Lula, A cara do povo

A cara do povo

Como filósofo, a exemplo de Nietzsche, defendo com veemência que, um país precisa passar por transformações estressantes, até mesmo violentas para atingir um estado maior de liberdade, e, no Brasil todas as formas arbitrárias de governo foram, não diria benéficas, porém necessárias. Foi assim com a ditadura de Vargas, e com a opulenta confusão de governos democráticos.

Até mesmo o Collor de Mello teve para o processo democrático seu valor, sobretudo, para abertura do comércio exterior. Em cada caso, os cidadãos atentos, conscientes verão sua eficácia. Agora, imagine, em se tratando do Governo Lula, quem pode negar o fenômeno político que representa esse personagem ímpar; com sua singular caricatura de povo, e com um carisma incomum? Façam suas apostas, senhores cientistas políticos, o Lula não representa apenas um partido, e sim uma nação inteira, um povo humilde que vê nele, não um salvador da Pátria, e sim um homem simples, porem capaz de chegar no topo da aspiração de um homem político, que é governar seu próprio país.

E quando foi que um país inteiro pode se ver de fato no poder? Não há denúncia que consiga destronar uma nação inteira, não se trata de um partido político, com a maioria dos seus membros, pelo menos os mais importantes envolvidos em crassa corrupção. Trata-se, não tenho dúvidas em afirmar, de um arquétipo de liberdade, de vitória, que jamais será apagado dos anás da nossa democracia. O povo não levará a julgamento seu próprio nome sua reputação, haja o que houver. Se o próprio Lula não for pego com a mão na botija, ou na mala de dólares, coisa um tanto difícil de acontecer, ele será, não tenham dúvida, outra vez o governo com a cara e a voz de um povo cansado de viver no anonimato.

Brasília 2006, Evan do Carmo.

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 23/01/2007
Reeditado em 23/01/2007
Código do texto: T356018