INDIGNADO!

Não há como ficar sem escrever sobre o que aconteceu comigo nessa sexta-feira. Já como não houve o que fazer, restou-me extravasar aqui a minha revolta.

Hoje, sexta-feira, saí cedo para trabalhar. Andei até o ponto e esperei pelo ônibus. Em 5 minutos ele chegou e eu entrei. Dei bom dia ao motorista e me dirigi à roleta. Paguei e passei.

Antes que pudesse me assentar, o ônibus, que tinha andado apenas uns 100 metros do ponto onde eu havia subido, parou. O trocador virou para os passageiros e disse que era uma greve e que o ônibus ficaria ali parado. Cheguei para ele e expliquei que acabara de subir a uns 100 metros e que queria meu dinheiro de volta. Ele disse que não poderia tirar dinheiro dele para me pagar.

Eu disse então que chamaria a polícia. Ele deu de ombros...
Liguei 190 e disseram não poder fazer nada, que eu ligasse para o PROCOM. Como estava ainda fechado devido ao horário, liguei para a empresa de ônibus e fui atendido pelo controlador de tráfego, Sr. Sérgio, somente Sérgio mesmo, sem sobrenome. Pelo menos não quis dizê-lo a mim, imaginam porque, não é?

Depois de contar o caso este cidadão disse que não poderia devolver o dinheiro, que era coisa do sindicato e que eu procurasse o mesmo. Expliquei que havia contratado o serviço dele (transporte urbano) e não o sindicato ou terceiros. E que meu negócio era com ele. Paguei pelo serviço e não obtive o mesmo. Ele foi irredutível.

No final das contas, anotei ó número do ônibus, o nome do motorista e do trocador, o horário e fui embora envergonhado. Não deu em nada e nem vai dar porque como vou justificar entrar na justiça por causa de R$1,80?

O pior é que nem é esse o caso. O chato é o constrangimento, a revolta, a injustiça e a impunidade que assolam o país. Não há com quem reclamar ou recorrer. Não há o que fazer, a não ser ficar indignado e esperar passar...