. Os adeptos dos direitos humanos em favor dos bandidos repensem seus conceitos e se coloquem na pele dos policiais que todos os dias saem de casa para enfrentar o perigo, sem a garantia do Estado que ao voltar encontrarão os seus filhos com vida.

É uma pena, que um país tão bonito, de um povo tão generoso, tenha que engolir massacres e desmandos na ordem pública, tudo pelo egoísmo de mercenários que assistem as mortes de cidadãos em troca de alguns anos de mandato.