RECEITA CHINESA: SOCIALISMO TEMPERADO COM CAPITALISMO

A China vive uma espécie de fusão entre a regência comunista e avanços capitalistas, ou seja, um país socialista com uma pitada de capitalismo. As manifestações de livre expressão, são brutalmente reprimidas pelo governo. Os índices de alfabetização, saúde e outras condições sociais estão em alta, são características típicas do socialismo. É um país com grande desenvolvimento tecnológico, cartão de crédito e economia forte, todos derivados do capitalismo.

Esse “mar de rosas”, é conseqüência de muito sofrimento, miséria, e submissão. Em 1911, Sun Yat-sen e seus aliados libertaram a China da monarquia MANDCHU. Proclamarão a república, criarão o KMT, partido nacionalista, mas não conseguiram deter a intervenção do imperialismo. As guerras civis não deram estabilidade ao KMT. O partido se encontrava fraco diante à impertinência dos imperialistas.

O PCC (Partido Comunista Chinês) fundado em 1921, em primeira instância, não defendia as causas do socialismo, focava seu objetivo em abolir os conflitos internos e fortalecer o governo central, assim salvando China de seu atraso. Para isso aliou-se ao KMT, mas em 1925, Yat-sen falece. O novo líder Chiang Kat-chek, ambicioso, vendeu-se ao imperialismo. Essa ambição, acarretou um ataque que trucidou cruelmente boa parte dos comunistas. Foi o inicio da guerra entre o KMT e os comunistas.

Com a invasão do Japão durante a 2ª Guerra Mundial, esse sórdido cenário de sangue deu lugar a uma trégua e uma aliança provisória que se romperam com a derrota dos japoneses. Os comunistas, liderados por Mao Tsé-tung, com sua campanha solidária aos camponeses, ao contrário dos capitalistas do KMT, tornaram-se mais fortes; os camponeses se organizavam voluntariamente em gesto de agradecimento. Venceram os capitalistas, implantaram a República Popular da China e estabeleceram com a URSS uma aliança militar e a cooperação mútua.

Essa amizade abalou-se com a morte de Stalin, os chineses não aceitavam as teses de “coexistência pacífica” de Kruchev. Mao sempre foi original e consciente de que a China deveria seguir seus próprios passos. Fez a chamada “Revolução Cultural”, queria doutrinar os chineses para o modelo socialista de Stalin, não perder suas forças na China juntamente a ele, pois o país não ia bem economicamente e existia uma opressão à livre expressão.

No setor econômico, elaborou um projeto de desenvolvimento. O “Grande Salto Para Frente” nomeado assim por ele, consistia em criar um parque industrial diversificado para diminuir a dependência chinesa dos outros países. Seu grande plano foi um fracasso.

Com a morte de Mao , o novo líder, Deng Xiaoping, deu inicio a um processo de reaproximação diplomática com os Estados Unidos. Isso abriu as portas chinesas para a economia capitalista. O resultado disso é visto nos dias de hoje. O PCC é dominante no país, a economia fortaleceu-se, o PIB cresceu cerca de 9,5% por ano entre 1981 a 2001.A tecnologia expandiu-se e as condições de vida são umas das melhores no mundo.

Allan Pedro
Enviado por Allan Pedro em 06/12/2006
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