ACENDAMOS O FOGO DA FÉ

O MENSAGEIRO

ÓRGÃO DO CENTRO ESPÍRITA “OLHAR DE MARIA” –

FEVEREIRO/1990

ACENDAMOS O FOGO DA FÉ

“Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio e modesto, são qualidades do homem virtuoso. Infelizmente tais qualidades são com frequência acompanhadas de pequenas fraquezas morais, que as empanam e lhes tiram o brilho. Aquele que faz alarde de sua virtude não é virtuoso, pois que lhe falta a principal qualidade: a modéstia e sobra-lhe o vício mais oposto: o orgulho.

A virtude verdadeiramente digna de tal nome evita a ostentação, temos de advinha-la, mas ela se esconde na sombra, foge à admiração das multidões. Vicente de Paula e Cura de D’Ars eram virtuosos. Deixavam-se arrastar pela corrente de suas santas inspirações e praticavam o bem com desinteresse completo e inteiro esquecimento de si mesmo”. (Do Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XVII – Sede Perfeitos).

Todos nós devemos nos esforçar para caminhar sob as bênçãos das inspirações. As forças materiais que nos aprisionam, são as pequenas fraquezas morais que nos impedem de assimilar as influencias benéficas Precisamos querer atingir este estado mental, reformando as forças materiais que nos aprisionam. Ter a alma independente é nos libertamos destas fraquezas e consequentemente, nos ligarmos ao Cristo, não aos cristãos.

O fato de interpretarmos mal a lei de evolução, nos faz crer que as pequenas fraquezas morais, quais sejam o orgulho, a vaidade, o individualismo, são incorrigíveis em pouco tempo. Estes males são vícios da alma. Para melhor clareza, meditemos no viciado ao tabaco; ele jamais conseguirá abandonar esta prática se o seu querer não atingir o “desejo central” que todos temos. Querer simplesmente não basta, é necessário querer realmente abandonar este hábito. Assim também, se não mobilizarmos o nosso desejo central, na disciplina dos impulsos pessoais e no estímulo aos nobres sentimentos, jamais conseguiremos acender a nossa luz interior. Quando atingirmos este estado d’alma, as trevas perderão o contato conosco, porque não encontrarão condições mentais para atuarem.

É correto que não é fácil nos corrigirmos, visto que as vacilações, incertezas e demais viciações morais que demoram em nós, tentarão nos impedir, com “arranjos” de verdades e outras mil e uma forma de nos desestimular o processo.

Aos que querem realmente se corrigir, descreveremos um exercício que muito nos tem ajudado. É sobre o projeto de raios ectoplásmicos, ou simplesmente projeção mental. o mesmo se baseia no estudo do livro: Nos domínios da Mediunidade, de André Luiz – pág. 28 – capítulo 2.:

Ao deitar, faça uma prece a Jesus e tente ligar os teus sentimentos aos sentimentos Dele. Peça lhe um tratamento no defeito que queres corrigir , após, projete (visualize, imagine) com toda calma, serenidade e paz interior, a tua imagem na manhã seguinte totalmente isenta deste mal. Quanto mais perfeita for a visualização e quanto mais certeza tiveres da realização, tanto melhor o resultado. Na manhã posterior, cultive bons pensamentos e incentive o seu desejo central na luta contra os próprios males morais.

Se diariamente projetamos uma melhora interior, com persistência e vontade de nos conhecermos melhor, em breve estaremos caminhando sob as bênçãos das instituições. Em todo local que estivermos, estaremos servindo despretensiosamente. A nossa inteligência será mais clara, pois estará arejada pela nossa própria luz interior.

De que modo haveremos de preparar a fraternidade para o mundo de paz que se aproxima se não cuidarmos de separar o “joio” do egoísmo que nos faz desentender com o próximo? Não será porventura o momento de acionarmos a espada da fé contra nossos defeitos? A fé legítima é aquela que se baseia no conhecimento e na exemplificação deste conhecimento.

Pedro Prudêncio de Morais
Enviado por Pedro Prudêncio de Morais em 06/12/2011
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