1- Ontem o meu texto destacou a sobrinha gostosa da novela.
 
Resolvi escrever este artigo para comentar algo sobre os parentes.
 
Esse tema permite reflexões muito enriquecedoras e divertidas.
 
2- Primeiro quero realçar que eu acho gostosa a sobrinha dos outros.
 
As minhas sobrinhas são apenas sobrinhas, ou seja, os laços de sangue anulam completamente qualquer desejo incestuoso.
 
Com tanta mulher no planeta, por que procurar um envolvimento com uma parente?
 
Peço licença para esclarecer, deixando bem claro, que esse tipo de sacanagem familiar jamais me interessou.
 
3- Ilmar, o que você acha do romance entre primos carnais?
 
Desaprovo!
 
É comum constatar primos atraídos reciprocamente, porém isso deve ser encarado apenas como uma fase natural que vai passar.
 
Não há crime algum quando ocorre o entusiasmo temporário, a fantasia da adolescência, a vontade contida a qual sabemos que não é possível.
 
O problema, na minha opinião, está nesse pensamento contemporâneo de que não deve existir limite.
Se a pessoa está com vontade disso ou daquilo, é preciso correr atrás, dizem os especialistas da imbecilidade.
 
4- Se um estimado leitor ou uma adorável leitora sente, nesse instante, a alma empolgada pela prima ou pelo primo, imaginando que não conseguirá conter a paixão, vou dar uma ótima dica.
 
Aos rapazes direi:
Dá uma olhadinha na vizinha gostosa!
Observe melhor!
Certamente, ao lado de sua residência, tem uma ou duas gatas que podem te fazer muito feliz.
Não perca tempo com a prima bonitinha e chatinha!
 
Meninas, eu peço que observem o vizinho gostoso!
Nesse caso a tarefa será complicada demais.
Não é nada fácil encontrar o vizinho gostoso, pois eu não estarei lá na casa ao lado (eu moro cá).
Apesar desse detalhe, você, após bastante esforço, perceberá algum belo rapaz o qual espera ansioso uma oportunidade.
Ele é o príncipe que almeja te fazer a princesa do conto de fadas.
Não vale a pena perder mais tempo pensando no priminho bonitinho e desengonçado!
 
5- A receita é eficiente. Podem confiar!
 
Com sua sabedoria natural, o tempo costuma resolver o problema.
Geralmente, após os primos constituírem suas respectivas famílias, eles recordam o pretérito e sorriem percebendo que existiu um momento no qual houve esse entusiasmo iludindo o coração.
 
Outro tipo de solução, recomendando mandar ver e traçar a prima, sem esquentar a cabeça, vocês escutarão vários idiotas repetindo.
Para ouvir tais sugestões, basta conversar com os psicólogos modernos que nunca foram consultados por mim.
 
6- Acho legal registrar que os meus pais eram primos...
 
Os dois eram primos “distantes”.
Eles já abandonaram o palco terreno.
Nunca souberam dizer qual era o grau exato que os unia.
 
Os dois viveram uma história bacana que resultou numa bonita família.
Brigavam? Claro, eram pessoas normais.
 
Lembro que meu pai, na hora de agir, sabia exatamente o que fazer.
Eu ficava admirado.
Minha mãe dizia Faça isso, Tonho!
Pronto! Meu pai ficava sabendo, então, o que fazer.
 
Numa noite especial demais, quando as estrelas brilhavam com maior intensidade, quando os jardins estavam superfloridos e os pássaros mais inspirados, eles se amaram, eu fui gerado.
 
Talvez um dia eu narre algo específico ressaltando esse lindo romance.
 
7- Esquecendo os meus pais e todos os primos, eu recordo que já me questionaram sobre as tias gostosas.
Às vezes as pessoas lembram a personagem Tieta e a tórrida aventura dela com o sobrinho tarado.
 
Conforme falei acima, eu não concordo com tais envolvimentos, porém cada um faz o que quiser.
 
Prefiro dar atenção às mulheres experientes deslumbrantes.
 
Por que mergulhar fundo nas piscinas rasas com tias se, ao lado, há mulheres deliciosas que querem demais nos levar para praias desertas e paradisíacas?
Elas anseiam por mostrar o fruto proibido e pretendem contar com os nossos braços calorosos na hora que a cobra ameaçar.
 
Quanto às tias, que elas sejam somente tias!
 
8- Dizem as más línguas que sogra não é parente.
 
Não posso opinar nesse sentido, pois sou solteiro, mas quero analisar a seguinte pergunta:
 
Marido ou esposa pode ser considerado(a) parente?
 
9- Segundo a lei, eles não são parentes.
O casamento deve ser comparado com um contrato.
Essa é a visão fria e implacável da Justiça.
 
Analisando o assunto segundo a ótica da paixão e afetividade, a história muda de figura.
 
No começo da paixão, quando os noivos só revelam as qualidades e virtudes, podemos afirmar que o futuro esposo e a futura esposa será uma espécie de superparente.
 
Nesse momento, se alguém fizer a indagação, escutará:
"Ah! Ele (Ela) é mais que um parente, é a minha vida!"
"Eu durmo e acordo pensando nele(a)!"
 
As frases que ouvimos o tempo todo terminam com Meu bem!
 
10- O doce esposo ou a encantadora esposa só deixa de ser um parente especial se o casamento, no porvir, seguir vias tortuosas.
 
Aquele ou aquela que antes era a vida da outra pessoa às vezes passa a bolar uma forma sutil de tirar a vida do parceiro ou da parceira.
 
O casal não demonstra mais a devoção emocionante de outrora.
As brigas não cessam, o casal sonha com a separação e passa a utilizar frases que terminam sempre com Meus bens!
 
11- Sendo assim, para definir se o marido ou a esposa é ou não parente, conforme os estímulos do sentimento, nós precisamos contextualizar a relação, verificando se o casal está começando o romance, se a união avança de forma serena ou se alcançou a etapa dos tapas sem beijos.
 
A opinião, dependendo da situação, sofre mudanças significativas.
 
12- Encerro o meu artigo sugerindo que, parentes ou não, durante o convívio com o próximo, valorizemos o respeito, a compreensão e o afeto, fazendo assim prevalecer a paz no ambiente familiar e na sociedade.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 23/04/2013
Reeditado em 23/04/2013
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