Papai (Sr. Fernando, O Talaco)

A imagem de papai não me sai da memória. Foram 8 anos em que convivemos, e mesmo sendo tão pouco, faço questão de conservar o que aprendi com ele, como por exemplo: tomar banho de sandálias.

Meu pai nunca me bateu, embora eu sempre estivesse aprontando com ele. Uma vez bati palmas na porta de entrada de nossa casa, e ele veio e não falou nada. Outra feita, quando estava à mesa, e ele foi sentar, eu puxei o tamborete,ele caiu no chão, e não me bateu nem falou nada.

Lembro-me de muitas noites quando ao sair para a rua, eu falava assim: Pai, traz Mirabel, e ele trazia. Mirabel era um sucesso na época (idos de 1976).

Quando eu estava para terminar a 2ª série do primário, ele teve o cuidado de já me entregar um caderno para a série seguinte.

Mas uma das coisas que mais me marcou, foi quando chegava em casa para me entregar alguma coisa, me chamava assim: Pedro! Pedro! Era em tom de muito carinho, que criava uma boa expectativa em mim.

Sou grato a Deus pelo pai e pela mãe que tive.

Pedro Emanuel Lucio

12.08.2012

PEDRO EMANUEL LUCIO
Enviado por PEDRO EMANUEL LUCIO em 12/08/2012
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