PROCESSO EDUCATIVO NO CONTEXTO HISTÓRICO

Caracteriza a educação nas décadas de 30 / 40, tomando por base a revolução de 30 e a implantação da Segunda República versus a Constituição de 1937 e o estado novo.

É com a entrada do Brasil no mundo capitalista da produção, e a implantação da segunda república que foi criado o ministério da educação, e surge assim um modelo diferente, novo de educação, pois havia a necessidade de mão de obra especializada. juntamente com este novo modelo da educação surgiu também o conflito entre os liberais (intelectuais), que queriam a educação pública e gratuita, enquanto os católicos (considerados tradicionais), defendiam teses conservadoras, pois achavam que a religiosidade devia fazer parte do ensino como fundamento principal.

Surge então a escola nova, democrática e pública, que colocava o aluno como o centro da educação e da aprendizagem, tendo direito essencialmente ao diálogo, a liberdade, educação democrática e currículo adaptado ao contexto escolar: “Rousseau, Frebel e Pestalozzi já seguiam estes pensamentos”. Mas por outro lado à escola deveria resolver os problemas relacionados à educação, a família e o social.

Surge o Estado Novo: Aproveitando-se da instabilidade política que a nação atravessava, Getúlio Vargas, num golpe militar e autoritário toma o poder, sendo assim é outorgada a nova constituição em 10 de novembro de 1937.

Com o regime autoritário a educação passa a ser dever e direito exclusivamente dos pais, ficando o estado desobrigado com o ensino público, havendo assim um grande retrocesso na educação neste período, perderam-se as conquistas da escola nova do movimento renovador, voltando-se como era antes.

Foi criada a reforma Capanema que dava inicio ao ensino profissionalizante no país, organizava-se em seis decretos que ordenavam o ensino primário,secundário,

industrial,comercial,normal e agrícola, marcada por uma distinção, entre o trabalho intelectual para as classes mais favorecidas, e o trabalho manual para as classes desfavorecidas. A educação ficou estagnada neste período.

Caracteriza a educação nas décadas de 60 / 70, tomando por base a LDB 4024/61 e a LDB 5692/71 e o Tecnicismo.

Na década de 60 surge o nacionalismo, e juntamente as multinacionais entram no Brasil, trazendo o desenvolvimento e com isso os pioneiros da educação retornam a luta para defender a educação nos moldes de 1934, que depois de muitas lutas de interesses públicos e privados aprovam a Lei 4024/61, (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), dando grande importância aos cursos profissionalizantes em todos os graus e modalidades do ensino.

Surgem discussões e idealizações a respeito da educação popular, tendo a frente do movimento o pensador Paulo Freire, que queria uma educação libertadora, tirando o homem da opressão dando importância de se trabalhar a cidadania, educar para transformar o educando em cidadão e humanizar a educação.

“Pessoas diferentes, todos são gente, todos tem que ser amigos, respeitados e tratados como gente”.

A discussão sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional foi um fato marcante neste período e o mais fértil da historia da educação no Brasil.

Em 1964, novamente um golpe militar com o pretexto de que as propostas eram “comunizantes e subversivas”, a educação no país novamente é calada, colocando por terra os pensamentos de Freire a respeito da educação. Tiraram da educação a liberdade e a democracia.

Surgiu então a LDB 5692/71, fundamentada em uma concepção tecnicista de educação, “teoria do capital humano”, formando o homem somente para o mercado de trabalho, tratando o mesmo como mero objeto, pois a escola sofria a intervenção e era articulada pelo governo em todos os níveis de ensino, e ainda era usada para controlar a massa estudantil, tirando dessa forma toda a autonomia do aluno em aprender e ser formador de idéias próprias.

Caracteriza a educação nas décadas de 80 / 90, tomando por base a democratização do ensino e a LDB 9394/96.

Na nova república a constituição de 1988 vem a defender a educação como direito de todos e dever do estado e da família.

A década de 80 é marcada pelo período da redemocratização do ensino, pois a escola estava desorganizada e com alto índice de analfabetismo,evasão e repetência, dando assim inicio a nova teoria:

Pedagogia histórico crítica (influenciada pela teoria de Marx, a pedagogia trabalha na escola como elemento de transformação social).

Com o fim do regime militar e a abertura política, novamente voltaram-se a discutir questões relacionada à educação de forma democrática e aberta.

Em 1988 o projeto de lei a LDB é encaminhado a câmara federal, mas somente em 20 de Dezembro1996, após um novo projeto é aprovada a nova LDB 9394/96(Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).

No contexto da nova teoria, diz-se que o homem se constrói pelo trabalho, inserido na cultura em que vive.

Cabe ao educador o desafio não de manter a educação, mas sim de transforma-la em algo que possa mostrar ao sujeito a capacidade que ele tem em aprender.